Aspirações intactas em etapa eletrizante para Portugal

França do Futuro

A Equipa Portugal terminou ontem a quinta etapa da Volta a França do Futuro, 157,1 quilómetros entre Montreuil-Bellay e Amboise, com as aspirações de lutar pelos primeiros lugares intactas, apesar de toda a ligação ter sido fértil em surpresas e ataques que, muitas vezes, “cortaram” o pelotão em pedaços.

Francisco Campos

Francisco Campos foi 12.º

A quinta etapa fugiu completamente ao guião esperado de uma chegada ao sprint e os avisos surgiram de início.

A viagem começou, como vem sendo hábito, a alta velocidade, mas, desta feita, o ritmo partiu o pelotão em pedaços.

A recomposição apenas aconteceu com cerca de 50 quilómetros percorridos.

Pouco depois de o pelotão ficar compacto e na sequência de inúmeras tentativas de fuga anuladas pela vivacidade do grupo principal, conseguiram destacar-se três corredores, o austríaco Patrick Gamper e os bielorrussos Ilya Volkau e Vasili Strokov. O pelotão parece ter olhado ao currículo do trio, achou que não constituíam perigo para a geral final e deixou a vantagem dos escapados ultrapassar os 7 minutos.

Se atrás não houve organização para fazer uma perseguição eficaz, houve, pelo menos, intenção de mexer com a corrida.

Uma das iniciativas pertenceu ao português José Neves, que atacou a cerca de 40 quilómetros do final, antecipando uma altura em que o pelotão, já acusando o desgaste de cinco dias a alta velocidade, voltou a reagrupar já no circuito final de aproximação à meta.

Volta França Futuro

Vasili Strokov foi o mais rápido

Vasili Strokov foi o mais rápido do trio, vencendo a tirada, seguido de Patrick Gamper – corredor que conquistou a camisola amarela – e de Ilya Volkau.

Foi preciso esperar 3m48s pela chegada do pelotão, comandado pelo norueguês Kristoffer Halvorsen, campeão mundial de sub-23.

Francisco Campos, melhor português do dia, foi o nono do pelotão e 12.º da tirada. Tiago Antunes, 28.º, José Neves, 81.º, André Carvalho, 118.º, e Hugo Nunes, 122.º, também integraram o grupo principal. Rui Oliveira, vítima de queda nos últimos 10 quilómetros, foi 135.º, a 17m41s do vencedor.

“A etapa foi rápida e muito movimentada, mas conseguimos ter a situação sempre controlada.
Só temos a lamentar a queda do Hugo Nunes e do Rui Oliveira, que terão de ser observados pelo médico para avaliar a extensão das lesões”, afirma o selecionador nacional, José Poeira.

Patrick Gamper assumiu o comando da geral individual, dispondo de 1m23s sobre Ilya Volkau e de 3m45s sobre o anterior camisola amarela, Kasper Asgreen.

Tiago Antunes

Tiago Antunes o melhor de Portugal

Tiago Antunes é o melhor luso, 26.º, a 3m49s. Também a 3m49s estão Hugo Nunes, 50.º, e Francisco Campos, 82.º. José Neves, 99.º, e André Carvalho, 100.º, estão a 4m28s. Rui Oliveira é o 128.º, a 17m41s.

A Etapa de quarta-feira

23 de agosto: 6.ª Etapa: Montrichard – St-Amand-Montrond, 139,1 km (1120 metros de acumulado)

Derradeira etapa da primeira fase da corrida.

Os sprinters que consigam passar o topo colocado nos quilómetros finais poderão fechar com chave de ouro a primeira semana de competição.

Falta saber se os pretendentes à geral não aproveitarão essa subida para um primeiro teste à condição física própria e à dos adversários.

Mais informação aqui.

Mais artigos sobre esta volta em:

Portugal luta por um bom resultado na Volta a França do Futuro

Rui Oliveira 12.º na primeira etapa da Volta a França

Queda afasta portugueses do sprint

Rui Oliveira nono na terceira etapa

Rui Oliveira quarto classificado na etapa do Futuro

 

Parceiros