Dezanove paraciclistas competiram em Viana

Viana do Castelo recebeu, neste domingo, a segunda prova pontuável para a Taça de Portugal Jogos Santa Casa de Paraciclismo.

Taça de Portugal de Paraciclismo

Nesta prova de paraciclismo participaram atletas de várias classes, com diversos tipos de deficiencia motora, incluindo um atleta da classe D (surdo).

Embora os surdos perante a entidade máxima do ciclismo a nível mundial (UCI) não sejam considerados paraciclistas, por não serem portadores de qualquer limitação motora, foram integrados pela Federação Portuguesa de Ciclismo, por serem poucos em Portugal, no calendário nacional de paraciclismo e assim permite-lhes terem um calendário anual de provas de paraciclismo nacional e ao mesmo tempo aumenta o número de atletas participantes nas provas, que carecem de mais participantes.

Existim competições próprias destinadas apenas aos mesmos, como por exemplo os Jogos Surdolímpicos que irão ter lugar na Turquia no próximo mês de Julho.

Alinharam 19 corredores, que se distribuíram por nove categorias competitivas.

As classes com maior número de participantes foram C4, C5 e H4, todas com quatro paraciclistas à partida. O melhor C4 foi João Monteiro (Mozinho MTB/Valde d’Aldeia/Martos/Hmed), que reforçou o comando da geral, pois já havia sido o melhor na ronda inaugural.

Vítor Luís (Academia Joaquim Agostinho/UDO) triunfou em C5, batendo Manuel Ferreira (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel), que chegou a Viana no comando. Flávio Pacheco (Sporting-Tavira Paracycling) impôs-se em H4.

A classe H3 foi discutida por dois paraciclistas, tendo João Pinto levado a melhor e, desse modo, cimentado a condição de comandante da geral.

Bernardo Vieira, em C1, João Silva, em C2, Francisco Martins, em C3, João Marques (Academia Joaquim Agostinho/UDO), em D, e Luís Costa (Sporting-Tavira Paracycling), em H5, não tiveram adversários nas respetivas classes.

Luis Costa Paraolimpico

As pernas dele foram mais fortes do que os meus braços

Luís Costa voltou como já é apanágio a dialogar com a nossa equipa de reportagem deixando o seu comentário ao evento “Como é do conhecimento público, sou o único atleta da minha classe em Portugal, e por isso nas provas nacionais tento sempre andar com os atletas surdos (classe D) porque são os mais fortes. Aqui em Viana, o único atleta dessa classe presente encetou uma fuga e eu parti no encalço dele, tendo depois feito a restante prova sempre com ele e terminando numa discussão ao sprint, onde as pernas dele foram mais fortes do que os meus braços

Parceiros