“10ª Clássica do Afonsoeiro”

Afonsoeiro/Canha/Afonsoeiro, junta mais de duas centenas de amantes da bicicleta
Com o final de agosto a aproximar-se, num mês considerado de excelência para muitos irem de férias, e onde os passeios são em menor número, foi para a estrada no passado domingo 23 de agosto, a 10ª clássica cicloturística, Afonsoeiro/Canha/Afonsoeiro, numa organização do Grupo Cicloturismo do Afonsoeiro do Montijo, com o apoio da União de Juntas de Freguesia do Montijo e Afonsoeiro, Câmara Municipal da Montijo, Jolar, e da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), já que fazia parte integral do seu calendário oficial.
O Afonsoeiro acordou bem cedo, pelas 8 horas começavam a chegar os primeiros participantes, oriundos da área da grande Lisboa, algumas equipas de fora, caso de Vendas Novas e de Gafe, Crato que marcaram presença.
Confirmadas as inscrições, dar os últimos retoques nas máquinas, dois dedos de conversa, tudo isto antecedia a partida para o passeio que foi dada pelas 9 horas. Na linha de partida estavam cerca de 230 participantes com a equipa da casa a realçar o pelotão, pela frente havia um percurso de 70 quilómetros aproximadamente para percorrer, entre o Afonsoeiro, Canha e Afonsoeiro, com paragem para abastecimento líquido e sólido em Canha, com o pelotão a chegar pelas 12,30 ao local da partida, o Polo Cultural do Afonsoeiro.
Pedalada a pedalada:
Convívio antes, durante e após, foi o que não faltou neste passeio, onde os cicloturistas puderam sem dúvida conviver entre todos, onde os objetivos estava a divulgação da prática e do uso da bicicleta, ao mesmo tempo que divulgar a freguesia e o concelho, tentando desta forma que as pessoas pratiquem também algum desporto, e possam conviver, aliviando assim em parte o stress acumulado ao longo da semana de trabalho.
O balanço do passeio foi positivo, tudo correu bem, tivemos um pelotão bonito que alegrou as estradas por onde passou, e foi de facto um passeio muito agradável, sem nada de anormal, apenas um contratempo, o vento que se fez sentir no regresso de Canha até ao Afonsoeiro que dificultou em parte os cicloturistas, num domingo que acordou com o tempo ameno, apesar de o céu apresentar algumas nuvens, o dia estava propício para pedalar.
De parabéns esteve a organização, pela forma como dirigiu o passeio, sempre com a equipa da casa na frente a marcar o ritmo e a manter o longo pelotão todo junto, já que o trajeto também era propício a isso, ainda pelo excelente convívio proporcionado a todos, e a forma como soube receber na sua terra, o que fará com que muito já ficassem com vontade de poderem marcar presença na próxima edição, algo que da nossa parte também esperamos poder estar presentes.
Por hoje pouco mais para dizer, apenas despedirmos, e desejar bons passeios, boas pedaladas para todos, deixando aqui um pouco de história do concelho por onde andamos a pedalar.
Montijo: é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 26 500 habitantes. Até 1930 chamava-se Aldeia Galega do Ribatejo.
É sede de um município com 348,09 km² de área e 41 432 habitantes (2008), subdividido em 8 freguesias. É um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos (os outros são Oliveira de Frades, Soure e Vila Real de Santo António) e é aquele que o é de forma mais evidente. A porção principal, onde se situa a cidade, é a mais pequena e é limitada a norte e a leste pelo município de Alcochete, a sueste por Palmela, a sudoeste pela Moita e a noroeste liga-se aos municípios de Lisboa e de Loures através do estuário do Tejo. A porção secundária, cerca de 20 km a leste, é limitada a nordeste por Coruche, a leste por Montemor-o-Novo, a sueste por Vendas Novas, a sudoeste por Palmela e a noroeste por Benavente.
A nova ponte sobre o Tejo, a Ponte Vasco da Gama, foi inaugurada em Março de 1998 ligando Montijo a Sacavém.
Montijo é conhecido por terra de touradas, boa comida e fados.
Canha: A Vila de Canha, cuja padroeira é a Nossa Senhora da Oliveira, é a cabeça da freguesia com maior dimensão do concelho do Montijo e tem de área 207,73 Km2. O nome da localidade deriva do facto de existirem na região grande profusão de canas, daí o topónimo de Villa Nova de Canya. Devido à sua excelente localização geográfica, atraiu desde longa data a fixação do homem, como atestam os diversos vestígios encontrados na proximidade da sua ribeira, datáveis do paleolítico. Do neolítico há a registar a existência de uma sepultura megalítica tipo cista. A presença de um castro neolítico também foi referenciada na região. Do período da ocupação romana do território encontram-se vestígios da sua passagem por Canha, nomeadamente na área do Monte do Escatelar onde se encontra os restos de uma presumível “Villae”. De salientar a existência de um fragmento de mosaico policromo, atualmente inserido numa das habitações do monte e de diversos materiais cerâmicos.
Foto: José Morais