23ª Edição “Lisboa Antiga de Bicicleta junta 450 participantes”
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Cicloturistas evadem a capital, subindo as sete colinas, com os atrativos principais, a subida dos elevadores, o Lavre, a Glória e o da Bica.
Quem afirma que Lisboa não é ciclável, e continua a apontar as suas sete colinas como ponto negativo, está totalmente enganado, já que mais uma vez as mesmas foram desmitificadas, e se provou que se podem ultrapassar de forma simples, descontraidamente, e com as atuais bicicletas, as mesmas se podem subir, contrariando assim a parte negativa, e provando que afinal na capital, também se pode andar de bicicletas, e dar fortes pedaladas.
A iniciativa partiu mais uma vez da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPPCUB), contou com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, e do El Corte Inglês. A Praça do Comercio foi o local da concentração, pelas 8,30, dava-se inicio á mesma, compareceram quatro centenas e meia de amantes das duas rodas, os quais tinham pela frente pouco mais de trinta quilómetros, cinco pontos de encontros, paragem obrigatória, com três da mais emblemáticas Calçadas de Lisboa para subir.
Cerca das 10 horas era dada a partida, o pelotão entrou pela rua da Prata, rua da Conceição, e iniciou a subida com passagem junto à Sé de Lisboa, entrou pelo bairro de Alfama, saiu em São Tomé, e fez a sua primeira paragem no Miradouro das Portas do Sol, aqui foi tempo de reagrupar, restabelecer energias, e contar algumas das peripécias das primeiras pedaladas.
De regresso á estrada, os participantes entraram pela rua de São Tomé, Calçada Santo André, ruas dos Cavaleiros, Calçada da Moraria, Martim Moniz, Largo de São Domingos, rua das Portas de Santo Antão, e no Largo da Anunciada, o segundo ponto de encontro, foi feita nova paragens, aqui para os mais audaciosos terem o primeiro grande desafio da manhã, a subida e descida da Calçada do Lavre.
Tudo preparado, a Calçada mais importante estava em frente, atravessando a Avenida da Liberdade, com cerca de 270 metros os cicloturistas tinham a celebre Calçada do Glória, pedalada a pedalada, até lá ao cimo no Bairro Alto, o longo pelotão lá foi subindo metro a metro a velha Glória, com o terceiro ponto de encontro a ocorrer no Jardim de São Pedro de Alcântara, onde mais uma vez se descansou e reagrupou todos os participantes, onde nos rosto dos mesmo se via o cansaço, mas também a satisfação de tão fortes pedaladas.
De volta á estrada, os participantes seguiram até ao Príncipe Real, entrando Bairro Alto dentro pela rua do Século, despois uma descida cheia de adrenalina pela Calçada do Combro, Calçada das Estrela, São Bento, Av. D. Carlos I, Av. 24 de Julho, Viaduto de Alcântara, Av. Brasília, e Belém, onde junto à Torre foi feito o quarto ponto de encontro, reagrupar o pelotão, e feito um abastecimento liquido, para restabelecer as energias. Corpo santo
Na reta final, os amantes das bicicletas voltam a pedalar, entrando pela Av. de Brasília, Cais do Sodré, Lago Corpo Santo, Rua São Paulo, aqui, o último grande desafio do dia, a subida da Calçada da Bica, até lá bem ao alto, ao Calhariz, seguindo depois para o Largo de Camões, aqui o quinto é último ponto de encontro, o reagrupamento do pelotão, e antes das últimas pedaladas, foi tempo de foto em grupo, após a mesma, os cicloturistas entraram pela Brasileira, Chiado, e Largo do Carmo, onde pelas 12,30 terminou mais uma edição de “Lisboa Antiga de Bicicleta”.
José Manuel Caetano, presidente da FPCUB que nos fazia um balanço do evento á nossa reportagem ao dizer; “ 23 anos depois este passeio continua a marcar quem participa, estou satisfeito com esta magnifica moldura humana de utilizadores de bicicleta, tivemos aqui diversos tipos de participantes, aqueles que utilizam a bicicleta como meio de desporto onde tentaram superar as maiores dificuldades, ou seja as calçadas, o grande desafio, mas tivemos simples utilizadores de bicicleta que fazem uso no dia-a-dia da mesma, por isso a nível de participantes foi variável. Sobre o trajeto foi agradável, passamos por locais onde só de bicicleta se consegue, e mais uma vez desmitificamos as tão faladas sete colinas, que atualmente com o tipo diversificado de bicicletas que existem, será fácil fazer os trajetos mais difíceis, por isso o balanço final é sem duvida muito positivo, este passeio continua bem vivo, continua a ter um número significativo de participantes, o que resta dizer, em 2016 cá estaremos novamente, desta vez com a sua 24ª edição de mais uma Lisboa Antiga de Bicicleta”.
“Um olhar”
Em tempo de rescaldo, podemos dizer que tivemos um passeio sem dúvida muito alegre, positivo, participativo, com satisfação total da parte dos participantes, onde apesar de algumas dificuldades, as mesmas foram superadas. O trajeto tinha sem dúvida alguns pontos altos, as Calçadas sem dúvida os mais importantes, mas os locais de passagem sem dúvida interessantes, muitas vezes um pouco escondidos, onde apenas de bicicleta se podem descobrir.
Por fim, com um trabalho de enaltecer aos batedores da PSP-Trânsito, parte importante no evento, pela segurança que deram ao mesmo, num domingo que esteve propicio para pedalar, com uma temperatura sem dúvida excelente, com o Sol a banhar Lisboa, cheia de vielas e ruas estreitas, no início de mais umas festas da cidade, com alguns pontos de passagem já a cheirar a sardinha assada, e com cheirinho a Santos Populares que se aproximam, pouco mais para dizer, apenas ficam os votos de podermos estar em 2016 para a 24ª edição de mais uma “Lisboa Antiga”, de bicicleta, claro, e até lá, se desejam bons passeios, boas pedaladas.
Fotos: António Baganha