Alto Calibre de Patrícia Mamona na obtenção da prata

Ao terceiro dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 a portuguesa Patrícia Mamona conquista com alto calibre a 11ª medalha do atletismo português, a prata no triplo-salto!
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Patrícia Mamona e Auriol Dongmo apuradas para as finais
Liliana Cá na final do disco, Irina Rodrigues ficou fora
Carlos Nascimento afastado na primeira ronda
Auriol Dongmo a cinco centímetros da medalha
Texto: Federação Portuguesa de Atletismo
Uma final de alto calibre
Quando Patrícia Mamona, no final do apuramento, disse que ia dar tudo na final, poucos esperariam um concurso deste elevado nível.
Talvez apenas ela e o seu treinador e quem mais a acompanha de perto no dia-a-dia.
Patrícia Mamona, atleta do Sporting Clube de Portugal, entrou no estádio e, para a câmara que a filmava, fez um coração com as mãos, e logo no primeiro salto deixou tudo boquiaberto: recorde de Portugal de 14,91 metros!
O anterior recorde (14,66 m) melhorado em 25 centímetros. Era a resposta ao salto da venezuelana Yulimar Rojas que fez 15,41 m, recorde olímpico.
As duas primeiras estavam encontradas. Mas o melhor estava para vir.
Patrícia nunca mais deixou o segundo lugar.
Depois de um salto não conseguido de 12,30 e do terceiro salto nulo, Patrícia abriu as rondas finais com outro recorde de Portugal, desta vez mais impressionante: 15,01 metros de alto calibre!
E depois ainda saltou a 14,66 e 14,97! Enorme progressão de Patrícia Mamona, a primeira portuguesa a saltar acima de 15 metros e logo numa final olímpica para conseguir a medalha de prata.
Esta foi a terceira presença da atleta treinada por José Uva desde o primeiro momento no atletismo.
Depois do 13.º lugar em Londres 2012 e do sexto lugar no Rio 2016, a medalha mais merecida para a campeã da Europa em título, ao ar livre e pista coberta.
Patrícia Mamona “vice-campeã olímpica e a segunda melhor do mundo”
Ao último ensaio a venezuelana Yulimar Rojas bateu o recorde do Mundo do triplo-salto com a marca de 15,67 metros, superando o anterior máximo de Inessa Kravets (15,50) que iria fazer 26 anos a dia 10 de agosto.
A terceira classificada foi a espanhola Ana Peleteiro, que bateu o recorde de Espanha com 14,87 metros!
No final da prova, em declarações à RTP, Patrícia Mamona admitiu que estava ainda a abosrover tudo, “ainda parece surreal, mas eu estava muito confiante.
O apuramento foi super-tranquilo e deixou toda a confiança para o dia de hoje”, afirmou, agradecendo ainda aos seus familiares, a todos os portugueses, e ao “treinador, que me acompanha há 20 anos e que viu em mim qualquer coisa.
Hoje sou vice-campeã olímpica e a segunda melhor do mundo”.