Bruno Silva e Inês Marques em destaque no Halloween
Bruno Silva e Inês Marques
Os últimos dois dias de corrida estão começando a mostrar danos, mas Bruno Silva e Inês Marques não abrandam o ritmo.
Bruno Silva e Inês Marques melhoraram a sua prestação e apostam na ultima etapa, para subir a fasquia.
Nos atletas mundiais foi mais uma vez o polonês Bart Przedwojewski (Team Salomon) que não deu sinais de desistir.
A suíça Maude Mathys (Team Salomon) igualmente entusiasmada, que se mantém firme, obteve a vitória e mantém o dorsal amarelo.
Bruno Silva isolado na liderança portuguesa
Ao terceiro dia as sensações foram boas para os Bruno’s “Talvez por ser uma prova com mais quilómetros e desnível mais próxima às nossas características e com o corpo a responder conseguimos concluir a etapa satisfeitos!” disseram Bruno Silva e Bruno Sousa.
Bruno Silva da Furfor Running Project lidera a representação portuguesa, em 28º lugar, melhorando 5 posições em relação à etapa anterior
“Consegui seguir perto do grupo da frente e manter um ritmo bom na subida à Caldeira.
Depois foi tentar aguentar um ritmo vivo para o momento da prova que estamos!” comentou o Bruno Silva a OPraticante.pt sobre a etapa.
O Top 5 masculino:
Bruno Sousa – Furfor Running Project, melhorou a sua classificação ocupando atualmente o 40º lugar, segundo melhor português.
Bruno declarou a OPraticante.pt “As sensações foram boas.
Com o desenrolar das etapas o corpo vai reagindo bem permitindo manter o registo que tenho feito desde a primeira etapa.
Resta recuperar da melhor forma possível para que amanhã (hoje) termine este enorme desafio por Etapas!”
Dário Moitoso – Azores Trail Run Pro Team, caiu 7 posições, ocupando o lugar imediato 41º lugar, atrás de Bruno Sousa.
“Foi uma etapa difícil para mim.
Aos 7km de prova o corpo deixou de reagir! Foi duro gerir a parte emocional.
Foi cerrar os dentes e aguentar até ao final, porque amanhã (hoje) há mais!
Os meus parabéns ao Bruno que está a fazer uma grande prova!” disse Dário a OPraticante.pt após a sua prestação.
Ruben Veloso – EDV Viana Trail em 47º, a melhorar três posições.
E Romeu Gouveia – Salomon, manteve o 48º lugar da geral.
51 representantes é o total de portugueses que continuam em prova, dos 133 que iniciaram hoje a 4ª e ultima etapa.
Desejamos poder visualizar Bruno Silva / Inês Marques ou outro representante português ainda melhor classificados no fim deste Golden Trail Championship 2020.
Em femininos Inês Marques continua a liderar
Inês Marques da equipa da Salomon, continua a galgar posições ocupando após a 3ª etapa a 22ª posição e liderando as portuguesas.
O Top 5 português feminino completa-se por:
Mariana Machado – Oralklass – Amigos do Trail melhorou seis lugares estando em 33ª classificada,
Ester Alves – Salomon, melhorou sete posições sendo a 35ª;
Luísa Freitas – Clube Desportivo Escola Santana; melhorou quatro posições sendo 36ª classificada.
“Correu dentro do possível. Corri com muitas dores abdominais.
Foi uma corrida muito dura, com muita lama e com muita subida e descida, claro na caldeira novamente com muito vento….
Foram quase 31 km com cerca de 1800 de desnível e o acumular dos dias anteriores não ajuda muito.
O cansaço começa a dar de si… Agora recuperar para última etapa….”
Joana Esperanço – Montanha Clube Trail Running em 41ª entrou para o top 5 português
“Os últimos 30 kms desta grande aventura, desta festa”
Sara Silva – Atletismo Clube da Tocha, melhorou para 42ª, mas saiu do Top 5.
“A etapa correu bem dentro do possível.
É a primeira vez que faço uma prova de etapas e tem sido uma novidade perceber como o corpo reage do após dia.”
Ontem seria a etapa no Pico, que infelizmente foi cancelada devido às condições climatéricas.
Já há algum tempo que queria fazer a subida ao Pico e a motivação para esta prova passava muito por aí.
Na etapa de ontem manteve-se a lama e terreno húmido mas com zonas muito corriveis e rápidas.
Contudo com o acumular do cansaço as descidas tornam-se muito exigentes e desgastantes.
Amanhã (hoje) serão os últimos 30 kms de esta grande aventura, desta festa.
Não vim com objetivos definidos, apenas queria voltar a ter um objetivo para os meus treinos, voltar a competir após vários meses (última prova que fiz foi os Abutres) e queria conhecer um pouco do que os Açores têm para oferecer.
Fazê-lo junto dos melhores atletas mundiais então tem sido uma experiência única.
Tentei dar o melhor melhor em cada uma das etapas, amanhã (hoje) não será exceção.”
Entre as 50 participantes, das quais para além destas cinco atletas, ainda se encontram em competição mais duas portuguesas:
Margarida Pereira – Grupo Desportivo Gonçalo Velho – 45ª e Sónia Túbal – Individual em 48ª.
Festa Vulcânica do Halloween da ilha do Pico para a ilha do Faial
A festa Vulcânica do Halloween, preparada para ser comemorada na terceira e penúltima etapa do Campeonato Golden Trail foi originalmente planeada para ter lugar na vizinha ilha do Pico.
Ilha do Pico com o seu vulcão homónimo a subir até 2351 metros acima do nível do mar, seria o ex-libris da etapa.
Mas as más condições atmosféricas tornaram parte do percurso muito perigoso.
Foi montado um circuito alternativo de 30 km na Ilha do Faial para incluir troços dos primeiros dois dias de corrida, mas em sentido contrário.
Jim Walmsley, a fênix se levanta.
Foi mais uma vez Bart Przedwojewski (Salomon) quem se destacou entre os homens.
“Tentei forçar desde os primeiros nove quilômetros, porque sabia que o terreno técnico estava bom para mim.
Depois disso, tentei controlar as lacunas na subida e a descida é o que eu gosto.”
O polaco está mais uma vez à frente de Jim Walmsley (Hoka One One) que voltou ao segundo lugar da classificação geral.
“Fui melhorando com o passar do dia, mas dei algumas voltas erradas e caí, tudo nos primeiros 8 km.
Mas só tive que me reagrupar e começar uma nova vida, subindo a ladeira e alcançar os outros atletas”, explica o americano.
Ele agora é o segundo, embora quase 9 minutos atrás do polonês.
Logo atrás, encontramos novamente o marroquino Elhousine Elazzaoui (Salomon) que não precisou esperar pelo norueguês Stian Angermund (Salomon) desta vez.
Maude Mathys assume a liderança!
Tínhamos antecipado na etapa de anteontem e foi confirmado ontem: Maude Mathys (Salomon) está em na sua melhor forma.
A suíça venceu a etapa do dia mais uma vez, 1min46 à frente de Rachel Drake (Nike).
“Minhas pernas estavam muito cansadas hoje e foi um começo difícil“, explica ela.
Acrescentando, “Não dei atenção, especialmente nos primeiros 8 quilômetros, que eu sabia que eram longos.
Apesar de Rachel e Blandine terem descolado rápido, eu preferia para manter meu próprio ritmo.
Tove também passou por mim, mas não entrei em pânico.
Percebi que estava alcançando a subida e, no topo, estava sozinha na liderança.
Rachel me alcançou na descida, mas eu fiz minha própria corrida e como ainda tinha alguma energia, tentei manter o ritmo para segurá-la!”
Rachel Drake (Nike) disse sorrindo, “Foi super divertido.
Sinto que tenho relaxado nos últimos dois dias porque não queria me machucar.
Então, hoje e amanhã vou acelerar um pouco.”
Blandine L’Hirondel completou o pódio a 5min34 atrás de Maude Mathys.
Tove Alexandersson (Icebug) está perdendo um pouco de terreno para o dorsal amarelo, ontem ela terminou 9min32secs atrás para assumir a 4ª posição.
Iris Pessey recupera o dorsal vermelho
Nada mudou na posição masculina para o dorsal vermelho, Rémi Bonnet (Salomon) mais uma vez venceu o segmento de subida do dia com 49 segundos à frente de Jim Walmsley (Hoka One One).
O suíço agora tem 55 segundos de vantagem sobre o americano e parece difícil imaginar que o dorsal vermelho lhe vá escapar.
Mas nunca se diga nunca, “Até o lavar dos cestos é vindima”.
As mulheres viram Maude Mathys (Salomon), com dinamite nas pernas, levar a melhor no segmento de escalada.
Maude Mathys ao vencer esta etapa, viu o dorsal vermelho do dia ser entregue à vice-campeã Iris Pessey (Scott).
Ana Cufer, untouchable!
O segmento de downhill tem o nome de uma mulher, Ana Cufer (Salomon) , ela mais uma vez provou seu domínio neste segmento, ao escalar o downhill a um ritmo excepcional.
Ela estava 27 segundos à frente de Maude Mathys (Salomon) no segmento de ontem e agora está 49 segundos à frente de Tove Alexandersson (Icebug) na disputa pela camisola azul.
Apesar de Anders Kjærevik (Bergen Running) manter o seu dorsal azul com 1m43 de vantagem sobre seus perseguidores, o norueguês foi derrotado pela primeira vez desde o início do campeonato no segmento de downhill do dia.
O espanhol Antonio Martinez (Buff Pro Team) conseguiu uma diferença de 37 segundos.
Entre as meninas, o sprint do dia foi para Gisela Carrion (La Sportiva).
Após a vitória de ontem no segmento de sprint, a espanhola fez questão de trazer a camisola verde de volta para casa.
Agora ela conseguiu e assumiu a liderança na frente de Blandine L’Hirondel por 14 segundos na melhor classificação de velocistas.
Théo Détienne: O francês voador!
O sprint masculino viu o dorsal mudar de dono!
Furioso por não conseguir mostrar seu verdadeiro potencial nas etapas anteriores, Théo Détienne (Salomon) estabeleceu o recorde ao bater o espanhol Andreu Blanes (Carnicas Serrano) por 21 segundos.
“Estou tão feliz! Finalmente!” Détienne gritou de alegria ao chegar.
“Ontem o elástico do meu cabelo quebrou e, de repente, com uma rajada de vento, o cabelo estava nos meus olhos, não conseguia ver para onde estava correndo!
Hoje eu estava em melhor forma e finalmente consegui pular, como eu queria em todas as pequenas saliências!”
Com mais uma etapa pela frente, o Flying Frenchman está 14 segundos à frente de seu perseguidor imediato.
“Amanhã (hoje), o sprint é uma espécie de estrada inclinada com pouco menos de 2 quilômetros.
O Andreu vai mesmo ter de dar um duro danado se quiser me devolver o dorsal!”.
Parece um convite para uma dupla!
Anaïs Sabrié está fora
Infelizmente, a francesa Anaïs Sabrié (Matryx) não conseguiu marcar a partida devido a receber tratamento médico ontem.
A atleta da Matryx sofreu hipoglicemia muito grave na linha de chegada da etapa 2 e teve que ser colocada em uma IV pela equipe médica.
Embora ela estivesse se sentindo muito melhor hoje, as regras infelizmente não permitiram que ela tomasse o início do estágio 3.
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Texto: Henrique Dias – OPraticante.pt
