Castanheira, Trail e praia, uma bela conjugação

Decorreu a 2ª edição do Viver Castanheira, prova de trail running sem cariz competitivo.

Uma organização do Sport Castanheira de Pera e Benfica, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, em colaboração com a Associação de Atletismo de Leiria, Câmara Municipal de Castanheira de Pera, União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral e Prazilândia E.M.

Viver Castanheira

Antevia-se uma manhã muito chuvosa, com nevoeiro a endurecer a prova, no entanto isso não se verificou, uma vez que minutos antes do início da mesma a chuva parou e apareceu o sol, que viria a acompanhar os atletas durante toda a prova. Melhor era impossível!

O secretariado decorreu no átrio da Camara Municipal de Castanheira de Pera, ao invés do que estava inicialmente previsto no regulamento (Praia das Rocas).

Viver Castanheira

No entanto a alteração foi atempadamente comunicada aos participantes, que de forma ordeira e organizada receberam um Kit da organização.

O Kit era composto por Dorsal, T-shirt, Prémio de presença, uma garrafa de água e ainda um voucher com direito a uma entrada na Magnifica Praia das Rocas.

Praia das Rocas na Castanheira um momento de relaxe

Praia das Rocas

A Praia das Rocas é um Complexo de lazer e animação situado num lago com cerca de 1 km de extensão, bem no coração da Vila (Praia das Rocas, Viva esta Onda!)

A anteceder o início da prova um membro da organização efetuou um breve briefing, alertando todos os participantes para que respeitassem o devido distanciamento, devido à Pandemia Covid 19 e a agradecer a presença de todos neste evento.

Inicio da caminhada que também foi faseada

Na semana que anterior foi enviado o Plano de Contingência por email, bem como uma declaração a assinar pelos participantes, a entregar no secretariado, no ato da receção do dorsal.

Era a confirmação de ter tomado conhecimento de todas as regras estabelecidas, declarando estar em perfeitas condições físicas e não ter estado com nenhuma pessoa infetada com COVID 19 nos últimos 14 dias que antecedem este evento.

O uso obrigatório da máscara era para respeitar, como não poderia deixar de ser, no início da prova, onde só se poderia retirar a mesma após cerca de 200 metros do tiro de partida, e à chegada teria de ser colocada.

A iniciar a prova a organização ia indicando grupos de 10 atletas, que partiam com cerca de um minuto de diferença, de forma a evitar o aglomerado de participantes nos quilómetros iniciais.

No que diz respeito ao percurso, os primeiros 4 Km foram na sua maioria compostos por estradões e com diversas subidas, ora para a direita ora para a esquerda, que fizeram com que tivesse que arrumar o impermeável, pois o motor já estava a aquecer demasiado!

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Praia Fluvial do Poço da Corga

Tranquilidade e serenidade na Praia Fluvial do Poço da Corga

De seguida foram 2 Km sempre a descer, com passagem pela Praia Fluvial do Poço da Corga, situada em pleno leito da Ribeira de Pera, proporciona ao visitante a tranquilidade e serenidade necessárias para renovar forças e deliciar o corpo e o espírito.

Nos terrenos anexos à praia, um esplêndido carvalhal centenário oferece as indispensáveis sombras a um parque de merendas.

Pode ainda visitar o Núcleo Museológico O Lagar do Corga, um espaço onde se pode observar a antiga estrutura de um lagar de azeite que, inicialmente, seria de varas e que se julga ter cerca de 400 anos.

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Núcleo Museológico O Lagar do Corga – Foto: Rancho Folclórico Neveiros do Coentral

Entre os 6 e os 8 Km o percurso mudou, foi efetuado em trilho, num zig zag constante, com subidas, descidas, algumas partes mais técnicas, que tanto gozo dá a quem pratica esta modalidade e que a torna tão apaixonante.

Notei que ao longo de toda a prova, a organização teve a preocupação de zelar pela segurança dos atletas, não se poupando no número de voluntários colocados ao longo da prova, colocados em cruzamentos e locais onde teríamos de atravessar vias rodoviárias, salvaguardando desta forma todos os participantes.

Em termos de marcação, as fitas de cor branca e vermelha, foram colocadas em locais de fácil visibilidade e só mesmo por distração nos poderíamos enganar.

Os derradeiros 4 Km foram percorridos em trilhos, junto à ribeira, que nos levou à freguesia do Coentral, situada na encosta sul da serra da Lousã, na vertente onde se forma o longo vale da ribeira de pera.

Aqui nascem as três ribeiras – Ribeira das quelhas, Ribeira do Coentral Grande e Ribeira de Cavalete, que em conjunto formam um afluente do rio Zêzere.

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Inicio do Passadiço da Ribeira das Quelhas

Passadiço da Ribeira das Quelhas um local a visitar

O pórtico da meta estava localizado junto ao início do Passadiço da Ribeira das Quelhas, recentemente construído e que vale a pena visitar.

O percurso do passadiço desenvolve-se naquela que é uma das mais belas ribeiras desta zona, a Ribeira das Quelhas.

Ribeira das Quelhas – Foto: Rancho Folclórico Neveiros do Coentral

As suas fragas imponentes fazem com que as águas se despenhem de grandes altitudes.

Ainda explora o verdejante Vale da Silveira, com as suas construções em ruínas e o seu ribeiro de águas calmas, seguindo pela levada até ao Coentral, aldeia serrana, escondida nas vertentes da serra, com as suas casas e pormenores pitorescos.

Na sua totalidade a prova teve cerca de 12 km e 700m, com um desnível positivo de 615m e negativo de 356m.

Não existiu abastecimento final, no entanto a organização não deixou de disponibilizar garrafas de água para quem necessitasse.

Finda a prova os atletas foram transportados para o local da meta em autocarros do Município.

Em forma de conclusão posso afirmar que gostei bastante da organização do evento e espero que futuramente seja possível organizarem novamente o evento Trilho das Quelhas, prova em que participei na sua primeira edição e que gostei bastante.

Muitos parabéns a todos que colaboraram para o sucesso do evento.

Resultados.

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