Dakar2022: Portugueses em bom plano na segunda etapa
O português Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi ontem sexto classificado na segunda etapa da 44.ª edição do rali Dakar2022 de todo-o-terreno, que chegou a ser liderada por Rui Gonçalves (Sherco).
O piloto transmontano Rui Gonçalves acabaria na 12.ª posição, a 13.48 minutos do vencedor, o espanhol Joan Barreda (Honda), que conquistou o 28.º triunfo em etapas na carreira, sendo o terceiro mais vitorioso, a cinco dos franceses Cyril Despres e Stéphane Peterhansel, que têm 33.
Gonçalves chegou a ter 5.56 minutos de vantagem à passagem do primeiro controlo de passagem, ao quilómetro 40 do Dakar2022, mantendo a liderança até ao terceiro ponto de controlo, ao quilómetro 119 dos 338 cronometrados.
“Foi um dia bastante positivo, consegui imprimir um bom andamento logo desde o início da etapa e sentir-me bem com a minha Sherco.
Depois do dia difícil de anteontem [domingo] foi muito bom poder rodar ao meu ritmo, fui apanhando alguns pilotos e percebi que as coisas estavam a correr bem.
Ainda assim optei por uma condução mais cautelosa, sem cometer erros nem correr riscos.
Consegui manter sempre a concentração e tudo isto levou-me ao positivo 12.º lugar no dia de hoje.
Ainda estamos no início deste grande rally por isso é muito importante estar sempre focado e concentrado pois amanhã (hoje) é um novo dia e tudo vou fazer para que corra pelo melhor”, contou Rui Gonçalves, que está agora na 48.ª posição da geral.
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Texto: AGYR // NFO – Lusa
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Joaquim Rodrigues Jr. foi o melhor português no Dakar2022
O britânico Sam Sunderland (GasGas) foi o segundo classificado, a 5.33 minutos de Barreda, seguido do argentino Kevin Benavides (KTM), a 5.54 minutos.
Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor português, ao fechar o dia na sexta posição, a 10.18 minutos do vencedor.
“Foi um dia bom para mim, quase que uma recompensa, depois de ter perdido muito tempo na especial 1B.
Consegui imprimir um bom ritmo desde o início e apanhei os pilotos que saíram à minha frente”, explicou o barcelense, que está na 18.ª posição, a 45.13 minutos do líder.
Com estes resultados, Sam Sunderland é o novo líder, com 2.51 minutos de vantagem sobre o francês Adrien van Beveren (Yamaha) e 4.08 minutos sobre o austríaco Mathias Walkner (KTM).
O italiano Danilo Petrucci, com problemas mecânicos na sua KTM sofridos ao quilómetro 115, requisitou resgate aéreo à organização da prova devido à impossibilidade de reparar a avaria, mas deverá continuar em prova, com uma penalização de 11:31 horas.
Daniel Sanders (GasGas), o anterior líder, teve ontem um dia negativo no Dakar2022, cedendo 24.58 minutos na etapa, que deveria ter sido a primeira parte de uma etapa maratona, mas que, devido à chuva, acabou por ser uma etapa tradicional, obrigando ao cancelamento da tirada do Dakar Classic.
Aos problemas de navegação juntou uma penalização de 10 minutos, caindo para sétimo da geral, a 13.29 minutos do comandante.
Também o chileno Pablo Quintanilla (Honda), que era segundo, se atrasou ao terminar na 26.ª posição, a 30.53 minutos.
Devido a uma fuga de combustível, António Maio também sofreu no Dakar2022
António Maio (Yamaha) também sofreu, mas devido a uma fuga de combustível a cinco quilómetros do reabastecimento.
“Estava a rolar com bom ritmo até ter tido, infelizmente, uma fuga que me fez perder a gasolina apenas a cinco quilómetros de uma das assistências, o que me atrasou cerca de 30, 40 minutos.
Graças à ajuda de outro piloto consegui retomar a etapa.
Este contratempo fez-me perder uma série de posições, pois até lá seguia nos 20 primeiros”, lamentou o alentejano, que é 29.º, a 1:04.45 horas.
Já Mário Patrão (KTM), que participa na categoria Original by Motul para pilotos que competem sem assistência, recuperou hoje 12 posições, depois dos problemas mecânicos sofridos na véspera, concluindo o dia em 54.º, tendo escritos na sua página:
“Hoje etapa 2 com 780km, foi dia de recuperar posições depois do “erro” de ontem, sai em P97 cheguei em P54, P6 Original by Motul, amanhã continua.
Obrigado pelo vosso apoio!“
Arcélio Couto (Honda) é 85.º, um lugar à frente de Mário Patrão.
Pedro Biachi Prata (Honda) é 88.º e Paulo Oliveira (KTM) 95.º
“A discussão deve ser entre nós os dois”
Nos automóveis, o francês Sébastien Loeb (BRX) somou o 15.º triunfo na prova, primeiro nesta edição, ao bater o catari Nasser Al-Attiyah (Toyota) por 3.28 minutos.
O espanhol Carlos Sainz (Audi), que na véspera cedeu muito tempo devido a uma falha de navegação, foi terceiro, a 5.52 minutos do vencedor, seguido do francês Stéphane Peterhansel (Audi), que terminou a 7.56 minutos.
Miguel Barbosa (Toyota) foi 55.º, a 1:26.38 horas.
Na geral, Al-Attiyah mantém a liderança, com 9.16 minutos sobre Loeb.
“A discussão deve ser entre nós os dois”, admitiu ontem o piloto do Qatar.
O argentino Lúcio Alvarez (Toyota) é terceiro, mas já a 40.53 minutos.
Miguel Barbosa é 48.º, a 3:52.09 horas.
Nos veículos ligeiros, Mário Franco (Yamaha) foi 10.º e ocupa igual posição na geral.
Na categoria de SSV, Luís Portela de Morais (Can-Am) perdeu ontem algum tempo ao ser apenas 16.º, enquanto Rui Oliveira (Can-Am) foi 24.º.
Na geral, Portela de Morais é agora 11.º e Rui Oliveira 20.º.
Hoje terça-feira disputa-se a terceira etapa, em redor de Al Qaisumah, com 255 quilómetros cronometrados.