Doroteia “Gosto particularmente de correr Meias-Maratonas”

Doroteia

Doroteia Peixoto nasceu a 7/04/1983 e é natural de Felgueiras.

Doroteia Peixoto começou a praticar Atletismo no União da Várzea com apenas 10 anos. Posteriormente representou outros clubes como o Sportzone Running Team e o Joane.

Na época de 2013 representou o Sporting Clube de Portugal, tendo feito parte da equipa que ganhou o Campeonato Nacional de Crosse Curto, terminando essa prova no 6º lugar da classificação individual. No final dessa temporada transferiu-se para o Maratona Clube de Portugal. Atualmente representa os Amigos da Montanha.

Em 2011 fez parte da Seleção Nacional que ficou em 2º lugar na Taça da Europa dos 10000m, concluindo a prova no 24º posto e no final do ano participou nos Campeonatos Europeus de Corta Mato, terminando no 31º lugar, numa competição onde voltou a estar presente em 2015. Em 2016 e 2017 ganhou a Meia-Maratona de Macau.

Principais Marcas da Doroteia Peixoto:

1500m – 4:40.99 – Coimbra (POR) – 29.06.2002
1500m p.c. – 4:39.12 – Espinho (POR) – 23.02.2002
3000m – 10:01.24 – Vigo (ESP) – 04.07.2007
3000m p.c. – 9:23.00 – Braga (POR) – 16.01.2011
5000m – 16:16.99 – Lisboa (POR) – 08.07.2012
10.000m – 33:20.37 – Lisboa (POR ) – 24.03.2012
5 km Estrada – 16:59 – Lisboa (POR) – 24.05.2015
10 km Estrada – 33:39 – Povoa de Varzim (POR) – 05.07.2015
15 km Estrada – 54:04 – Porto (POR) – 22.06.2008
Meia Maratona – 1:13:19 – Barcelos (POR) – 02.04.2017
Maratona – 2:32:00 – Düsseldorf (GER) – 30.04.2017

1. Como e quando é que surge o atletismo na sua vida?

Comecei a praticar atletismo aos dez anos de idade em Felgueiras nesse grande viveiro de atletas que é o União Desportiva de Várzea pela mão de dois entusiastas do atletismo que ainda hoje continuam a formar atletas e pessoas, o Joaquim Pio e o Carlos Mendes, influenciada pelo percurso de outra grande atleta da terra a Helena Sampaio.

2. Como é ser treinada pelo Ricardo Ribas, também conhecido por “el Comandante”? É um treinador exigente?

O Ricardo Ribas está ligado às minhas maiores conquistas no atletismo, surgindo na minha carreira numa fase que esta parecia esmorecer.
Esta aventura começou há seis anos e têm sido uma boa caminhada para ambos. Cresci muito como atleta, tornei me maratonista e ainda temos uns quantos objectivos em mente.

O Atletismo é por si só um desporto exigente obrigando treinadores e atletas a serem extremamente rigorosos e metódicos e nós não fugimos à regra.

O facto do Ricardo Ribas ter uma vasta experiência como atleta de topo, aliado à sua formação em Educação Física é sem dúvida uma grande mais-valia para todo o nosso grupo de treino.

O Ribas marcou a minha carreira como atleta e eu pretendo marcar a história dele como Treinador.

Ricardo Ribas e Doroteia Peixoto

3. A Doroteia corre pelos Amigos da Montanha enquanto muitas das suas colegas de estrada estão ligadas ao Benfica ou ao Sporting. Isso tem alguma influência no seu percurso desportivo ?

Os Amigos da Montanha surgiram em boa hora há quatro anos dando-me a estabilidade que tanto procurava e nunca tinha conseguido, foram uma lufada de ar fresco na minha carreira potenciando assim a minha evolução.

Já estive em grandes clubes e nenhum deles se compara aos Amigos da Montanha, aqui sinto-me em casa, em família e é aqui que pretendo acabar a minha carreira de atleta.

4. Sagrou-se recentemente campeã nacional de maratona em Portugal o que é que este título representa para si?

Um título de campeã nacional é sempre motivo de orgulho ainda para mais numa distância tão difícil e exigente quanto a maratona.

Doroteia

5. Este título agora alcançado compensa de alguma forma o facto de não poder ter tido oportunidade de participar no Mundial de Londres?

Não, de maneira nenhuma. Fiquei muito magoada com a forma como fomos (eu e o meu treinador) tratados em todo aquele processo, sempre estivemos disponíveis para representar a selecção nacional, sempre foi a nossa vontade estar presentes na Maratona do Campeonato do Mundo, este era de facto o nosso grande objectivo, senti-me injustiçada por uma oportunidade que me foi roubada, mas principalmente pela forma desrespeitosa como se referiram ao nosso trabalho e à nossa entrega ao atletismo.

 

6. Ganhar a primeira edição de uma prova como foi o caso na 1ª Meia-maratona de Amarante tem um sabor especial?

Amarante é uma cidade que me diz muito, pela sua beleza impar e pela proximidade com a minha terra natal, e é naturalmente motivo de orgulho ter o meu nome associado por duas vezes ao quadro de honra da Meia Maratona da Cidade.

 

7. Qual a distância que lhe dá mais prazer correr?

Gosto particularmente de correr meias maratonas

8. Quais são os grandes objetivos para o futuro? Sonha com alguma participação numa prova em particular?

O próximo grande objectivo será uma maratona na Primavera, e se tivermos a felicidade de obter os mínimos nessa corrida o sonho passará pelo Campeonato da Europa em Berlim

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Entrevista realizada por: Davide Pinheiro
Fotos: Prozis, Faztletismo, Correr por prazer, Facebook da Atleta

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