JOÃO NEPOMUCENO “CORRER TEM MAIS QUE SE LHE DIGA”

João Nepomuceno

Trail da Ladeia - Foto: Fotojotapê

João Nepomuceno, de 49 anos de idade, natural de Ourém e que representa a equipa do 100 Gás Trail Team, é o novo entrevistado de OPraticante.pt, ele que é o padrinho da edição 2023 do Trail da Ladeia.

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“Caminhadas, uma excelente terapia” João Nepomuceno

A corrida entrou na minha vida de uma forma muito especial, em 2014 então com mais 25 kg que agora decidi mudar o estilo de vida.

Pesava nessa altura 86 kg e as únicas atividades desportivas que conseguia fazer eram umas voltas de bicicleta e a muito custo” começou por dizer João Nepomuceno.

João Nepomuceno
João Nepomuceno com 86 kg

Acrescentando “Anteriormente quando era mais jovem joguei futebol de salão e futebol 11, mas na verdade nunca tive muita vocação para a bola, era só mais um que lá estava a fazer número para encher as equipas.

Quando houve a decisão de mudar a forma de vida e a forma redonda do corpo, procurei a ajuda de uma Nutricionista, que me levou a alterar completamente tudo, desde a alimentação como a nível de alguma atividade física.

Foi introduzido nas minhas novas rotinas as CAMINHADAS, foi o inicio de tudo para que a corrida mais tarde se torna-se num vicio bom.

Caminhei muito nessa altura, todos os dias fazia uma caminhada e gostava imenso, era uma excelente terapia e além do mais os resultados começaram a notar-se“.

Referindo “A certa altura a Nutricionista disse-me se não estava já farto das caminhadas e deu a ideia de ir começando a fazer umas corriditas, nada de especial apenas a mesmas distâncias das caminhadas mas a correr, nem que fosse num ritmo lento mas a correr.

E assim fiz nas primeiras tentativas foi um desalento, corria pouco e cansava-me logo, parecia que as pernas pesavam mais que o corpo.

Mas lentamente com mais calma e muita determinação lá fui e consegui correr 10 km , depois quis mais e depois é um chip que temos na nossa cabeça .

Queremos sempre ir mais longe e mais rápido“.

João Nepomuceno na Meia-Maratona Rock’N’Roll

“Correr não é só calçar umas sapatilhas”

João Nepomuceno declarou-nos “Comecei a fazer provas de estrada, a minha primeira prova foi em Lisboa na Meia-Maratona Rock’N’Roll, logo para levar abrir os olhos, que correr tem mais que se lhe diga, não é só calçar umas sapatilhas.

Depois fiz outras Meias Maratonas, Nazaré, Figueira da Foz, Lisboa Ponte 25 Abril, corridas de 15 km aqui bem perto em Fátima, Eirapedrense, corrida da Paz.

Em Tomar as 3 Léguas do Nabão. Comecei com uma equipa que era mais um grupo de amigos os Ciáticos Team que ao final do dia nos juntávamos para umas corridas“.

O Trail surgiu quando o ginásio Vila Fit Ourém se organizou para levar uma equipa a uma prova que se realizava aqui no Concelho, eu lá me inscrevi e fui com eles para a nova experiência, no inicio estranha-se, mas depois entranha-se.

Foi brutal, nada a ver com a estrada, o espírito completamente diferente, muita solidariedade, trilhos, sigletracks, terra, lama, folhas pelo chão que davam um colorido magnifico.

Os cheiros que nos rodeiam foi apaixonante, trepar montes e descer ribanceiras, atravessar riachos e ribeiras foi amor logo ali.

A partir desse dia comecei a procura provas de Trail, surgiu uma aqui bem perto em Tomar, inscrevi-me, fui lá correr um pouco, mas diverti-me muito.

“foi a semente para o nascimento de um novo desafio”

Nesse dia conheci um casal bem conhecido no meio do trail Sissi e Zé Dias que também lá estavam, não nos falamos, mas houve ali nesse dia um cliché, que acendeu uma luz para o que iria acontecer semanas depois.

Na busca de novas aventuras apareceu o Trail do Almonda em Pedrogão, Torres Novas lá fui eu com os Ciáticos Team fazer a prova, mas o destino quis que o casal fantástico Sissi e Zé Dias também lá estivesse, mas desta vez não estavam sozinhos, levaram 2 casais amigos.

Um momento engraçado e muito simbólico, que foi a semente para o nascimento de um novo desafio, um novo projeto estava para nascer.

E mais uma vez a ironia do destino fez com que os nossos carros ficassem lado a lado no estacionamento, era o que tinha que ser a mão de Deus estava ali para nos juntar até aos dias de hoje.

Fomos levantar os dorsais e vinha à parte o chip para o controle dos tempos, um objeto de cartão quadrado com uns furos .

Eles e eu pouco ou nada percebíamos, como e aonde se colocava aquilo?

Então o Zé Dias sem me conhecer pessoalmente, só de vista da prova de Tomar, veio ter comigo e perguntou aonde é que se colocava o chip, eu sem dar parte de fraco, olhei para ele, para o chip e respondi deve ser nas sapatilhas, que é o local mais perto do tapete para o controle dos tempos.

E nesse dia foi uma Empatia total com ele e com os dois casais que estavam com eles”.

João Nepomuceno no Trail da Ladeia

Da primeira participação no Trail da Ladeia a padrinho

Logo ali surgiu o convite para ir fazer uma prova na terra deles Ansião, e qual era a prova? Pois é meus amigos o Trail da Ladeia no Alvorge.

Eu que nem sabia aonde era Ansião, quanto mais o Alvorge, fiz a inscrição e no dia da prova lá fui com o auxilio do GPS saí de casa umas 3 horas de antecedência quando o GPS marcava cerca de 1 hora de viagem para qualquer eventualidade que pudesse acontecer .

Eu queria era mesmo lá chegar e com tempo, não é de estranhar que fui o primeiro, ainda estava tudo muito sem movimento, até por parte da organização, eu já lá estava fiquei no carro até abrir o secretariado e lá fui para levantar o dorsal.

O primeiro da fila, o Nuno Simões era o responsável pela entrega, conversa para aqui, conversa para ali e logo se criou um ambiente muito bom entre nós.

Foi um momento que me deixou boa impressão, gostei muito da forma como fui recebido por ele.

Veio a prova na altura fiz o trail curto e fiquei rendido, uma festa imensa, dentro e fora dos trilhos, e os meus novos amigos no final foi outra festa.

Em conversa com eles e depois com o tempo fomos cimentando uma amizade mais forte, até que nos levou a criar uma equipa na altura surgiu os Dá-lhe Gás uma equipa criada para correr pela amizade e para a diversão.

Fizemos muitas aventuras juntos, muitos kms por esses trilhos fora.

E como não podia deixar de ser o Trail da Ladeia esteve sempre na prioridade das nossas presenças, conquistamos lá alguns prémios para a maior equipa, fizemos lá grandes resultados individualmente, e por equipas“.

João Nepomuceno no Saca Trilhos da Anadia – Foto: Kabazuk

100 Gás Trail Team, novo nome, o mesmo ideal, com o mesmo espírito

Mais tarde os Dá-lhe Gás tiveram que mudar o nome por existir já uma equipa com esse nome no Norte do País.

Um novo nome, mas com o mesmo ideal, com o mesmo espírito, veio para a ribalta os 100 Gás Trail Team.

Nasceu uma parceria com a organização do Trail da Ladeia para a colaboração na realização do evento.

No ano passado recebi um convite que muito me orgulhou, ser o Padrinho da prova, foi uma HONRA para mim e juntamente com a Madrinha SILVINA BAPTISTA, pudemos sentir o pulso do que é estar dentro desta festa gigante, o que é esta magnifica prova.

Silvina Baptista
Silvina Baptista – Foto: Fotojotapê – Trail da Ladeia

Este ano lá vamos estar de novo com uma Madrinha que tem com um coração de Ouro, uma pessoa maravilhosa que muito merece esta distinção.

Esperamos que este ano seja Memorável, Inesquecível, que deixe uma Marca para ser recordada por muito e longo tempo. Como o Trail da Ladeia merece“.

Neste momento em que atualmente me encontro estive e estou ainda a recuperar de uma lesão num joelho, vou fazendo uns treinos de bicicleta, alguma corrida, mas sempre sem deixar de ir com o meu foco.

Estar com alguma forma física, evitar não forçar muito a carga no joelhos e se der para fazer umas provas mais curtas de vez em quando já me satisfaz.

Serão esses os meus próximos objetivos para o futuro.

É lá na Natureza que me sinto bem, com os meus amigos, a correr ou a andar, devagar ou devagarinho, a correr o que o corpo me vai permitindo” concluiu João Nepomuceno.

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