Jungle Marathon “Chega de correr riscos, chega de ser humilhado”

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Divergências com a organização da Jungle Marathon, levaram Carlos Sá e Carlos Coelho a desistir hoje após três etapas deste evento realizado no Rio Tapajós, na região de Santarém do Pará, na Amazónia.
Foto: Página do Carlos Sá
A Jungle Marathon
Classificada como a mais dura corrida de resistência do mundo, distingue-se das demais por decorrer debaixo de temperaturas de 40 graus, em condições de humidade de 99 por cento, muitas vezes na escuridão provocada pela densidade da vegetação, divide-se em seis etapas, que perfazem 254 quilómetros.
Carlos Sá e o novo desafio – Jungle Marathon
Na sua primeira participação na Jungle Marathon, que percorre a floresta da Amazónia, Carlos Sá confessou que vai “vou um bocadinho sem perceber o que me vai acontecer.
Estamos a falar de um terreno em que não faço ideia do que me vai aparecer pela frente.
Sei que tem muitos charcos de água, muitos rios para atravessar.
A possibilidade de encontrar toda a bicharada e mais alguma.
Já fiz o ciclo todo de vacinação para me proteger.
Temos de dormir pendurados numa rede atada às árvores, ou tentar descansar porque dormir vai ser difícil, por causa dos insetos e dos bichos rastejantes”
Jungle Marathon realiza-se em autonomia total
2º na 1ª etapa o resultado obtido por Carlos Sá
Carlos Sá é 2º Classificado no arranque da jungle Marathon, ficando atrás do grego Widdy (de Guadalupe).
O vencedor da 2ª etapa foi Carlos Sá
Carlos Sá vence a 2ª etapa da Jungle Marathon, e lidera a classificação geral com 7 minutos de vantagem sobre o atleta grego Widdy (de Guadalupe), e 17 minutos sobre o atleta brasileiro Rodrigo Souza (2º classificado na geral, da edição de 2013).
Os atletas nesta 2ª etapa por entre outras dificuldades, tiveram de superar terrenos com alguns pântanos, rios cristalinos, e cascatas… A Amazónia continuará cheias de surpresas nos próximos dias
Carlos Sá vence a 3ª etapa
Carlos Sá com esta 3ª vitória, em outras tantas etapas, lidera a classificação geral e aumenta a vantagem para o 2º classificado o atleta grego Widdy (de Guadalupe), agora a 15 minutos.
O atleta brasileiro Rodrigo Souza (2º classificado na geral, da edição de 2013), está agora a 57 minutos.
Carlos Coelho, o outro português em prova, é 7º na geral com mais 6h36m que Carlos Sá.
O terreno de difícil progressão característico da selva profunda voltou a dominar esta etapa.
Em plena selva amazónica a Jungle Marathon realiza-se em autonomia total.
Os atletas devem transportar consigo tudo quanto necessitam para a sua sobrevivência durante uma semana em plena selva… E muito há ainda para percorrer nesta prova com 275 km’s percorridos em 5 etapas… A selva continuará cheia de surpresas nos próximos dias!

Carlos Sá e Carlos Coelho abandonam
“Acabou a minha aventura na selva antes do previsto.
Chega de correr riscos, chega de ser humilhado, por uma organização que não merece o mínimo do nosso esforço.
Não sou pessoa de virar costas aos desafios por mais extremos que sejam, mas quando ultrapassamos a linha do razoável nada vale a pena, os azares evitam-se e a sorte também se constrói.
Para os companheiros que partiram para a etapa longa de não sei quantos km’s, (147km na hora do briefing), quando está toda a gente desfeita com 120km em 4 etapas, (aqui a Srª directora da prova muda tudo a toda a hora), desejo a maior sorte do Mundo porque bem que vão precisar.
Em breve dou mais notícias.
Eu e o Carlos Coelho estamos bem e os dois já na civilização“, refere Carlos Sá na página oficial no Facebook.
Após três etapas da Jungle Marathon, classificada pela CNN como a “mais dura corrida de resistência do mundo“, Carlos Sá liderava e Carlos Coelho ocupava o sétimo lugar.