LUÍS COSTA TOP5 NO EUROPEU DE PARACICLISMO

Luís Costa - Foto: David Barros/CPP

Luís Costa e Flávio Pacheco encerraram no domingo a participação portuguesa no Campeonato da Europa de Paraciclismo, em Roterdão, Países Baixos, com Costa a ser o quinto classificado na prova de fundo de classe H5.

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Fonte: UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo
Fotos: David Barros/CPP

Luís Costa – Foto: David Barros/CPP

Luís Costa “Aos 50 anos de idade, continua a figurar frequentemente no top 5 mundial”

A corrida de H5 viu um grupo de cinco homens adiantarem-se aos demais, disputando entre eles o pódio. Luís Costa esteve entre esse quinteto.

Estou muito feliz por ele ter estado na frente da corrida, mas sabemos que há três homens que são praticamente intocáveis e não dão hipóteses à concorrência”, afirmou o selecionador nacional José Marques.

O técnico referia-se àqueles que, prova atrás prova, vão ocupando o pódio e que hoje não foram exceção.

A surpresa foi a vitória ter sorrido ao neerlandês Tim de Vries e não ao compatriota Mitch Valize, segundo, a 1 segundo.

Com a mesma diferença de tempo chegou o terceiro, o francês Loic Vergnaud. Luís Costa, na quinta posição, gastou mais 5 segundos do que o vencedor.

Luís Costa – Foto: David Barros/CPP

“Poucos se lembram que já fui medalhado em Campeonatos Mundiais e Europeus” Luís Costa

Luís Costa após a sua prestação efetuou o balanço das últimas semanas “Com algumas horas de espera pela frente, tenho tempo para fazer um balanço das últimas duas semanas ao serviço da Seleção Nacional de Paraciclismo.

A semana passada participei no Campeonato do Mundo na Escócia, onde obtive o 4.º lugar no contrarrelógio, enquanto na prova em linha sofri uma queda e acabei em 11.º.

Esta semana estive no Campeonato da Europa, nos Países Baixos, onde obtive o 5.º lugar em ambas as provas que disputei.

As hipóteses de chegar ao pódio, tanto no Mundial como no Europeu eram quase as mesmas, uma vez que os atuais 3 melhores atletas da minha classe a nível mundial, são europeus.

Desta vez não cheguei às medalhas, que é sempre o único resultado que importa para quem lê as notícias (e se calhar poucos se lembram que já fui medalhado em Campeonatos Mundiais e Europeus por 4 vezes).

Saio de cabeça erguida por me ter apresentado em grande forma física, justificando todo o esforço físico, mental e monetário despendido na minha preparação.

E ao fim de 11 anos a competir, continuo a figurar frequentemente no top 5 mundial da minha classe, aos 50 anos de idade.

E vou continuar, enquanto tiver capacidade física e apoios para isso.

O meu calendário internacional está terminado, mas ainda me falta participar em alguns eventos nacionais antes de terminar a época.

Depois chegará o momento de descansar um pouco e começar a preparar 2024, o ano dos Jogos Paralímpicos de Paris, onde quero estar presente, o que me vai obrigar a fazer um planeamento específico que vai requerer patrocínios “visíveis”, pois as (muitas) despesas pagam-se com euros e não com palmadinhas nas costas.

Flávio Pacheco – Foto: David Barros/CPP

Flávio Pacheco esteve na discussão ao sprint por melhor classificação

O pelotão da classe H4 dividiu-se em dois grandes grupos. O português Flávio Pacheco ficou no segundo grupo, acabando na nona posição, a 7m10s do vencedor, o francês Mathieu Bosredon.

European Para-Championships concluído.

Prova em linha, no total de 63kms.
Sempre de princípio ao fim no grupo do 6° ao 11° lugar.

Cerca de meio da prova conseguimos deixar colegas para tás,a cerca de 2 KMS do final, sabendo que era o atleta menos explosivo do grupo tentei a minha sorte de longe, consegui um 9° lugar com o mesmo tempo do 7° lugar, o 6° classificado foi mais forte e conseguiu fugir.

Faço um balaço bastante positivo destes campeonatos europeus, conseguindo um 6° lugar no CR e um 9° lugar inserido no grupo do 6° lugar…

Para o ano temos mais” as palavras do paraciclista português após a sua prestação

Foi um desempenho que correspondeu às expectativas que tínhamos, dada a qualidade desta classe e ao nível em que se encontra, neste momento o Flávio.

Foi pena não ter sido capaz de chegar um lugar ou dois à frente, já que esteve na discussão ao sprint, do sétimo lugar”, explica José Marques.

As medalhas foram decididas entre os três homens que se isolaram na frente da corrida.

Mathieu Bosredon venceu, seguido pelo compatriota Joseph Fritsch, que registou o mesmo tempo, e pelo austríaco Thomas Frühwirth, que gastou mais 2 segundos.

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