A EDIÇÃO MAIS LONGA DOS ÚLTIMOS ANOS DA VOLTA AO ALENTEJO

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Foto: Volta ao Alentejo

A 41ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola parte de Castro Verde, uma estreia para o início da “Alentejana”, na quarta-feira, 20 de março.

A competição segue em direção a Beja, capital do Baixo Alentejo, cumprindo os primeiros 168 quilómetros.

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Volta ao Alentejo terá uma passagem inédita pela aldeia de Baleizão

No ano em que se assinala o Cinquentenário do 25 de Abril a “Caravana” terá uma passagem inédita pela aldeia de Baleizão evocando a figura histórica de Catarina Eufémia e os 70 anos do seu desaparecimento.

A Praça Vasco da Gama, na Vidigueira, será o Palco de Partida da 2ª etapa. Com cerca de 180 quilómetros e a Serra de Grândola a dificultar a chegada à “Vila Morena”.

Símbolo maior dos ideais de Liberdade, Democracia, Solidariedade e Fraternidade que José Afonso tão bem reconheceu e eternizou no poema-canção que foi senha da Revolução de Abril.

O terceiro dia está reservado para a etapa de Alqueva. Serão 168,4 quilómetros com partida de Mourão e chegada a Reguengos de Monsaraz, com duas passagens pela bonita aldeia de Monsaraz onde estão instalados dois prémios de montanha.

As gentes da capital do barro terão um dia em cheio de ciclismo com a prova a contemplar uma primeira passagem pela meta quando ainda faltarem 36kms para o final da etapa.

O fim de semana começa já em pleno Alto Alentejo com a quarta etapa a sair de Monforte para Castelo de Vide, duas localidades com grande tradição na “Alentejana”.

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Foto: Volta ao Alentejo

Etapa rainha da prova constitue a etapa mais curta

Os 147,7 quilómetros que constituem a etapa mais curta mas simultaneamente a etapa rainha da prova, conta com seis contagens de montanha onde se inclui Cabeço do Mouro, Serra de São Mamede, Porto de Espada, Marvão e duas passagens na Serra de São Paulo.

A chegada a Castelo de Vide no tradicional empedrado do Parque João José da Luz deverá fazer a seleção definitiva dos candidatos a conquistar a prova.

Na Praça da República, em Nisa, será dado o tiro de Partida para a derradeira tirada.

Neste 24 de março, “domingo de ramos”, a etapa mais longa da prova, com 187,9 quilómetros culminará no centro histórico de Évora onde a Praça do Giraldo vai aplaudir, e consagrar, os principais protagonistas da “Alentejana”.

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Orluis Aular – Foto: Volta ao Alentejo

Orluis Aular fez o que mais ninguém ousou fazer

Em 2023 a prova foi conquistada pelo venezuelano Orluis Aular (Caja Rural–Seguros RGA) que conseguiu o segundo triunfo consecutivo, fato inédito na prova igualando as duas vitórias de Carlos Barbero em 2014 e 2017.

O Venezuelano da Caja Rural Seguros RGA conseguiu impor-se aos demais candidatos e concluir a edição na chegada a Évora à frente de Adrián Bustamante e Alex Molenaar.

Entre 1983, quando decorreu a primeira edição, e 2016 ninguém conseguiu repetir triunfos na Volta ao Alentejo.

Ao longo de várias décadas, a prova teve tantos vencedores quantas as edições realizadas, o que foi caso único no panorama internacional das corridas de estrada por etapas.

Carlos Barbero – Foto: Volta ao Alentejo

Carlos Barbero quebrou a tradição em 2017

Finalmente em 2017, o espanhol Carlos Barbero, que corria pela equipa espanhola Movistar, que havia triunfado três anos antes quebrou a tradição e repetiu a vitória tornando-se, até à edição de 2023, o único ciclista que ganhou duas vezes em terras alentejanas.

Foram precisas 40 edições da “Alentejana” para que um novo corredor conseguisse o feito de vencer por duas vezes consecutivas.

Miguel Indurain – Foto: Volta ao Alentejo

Depois de surgir na década de 80, a “Alentejana” rapidamente se impôs no calendário do ciclismo nacional e, ano após ano, foi adquirindo relevância a nível internacional, pelas diversas figuras do pelotão mundial que fez desfilar.

Entre as figuras do pelotão mundial fica o destaque para o campeoníssimo Miguel Indurain que ganhou a Volta ao Alentejo em 1996, ano em que a corrida passou a figurar no calendário da União Ciclista Internacional.

A estatística da prova relativamente ao número de vencedores mostra grande equilíbrio entre portugueses e espanhóis.

Os corredores lusos contam com 14 triunfos e “nuestros hermanos” com 13.

Paulo Ferreira – Foto: Volta ao Alentejo

Paulo Ferreira na altura a correr pelo Lousa – Trinaranjus foi o primeiro vencedor da prova em 1983, prova que iniciou e terminou na cidade de Évora.

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