Miguel Monteiro obtêm Prata em Londres

Miguel Monteiro - foto de arquivo
Portugal não para de surpreender no Campeonato do Mundo de Atletismo IPC 2017.
Atletas incansáveis, conquistam mais medalhas ” Miguel Monteiro / Luís Gonçalves ” e integram as finais.
Com a medalha conquistada por Miguel Monteiro e Luís Gonçalves, Portugal conta já com 8 medalhas nestes Campeonatos, 5 de prata e 3 de bronze.
Miguel Monteiro obtêm medalha de Prata no Lançamento do Peso
Miguel Monteiro, classe F40, obteve a medalha de prata no lançamento do peso (4kg) ao fazer 9,86, (o atleta superou cinco vezes o recorde pessoal) e o ultimo com mais 4cm que o lançador Chinês, terceiro classificado. Ganhou o atleta Iraquiano com 10,49.

Em declarações exclusivas à nossa equipa de reportagem, Miguel disse “Foi uma das melhores marcas dos presentes, tinha a segunda melhor marca mundial.
Este ano já havia melhorado por mais de uma vez o record pessoal, e tinha grandes espetativas em relação a uma medalha, só não contava era que tivesse que bater o meu record pessoal no último lançamento, quando me encontrava em 4° lugar para alcançar um lugar no pódio neste caso o terceiro“.
200 metros – Luís Gonçalves de Bronze
Luís Gonçalves, T12, obteve o 2°lugar na meia final dos 200mts T12, e na final dos 200 metros, conseguiu conquistar o terceiro lugar com uma marca de 22.78.

800 metros
Cristiano Pereira, T20, competiu na semifinal da prova de 800 metros, mas não passou à final – classificou-se em sétimo lugar.
400 metros
Maria Fernandes, T38, conquistou o quarto lugar na prova de 400 metros.
100 metros
Já na prova de 100 metros, classe 51, Hélder Mestre obteve o 5º lugar com 23.81 e João Correia o 8º com 27.73.

Hélder Mestre tinha como objectivo superar a marca de 23.31, não o tendo conseguido, no final manifestou “Senti-me bem, com a sensação de ter partido rápido, o fato de a prova ser bastante tarde, 21.13 e estar frio, alem do vento contrário, superior a 1 m/s, fez com que não conseguisse melhorar o meu record pessoal“.
E o seu irmão / treinador Ricardo Mestre declarou “A medalha de bronze nos 400, excedeu as espetativas, tudo o que viesse por acrescento era bom, o Helder não é um atleta rápido, embora o objetivo fosse o record pessoal.
Mas a sua participação foi bastante positiva“.

Que péssimo dia hoje tive
Quando por vezes chegas a casa e dizes: “que péssimo dia hoje tive“, pensa em pessoas que estão bem piores, como é o caso do atleta João Correia.
Há 11 anos, João lutava pela sua vida, devido a uma grave lesão na cervical contraída a representar o seu país. Após várias delicadas cirurgias, os médicos informaram-no que nunca mais poderia voltar a competir. João, nunca se conformou com o destino que lhe haviam traçado e iniciou a sua maior batalha na sua vida.
Apesar de tudo o que passou e das dores que diariamente sente, chegar ao Mundial de Londres passou a ser o seu grande Sonho.
Na noite passada o sonho de João Correia tornou-se realidade e ao mesmo tempo deixou-nos uma bonita mensagem quando entrou no Estádio Olímpico para voltar a representar o seu país: “Nunca Desistam de lutar por aquilo que acreditam!”

E após a sua prestação estivemos à conversa com João Correia que nos disse “O balanço final do Campeonato do Mundo foi muito positivo.
Ficou apenas a faltar um recorde pessoal, para terminar em pleno esta época memorável.
Após 11 anos a lutar pela vida, posso finalmente dizer que estou de volta ao mais alto nível competitivo.
O carinho com que fui brindado em Inglaterra é algo que ficará para sempre guardado no meu coração.
Obrigado por terem estado a meu lado, neste bonito sonho, tornado ontem realidade!”
João Correia e Hélder Mestre entrevistados por O Praticante
Vejas as reportagens inseridas no nosso meio antes do Campeonato do Mundo de Atletismo IPC 2017 sobre Hélder Mestre e João Correia.
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Texto : colaboração de Joana Pereira / Ricardo Mestre / Henrique Dias
Fotos: Federação Portuguesa de Atletismo / © Imapress/ CPP / Facebook de João correia