NUNO BORGES EXPECTANTE PARA O ESTORIL OPEN

Nuno Borges

Nuno Borges - Foto: Australian Open & ATP Tour

Nuno Borges é um dos atletas sensação no desporto português.

O tenista português Nuno Borges sabe que o nível de exigência subiu depois do apuramento histórico para os oitavos-de-final do Australian Open no início do ano.

A começar pelo Estoril Open que tem início este sábado.

Estando eu em número 1 [no ranking] português, é normal que a atenção esteja um bocadinho mais virada para mim, mas é algo com que tenho aprendido a viver.

É uma boa pressão porque no fundo, o ténis é um jogo.

E estou aqui para competir, e para jogar, e é por isso que adoro este desporto”, disse Nuno Borges.

Estoril Open

“É normal que a atenção esteja um bocadinho mais virada para mim”

A reputação do torneio tem vindo a crescer a cada edição. E Nuno Borges reconhece que não será uma prova fácil.

O Estoril da maneira que é tão bem organizado, é um torneio que também atrai alguns jogadores extra em relação a outros torneios da mesma categoria, o que não torna a tarefa mais fácil para os portugueses que querem vencer.

Mas é ótimo que seja assim. Esses grandes nomes também dão nome aos torneios. Para mim isso é só mais motivação”.

Jogar perante o seu público é um fator chave para Nuno Borges. Sobretudo em momentos de maior dificuldade durante uma partida.

A verdade é que não conseguimos competir ao nosso melhor todo o ano. Há torneios mais especiais do que outros.

É difícil estar sempre no topo de forma. E o Estoril é sem dúvida um desses momentos.

Porque vamos buscar ali uma energia extra pelo facto de estarmos a jogar com os portugueses do nosso lado. É especial”.

Nuno Borges
Nuno Borges – Foto: Australian Open & ATP Tour

Apuramento histórico para os oitavos-de-final do Australian Open

A participação no Australian Open colocou Nuno Borges no mapa.

E ainda hoje, o tenista português tem dificuldades em descrever o que sentiu assim que garantiu o ponto que lhe valeu a passagem aos oitavos-de-final da competição ao vencer o búlgaro Grigor Dimitrov.

É engraçado que depois de acabar o jogo, já nem me lembrava como é que tinha ganho o match-point.

Estava tão focado em cada bola que, já não interessava mais nada”.

Depois, larguei-me para o chão, comecei a rir-me do género: “o que é que acabou de me acontecer?”.

Foi tudo assim muito de repente. Eu estava a jogar na quarta ronda e não sabia o que estava a passar”, referiu.

João Sousa
João Sousa uma referência para Nuno Borges

Quanto a referências no ténis, Nuno Borges recorda os tenistas que mais o marcaram. A começar pelo compatriota João Sousa.

Quando comecei a partilhar campo com ele na equipa da Davis, é que teve um impacto gigante.

Comecei a conhecê-lo um bocadinho melhor. Já tinha jogado contra ele, mas não tinha realmente percebido a essência dele como pessoa.

E para ser sincero, foi aí que percebi o quão especial ele era. Eu não conheço ninguém que queira mais ganhar do que ele.

Quando entra em campo, ele parece que muda ali qualquer coisa na cabeça. Não há mais inseguranças”.

Roger Federer
Roger Federer

Inspira-se em Federer e mostra admiração pela força mental de Djokovic

A nível internacional, o tenista de 27 anos procura inspirar-se no suíço Roger Federer.

A elegância em campo, técnica, parecia que era tudo muito fácil e era muito fluido, muito rápido ao mesmo tempo.

Sempre gostei muito de ver o Roger a jogar e era o meu favorito”.

Contudo, mostra admiração pela força mental do sérvio Novak Djokovic.

Mais do que ganhar, é mesmo sobreviver. Aquilo é mesmo, vida ou morte.

É a maneira dele conseguir agarrar-se aos jogos e conseguir trazer o melhor dele mesmo”.

Novak Djokovic – Foto: Manan Vatsyayana

Por fim, Nuno Borges recordou o dia em que defrontou a sensação do ténis mundial e atual 2.º no ranking ATP, o espanhol Carlos Alcaraz, em Barcelona, no ano passado.

Foi intimidante. Eu gosto muito dele, da atitude dele. Acho que é um exemplo incrível.

É tão novo e parece que já anda aqui há dez anos. Já ganhou dois Grand Slams, e desde os 18 ou 19 que está ali a roçar o número 1.

Se calhar ainda não tem a consistência para ganhar ao Djokovic em termos de ranking, mas eu acho que mais cedo ou mais tarde ele vai ser aquele a abater”, referiu.

Parceiros

Deixe um comentário