One Hundred Douro FKT ultima oportunidade superação

One Hundred Douro FKT, uma ultramaratona de 100 milhas, num percurso bastante desafiante, afinal tratam-se de 100 milhas, ou 160,94 kms, com 4,583m D.
One Hundred Douro FKT começou no inicio deste mês e hoje tem a sua final, com mais dois participantes a tentar superar o novo recorde estabelecido por Nuno Rocha.

O One Hundred Douro FKT já vai a meio do tempo da sua realização, nove atletas participaram que balanço se pode fazer?
Podemos fazer um balanço positivo pois tivemos uma boa qualidade de atletas quiseram participar neste novo formato.
Divulgado com pouca antecedência de aviso, pois lançamos o desafio para ser iniciado quase de imediato e aberto por um curto período de tempo.
Para além disso este é um novo percurso, uma longa distância que requer preparação e em que os atletas precisam de mobilizar uma equipa de apoio.

O João Oliveira efectuou este comentário na sua entrevista, que comentário fazes?
“A marca do João Andrade, no meu ponto de vista foi uma marca muito amistosa que o próprio atleta estabeleceu.
Mas que sei, que o mesmo poderia ter baixado muito mais. O motivo não sei.”
Visualize a entrevista completa.
No que diz respeito à One Hundred antes de ser atleta, eu sou um empreendedor e a minha prioridade é organizar eventos para os atletas, o público e as regiões onde os realizamos.

Eu fui o pioneiro a abrir o percurso para então poder desafiar atletas a se aventurarem a baixar a marca de uma forma progressiva.
No caso do Douro FKT o objetivo foi o de lançar um desafio estimulante em que os atletas pudessem participar sem riscos de cancelamento.
Em que pudéssemos apresentar uma pequena parte do que será a One Hundred®️, ao mesmo tempo que realizamos alguns teste piloto das nossas inovações antes de as lançarmos nas nossas grandes provas.

Pensaste que alguém pudesse baixar a fasquia ao tempo obtido pelo Nuno Rocha?
A marca do Nuno Rocha é muito boa e foi fruto de um grande esforço deste atleta, num dia de temperaturas um pouco mais baixas.
As marcas foram feitas para serem batidas, pode ser dificil mas é possível e o desafio só termina dia 22/09.

Perpectivas para que os dois atletas que ainda vão participar possam baixar o tempo?
É possível que aconteça mas será difícil o que o torna ainda mais interessante.
Irá também depender das temperaturas e condições meteorológicas que se irão sentir.
Os últimos 3 atletas apanharam temperaturas mais frias e alguma chuva
Qual o tempo que achas pode ser o real valor do percurso?
Nas temperaturas de Julho a rondar os 30oC-35oC com máximas de 42-43oC talvez 17-18 horas.
Já nas temperaturas de Agosto / Setembro que se têm feito sentir, talvez abaixo das 16 horas para um atleta muito bom, num dia em que quase tudo corra bem.

Quais são as dificuldades que apresentas no percurso?
As altas temperaturas se a sorte assim o ditar, a falta de experiência em Portugal do trabalho da equipa de apoio, o asfalto que cria bastante impacto para o corpo do atleta e definitivamente a estratégia para encarar a altimetria no inicio do desafio e depois no grande final.
As subidas parecem intermináveis pois não têm muita inclinação.
A grande descida a meio do traçado tem criado dissabores a muitos atletas que se aventuram a fazê-la mais rápido.

O percurso é mais duro fisicamente ou psicologicamente?
Tal como todas as ultras de mais de 100 milhas serão as duas coisas as mais duras.
No entanto um desafio contra relógio tem sempre o aspeto da competição com corredores “invisíveis” que já participaram e que ainda irão participar.
Penso que isso cria um desafio adicional psicologicamente.
Ultimos participantes
Miguel Ângelo e Hugo Gonçalves serão os participantes que vão encerrar o evento hoje, ambos a tentarem destronar o recorde de 16h 40m 00s de Nuno Rocha.
Carregue sobre o nomes dos participantes e visualize as suas entrevistas na integra.

“Vou tentar fazer a minha prova e não deixar as máquinas dos outros me influenciar.
Esta aventura só vai ser possível com a ajuda da minha equipa GD Leões da Guarda – Lion Runners.”

“Estou a contar fazer uma boa prova, conheço o percurso do início ao fim, e sei que terei que estar num dia excelente para conseguir ultrapassar as 100 milhas no menor tempo possível.
O Nuno fez um tempo excepcional, o que é algo que me motiva porque será um enorme desafio tentar superar o seu tempo de 16h40.
Para isso, conto com o apoio da minha equipa, são todos muito experientes em provas de longa distância.
Mas além disso, somos um grupo de amigos que levamos o objetivo de nos divertir muito, como nos estamos a divertir na preparação da aventura!”
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Texto: Henrique Dias – OPraticante.pt
Fotos: Matias Novo Fotografia