PATRÍCIA MAMONA “ESTAVA A PENSAR NUMA MEDALHA”

Patrícia Mamona

Patrícia Mamona

A portuguesa Patrícia Mamona, vice-campeã olímpica do triplo salto, foi ontem quinta classificada nos Europeus de Munique, ficando a quatro centímetros do bronze, com um salto de 14,41 metros.

A atleta lusa, que tinha feito 14,45 nas qualificações, a sua melhor marca do ano, não conseguiu voar mais além, sendo que repetir a marca de há dois dias lhe teria valido igualar o terceiro posto.

Única finalista a ter chegado ao concurso a saltar acima dos 15 metros, com os 15,01 que lhe valeram a prata olímpica em Tóquio2020, Patrícia Mamona começou com um salto de 14,26 que lhe dava o terceiro lugar.

Fonte: Henrique Dias // OPraticante.pt em cooperação com a FPA e Lusa

Maryna Bekh-Romanchuk conquistou a melhor marca europeia do ano

Entretanto, desde o primeiro ensaio, manteve-se firme e definitiva a liderança da ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk, que começou com 14,81 e acabou a ultrapassar os 15 metros, claramente a melhor marca europeia do ano.

Maryna Bekh-Romanchuk

Mamona baixou no segundo salto para os 14,15, insuficientes também para chegar ao segundo lugar, momentaneamente da britânica Naomi Metzger, com 14,33 logo na primeira tentativa.

Com a ucraniana a fazer sucessivos saltos para o ouro – todos lhe garantiriam o primeiro lugar – a pressão para a atleta lusa aumentou quando Kristina Makela a relegou para quarta, com um salto de 14,64, que é recorde nacional da Finlândia.

Mamona reagiu com 14,39, na terceira tentativa, entretanto ultrapassada pelos 14,45 da israelita Hanna Minenko e, posteriormente, pelos 14,43 da alemã Neele Eckhardt-Noack.

O quinto lugar com dois saltos para disputar resultou num insuficiente 14,15 – entretanto, a ucraniana ‘voou’ a 15,02 metros – e uma tentativa final a 13,70, falhando no segundo impulso.

Patrícia Mamona, que há três semanas foi oitava no mundial, ainda assim a melhor do Velho Continente, foi campeã da Europa em 2016, depois de ter sido prata em 2012.

Patrícia Mamona

“…ainda tenho muito para dar…” Patrícia Mamona

Foi o que eu disse, a prova era muito aberta e nas finais as pessoas transcendem-se. Ter passado à final não significava nada. Esta final provou tudo isso.

Eu sinto que a minha época está a começar agora, oxalá tivesse mais tempo para estar melhor, para competir e voltar a ser a mesma”, afirmou a atleta, que não se mostrou triste, sim conformada.

Na verdade não posso estar triste, finalmente estou já a entrar no caminho, estou saudável, acima de tudo é o mais importante.

Obviamente queria mais, estava a pensar numa medalha, lutei até ao fim, dei o que tinha e o que não tinha”.

Querendo encarar o futuro, Patrícia afirma que ainda tem “muito para dar, porque mesmo com pouco treino em cima ainda consegui chegar a uma final nos mundiais e ficar entre as oito primeiras e três semana depois vir aos europeus e ficar entre as cinco melhores europeias”.

Patrícia vai agora decidir o futuro imediato, “ tenho a possibilidade de ir a duas ligas diamante, mas sinceramente estou cheia de vontade de começar a nova época, fazendo um pequeno período de descanso”.

Norberto Mourão conquistou a quinta medalha para Portugal

Cinco medalhas conquistou Portugal nestes campeonatos Europeus multidesportos

A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.

Portugal soma já cinco medalhas, nomeadamente duas de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, e de Iúri Leitão, no scratch do ciclismo de pista, uma de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e duas de bronze do canoísta Fernando Pimenta, no K1 500, e na paracanoagem, Norberto Mourão garantiu o bronze na classe VL2.

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