Pimenta “Quero medalhas olímpicas das três cores”

Fernando Pimenta
Depois de conquistar o bronze em Tóquio 2020, Fernando Pimenta juntou-se a um grupo restrito de cinco atletas portugueses duplamente medalhados em Jogos Olímpicos e garantiu que pretende continuar a lutar por pódios para Portugal.
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Texto: Federação Portuguesa de Canoagem
Fotos: Comité Olímpico de Portugal
Fernando Pimenta conquistou a segunda medalha olímpica da carreira
Fernando Pimenta conquistou a segunda medalha olímpica da carreira, juntando-se a um grupo restrito de atletas portugueses que alcançaram este feito até ao momento.
Em Tóquio 2020, o canoísta da Equipa Portugal terminou a final A da prova de K1 1000 metros no 3.º lugar, com o registo de 3.22.478 minutos.
Depois da prata em Londres 2012, em K2 1000 metros, ao lado de Emanuel Silva, Pimenta, de 31 anos, alcançou a medalha de bronze em Tóquio 2020, mas quer mais.
“Acredito que é possível e continuo a querer ser campeão olímpico. Ter as três cores de medalhas.
E vou estar cá para lutar por esse sonho e objetivo, conquistar mais êxitos para Portugal”,
disse o canoísta da Seleção Nacional, na conferência de imprensa, após a final A da prova de K1 1000 metros dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que consagrou o húngaro Balint Kopasz, de 24 anos, como campeão e novo recordista olímpico, com o tempo de 3.20.643 minutos.
O também húngaro Adam Varga, de 21 anos, foi medalha de prata, com o registo de 3.22.431 minutos.
“o sonho de ser campeão olímpico”
Após reafirmar que mantém “o sonho de ser campeão olímpico”, Fernando Pimenta prometeu “luta” em Paris 2024.
Sobre a final de Tóquio 2020, o canoísta português referiu: “Sabia que ia prevalecer muita juventudes nestes Jogos Olímpicos, mas a idade não é um posto, não é um peso.
Espero nos próximos Jogos continuar a lutar por pódios”.
De seguida, o limiano recordou que este foi um ciclo olímpico “longo e muito difícil”, confidenciando que esta medalha “vai servir para os ‘dias não’, para acreditar sempre que é possível, depois de tanta superação”.
Depois da conquista da medalha de bronze em Tóquio 2020, Fernando Pimenta esclareceu ter sido “o canoísta mais regular deste ciclo olímpico”, que durou cinco anos, no qual apenas falhou um pódio, numa Taça do Mundo em 2019, sendo 4.º classificado, enquanto em Europeus e Mundiais conquistou sempre medalhas.
“De todos os atletas desta final, fui o mais regular e isso coloca automaticamente a fasquia da pressão mais elevada.
Sem estes resultados internacionais ninguém em Portugal, acreditaria que vinha aos Jogos lutar pelos primeiros lugares.
É uma pressão normal e lido bem com ela”, assumiu.
105 medalhas internacionais, duas delas olímpicas
“Estou muito contente pelo meu percurso, com 105 medalhas internacionais, duas delas olímpicas.
Acredito que é possível estar na luta por mais uma ou duas medalhas em Paris 2024, dependendo do que possa fazer.
Se calhar, posso dar também um contributo ao K2 500 ou ao K4 500, que vão ser as distâncias em competição”, especificou.
Pimenta inicia já esta terça-feira a viagem de regresso a Portugal e garantiu que, “até domingo, não vai haver limites ou constrangimentos” na sua dieta e celebrações com a família.
Contudo, voltará ao plano de treinos “exigente” a partir daí. “A época ainda não acabou.
Há um Campeonato do Mundo por disputar no terceiro fim de semana de setembro e há lá pódios pelos quais quero lutar”, concluiu, referindo-se ao K1 1000 metros e ao K1 5000 metros.
Para chegar à final A da prova de K1 1000 metros em Tóquio 2020, Fernando Pimenta venceu a segunda semifinal, com o registo de 03.22.942 minutos, batendo o recorde olímpico que até aí pertencia ao norueguês Knut Holmann (03.25.785 minutos), obtido em Atlanta 1996.
Os restantes apurados da semifinal da madrugada desta terça-feira para a luta pelas medalhas em Tóquio foram o húngaro Adam Varga (03.23.634 minutos), o australiano Thomas Green (03.24.612 minutos) e o argentino Agustin Vernice (03.24.734 minutos).