PORTUGAL ENTRE AS SEIS MELHORES SELEÇÕES DO MUNDO

Foto: © IHF / HRS / kolektiff

Portugal realizou esta tarde de domingo o seu último jogo na décima edição de Campeonatos do Mundo sub-19, concluindo a terceira participação lusa em Mundiais do escalão na sexta posição.

De recordar que em 2017 a Seleção das Quinas terminou em sétimo e em 2019 registou o melhor resultado de sempre, com o quarto lugar.

No frente-a-frente com a Alemanha, geração nórdica que terminou o M18 EHF Euro 2022 com a medalha de bronze, Portugal não se conseguiu superiorizar, concluindo o IHF Men’s U19 Wch na sexta posição.

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Fonte: Federação de Andebol de Portugal
Fotos: © IHF / HRS / kolektiff

Portugal entrou determinado

Em antevisão Nuno Santos, selecionador nacional, havia alertado para a qualidade da primeira linha germânica, facto que se evidenciou desde início com Ben Connar Battermann a inaugurar o marcador, através de um remate exterior.

Mas a Seleção Nacional sub-19 entrou determinada e, com a ajuda de Gonçalo Morgado entre os postes, Nuno Oliveira consumou a reviravolta (1-2), com apenas três minutos decorridos.

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No entanto, algumas precipitações ao nível ofensivo aliadas a uma boa prestação do guardião da Alemanha, deram aos germânicos a oportunidade de alcançar dois golos de vantagem (4-2).

Os portugueses reagiram de imediato e surgiu o volte-face, com Tiago Sousa a igualar e, tirando proveito de um período de vantagem numérica, António Machado reconquistou a liderança (4-5).

Os alemães ainda regressaram ao comando, mas nova igualdade – desta feita a seis – levou o técnico alemão a utilizar o primeiro time-out à passagem do minuto 13.

Bastaram três minutos para novo parcial de 3-0 a favor dos alemães, que aproveitaram erros ofensivos lusos para concretizar em transição.

Com o 9-6 no placard, foi a vez de Nuno Santos parar o encontro. Apesar das paragens, Portugal continuou com dificuldades ofensivas, muito por culpa de Frederik Höler que terminou o primeiro tempo com 10 defesas, traduzidas em 45% de eficácia.

Até ao descanso, os germânicos mantiveram-se na liderança e alcançaram os cinco golos de vantagem em cima do apito final.

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Equipa Lusa perdia com a Alemanha ao intervalo por17-12

Bastaram menos de dois minutos para Nuno Santos – ao ver a Alemanha fugir no marcador (19-12) – dar uso ao seu segundo time-out.

Os golos lusos voltaram a surgir, no entanto, os germânicos não deixavam acontecer uma aproximação no marcador, conseguindo gerir a vantagem conquistada no final do primeiro tempo.

À passagem dos dez minutos do segundo tempo, cinco golos separavam as duas formações (22-17).

Um período de vantagem numérica para a Alemanha traduziu-se em nova diferença (24-17), mas rapidamente Nuno Oliveira e Eduardo Leite reduziram (24-19).

Portugal ia apresentando uma defesa com maior profundidade, à procura de provocar o erro do adversário, mas foram os alemães a regressar aos sete golos à maior (27-20) sensivelmente a meio do segundo tempo.

Os oito golos de vantagem (30-22) alemã acabaram por surgir, muito por culpa da falta de eficácia ofensiva lusa, que conferia oportunidades de golos em contra-ataque para os germânicos que, no frente-a-frente com Gonçalo Morgado, não facilitaram.

Nuno Santos utilizou o seu último trunfo com oito minutos por jogar e os portugueses ainda reagiram, mas o relógio corria a favor dos alemães, que acabaram por sorrir no final.

Portugal termina assim a sua participação, no lote das seis melhores Seleções sub-19 do Mundo.

Resultado Final: 31-27
Top Scorer: Eduardo Leite – 8 golos (89% eficácia)

Portugal
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“Seleção Nacional pagou por falta de eficácia”

Nuno Santos, selecionador nacional, considera que, apesar do resultado, Portugal conseguiu ser competitivo e acabou por pagar a falta de eficácia no momento da finalização, essencialmente nos primeiros 30 minutos:

Penso que jogámos bem, conseguimos ser quase sempre competitivos, mas aqui revelam-se alguns problemas que têm muito que ver com a finalização.

Só na primeira parte, tínhamos 16 remates falhados, 9 de contra-ataque, isso explica muita coisa.

De resto, acho que conseguimos ser competitivos, apesar do resultado, conseguimos estar sempre no jogo.

Às vezes com alguma distância, e mesmo com essa distância, nós estivemos sempre na luta, porque sentimos que nos podíamos aproximar.

Em jeito de balanço geral, Nuno Santos destacou a importância desta experiência para os jovens internacionais portugueses:

Deste campeonato, eu penso que foi uma experiência fantástica para todos os atletas.

Eles vivenciaram e sentiram o que são as equipas de alto nível. Batemo-nos com eles em muitos momentos de campeonato.

Penso que para o futuro, para eles, pode ser muito interessante.

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