VINGEGAARD PROPORCIONOU ‘SHOW’ NA TERCEIRA ETAPA D’O GRAN CAMIÑO

Vingegaard

Jonas Vingegaard o vencedor da etapa - Foto: O Gran Camiño

Jonas Vingegaard andou em fuga, atacou a subir e ganhou a descer na terceira etapa d’O Gran Camiño, numa nova exibição de superioridade do ciclista dinamarquês da Visma-Lease a Bike que se prepara para revalidar o título.

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Fonte: Henrique Dias // OPraticante.pt em cooperação com a Lusa

Jonas Vingegaard prepara-se para revalidar o título

Depois de integrar uma fuga de ilustres, com os primeiros da geral, ainda antes de estarem decorridos 15 quilómetros, o camisola amarela voltou a repetir a dose, a solo, na última subida da jornada, chegando a Ribadavia isolado, com 29 segundos de vantagem sobre os outros candidatos, que terão agora de contentar-se com a luta pelo pódio.

Por acaso, foi o [Richard] Carapaz que começou a fuga depois do prémio de montanha [do Alto de Estivadas].

Vi-me na fuga, colaborámos bem e todos nós estávamos bastante empenhados.

Pensei ‘por que não tentar e ver o que acontece?’. Acabámos por ser apanhados, mas o ciclismo é assim”, explicou Vingegaard.

Mas nem o fracasso da inusitada fuga atrapalhou os planos do campeão em título, que tem agora uns aparentemente irrecuperáveis 01.13 minutos de vantagem sobre o colombiano Egan Bernal (INEOS), segundo, e 01.15 sobre o equatoriano Jefferson Cepeda (Caja Rural), terceiro.

Vingegaard
Foto: O Gran Camiño

Camisola amarela espantou os seus colegas de pelotão ao tentar escapar logo no início

Pelo segundo dia consecutivo, Vingegaard espantou os seus colegas de pelotão ao tentar escapar logo no início dos 173,1 quilómetros entre Xinzo de Limia e Castelo de Ribadavia, integrando uma fuga de luxo com o colega Wilco Kelderman, Bernal e Joshua Tarling (INEOS), Richard Carapaz e Neilson Powless (EF Education-EasyPost), David Gaudu (Groupama-FDJ) ou Cepeda.

Obviamente, a fuga formada nos 15 quilómetros iniciais estava condenada, mas isso não impediu o dinamarquês de ser o primeiro quer na primeira contagem de montanha do dia, no Alto de Estivadas, quer na meta volante de Verín, onde bonificou três segundos.

Aos 42 quilómetros, os primeiros da geral e os seus restantes companheiros foram absorvidos pelo pelotão, liderado por Movistar e Q36.5 Pro Cycling.

A inesperada ‘aventura’ do camisola amarela, no entanto, fez com que a primeira hora da terceira etapa fosse percorrida a 50,125 km/h, uma média impossível para aquilo que ainda faltava.

Havia que abrandar e, para isso, nada melhor do que autorizar uma nova fuga, sem corredores que ameaçassem a liderança.

Assim, duas dezenas de quilómetros mais tarde, saltaram para a frente de corrida o português Joaquim Silva (Efapel), David De La Cruz (Q36.5 Pro Cycling), Jokin Murguialday (Caja Rural), Victor Langellotti (Burgos-BH), Andrea Piccolo (EF Education-EasyPost), Pablo Castrillo (Kern Pharma) e Asier Etxeberria (Euskaltel-Euskadi).

Jonas Vingegaard e Pablo Castrillo – Foto: Sprint Cycling

Castrillo fez perigar a liderança de Vingegaard

Os sete chegaram a ter mais de seis minutos de vantagem, com o beneplácito da Visma-Lease a Bike, mas com a aproximação do Alto o Castro de Beiro, de terceira categoria, e a liderança do dinamarquês a perigar – Castrillo estava apenas a 02.02 minutos -, a diferença foi caindo drasticamente, também por obra da Movistar, claramente com ideias para a tirada de ontem, uma vez que Carlos Canal, o segundo na etapa, é natural de Xinzo de Limia.

Castrillo seguia isolado na frente quando Vingegaard arrancou lá atrás na subida ao Alto de Couso, de terceira categoria.

Rapidamente, o líder da Visma-Lease a Bike alcançou os fugitivos, desenvencilhando-se do combativo espanhol da Kern Pharma apenas a 12 quilómetros da meta, já a descer.

Quando o Vingegaard me alcançou, senti muitas coisas, mas a principal foi dor de pernas. Foi um luxo estar na roda de um bicampeão do Tour e aguentar-me tanto tempo”, resumiu Castrillo.

O dinamarquês mal se libertou do espanhol não mais parou

Mal se libertou do espanhol, o camisola amarela não mais parou, cumprindo a tirada em 04:03.14 horas e somando a quinta vitória em duas participações n’O Gran Camiño – só não ganhou o contrarrelógio neutralizado da etapa inaugural desta terceira edição.

Vingegaard
Jonas Vingegaard – Foto: Sprint Cycling

O segundo na meta foi Canal, para jubilo das centenas de pessoas que esperavam para ver o ciclista local, com o francês Quentin Pacher a ser terceiro, também a 29 segundos.

Nesse mesmo grupo, chegaram Bernal, Cepeda, Gaudu ou Carapaz, mas também Guerreiro, que desceu a sétimo na geral, agora a 01.38 minutos do atual bicampeão da Volta a França.

Pela forma exibida ontem, assim como na segunda etapa, é difícil imaginar que alguém possa destronar Vingegaard, mesmo que a quarta tirada reserve quatro contagens de montanha, duas delas de primeira categoria, instaladas no Monte Aloia, onde terminam os 162,2 quilómetros desde Ponteareas.

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