Vuelta começou, portugueses longe do pódio inaugural
La Vuelta já se iniciou, são cinco os representantes portugueses integrados em três equipas que disputam este grandioso evento.
Uma das três “Voltas” de referência internacional do ciclismo.
Para além desta volta, as referências são o Tour de França, e o Giro de Itália.
O giro de Itália a decorrer, que terminará no próximo fim de semana, com destaque para a prestação do jovem ciclista português João Almeida.
La Vuelta
A edição de 2020 de La Vuelta que contava com passagem por Portugal, viu o seu percurso reduzido a 18 etapas, sem passagem por território nacional.
Iniciou-se hoje em Irún, no País Basco e irá terminar a 8 de novembro, esta prova que se teria realizado em agosto, foi adiada por causa da situação da pandemia que afetou todo o mundo.
Um percurso que será marcado pela montanha existente a norte de Espanha e apenas um contrarrelógio.
Prestação de Chris Froome causa surpresa
A etapa inagural que se inicou em Irún e terminou em Arrate, com 173 km de distância, teve o seu destaque na prestação de Chris Froome.
Chris Froome não respondeu ao ritmo do grupo na primeira subida de terceira categoria.
Mostrando não ter ritmo para manter o contato, totalmente desligado da sua equipa que pedalava na frente da corrida, terminando a etapa a 11 minutos do líder.
Alberto Contador sobre Chris Froome:
“Estamos perdendo algo do que está acontecendo com Froome.
A sua situação a nível psicológico não está boa, nem com a sua equipa.
O que vimos hoje não foi nada normal.
É verdade que já se passou muito tempo desde o acidente de Froome, mas nós o vimos hoje e há algo que não sabemos sobre seu verdadeiro estado de forma.”
Acrescentando “É uma surpresa porque não é normal ver alguém tão importante desta forma.
A equipa fez seu trabalho e Froome não foi capaz de atingir esse nível.
Veremos qual será o papel final de Chris, porque é um desconhecido.”
Fonte: Alberto Contador falando pelo La Montonera da Eurosport da Espanha
Primoz Roglic em destaque para a revalidação da Vuelta
Etapa inaugural muito dura, marcada principalmente a cerca de 15 km da meta, começaram as movimentações onde surgiram Rui Costa e Rui Oliveira, mas foi a menos de 5 km, que o ritmo aumentou.
Foram vários os ciclistas que mostraram pouco andamento para o ritmo imposto e ficaram para trás, como foi o caso dos portugueses.
Nos ultimos quilómetros assitiu-se a uma luta a quatro, com Primoz Roglic, campeão em título (venceu a edição de 2019) a ser superior aos adversários, e ser o primeiro a vestir a camisola vermelha.
Depois da desilução de Primoz Roglic no Tour, com Tadej Pogacar a roubar-lhe o protagonismo, a vitória na edição deste ano, Roglic renasce, ele que é um dos favoritos à vitória final.
O pódio ficou completo com Richard Carapaz (INEOS), segundo, e Daniel Martin (Israel Start-Up Nation), terceiro classificado.
Prestação dos Portugueses
Rui Costa da UAE Emirates foi o melhor português, terminando a etapa na 23.ª posição, a 1.38 minutos do vencedor.
Seguiu-se Nélson Oliveira (Movistar) em 53.º lugar, a 7.33 minutos do camisola vermelha, símbolo da liderança da geral.
Os manos Oliveira em representação da UAE Emirates, Rui Oliveira passou a linha de meta na 100ª posição, conseguindo alcançar um resultado melhor do que Ivo Oliveira, seu irmão e colega de equipa, 165.º da geral.
“Provavelmente dos posts que mais tenho orgulho em fazer.
Ontem terminei o meu primeiro Tour de Flandres, pra mim aquela que é a clássica mais mítica do ciclismo!
250km de puro sofrimento🔥.
E amanhã (hoje) vou fazer a minha estreia numa grande volta ➖ @lavuelta🇪🇸 mais um sonho prestes a realizar-se 🤩.
A luta continua durante as próximas 3 semanas 👊”palavras de Rui Oliveira ontem na sua página.
Ricardo Vilela – Burgos-BH foi o ultima tuga a cortar a meta em 105.º lugar.
Javier Guillén, o diretor da Vuelta mencionou “Estamos preocupados desde março.
Temos de reforçar as medidas e aprender com a experiência das outras corridas.
O importante é detetar onde pode haver algum contágio.”
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Texto: Henrique Dias – OPraticante.pt