Portugal luta por um bom resultado na Volta a França do Futuro

Volta a França

A Equipa Portugal vai participar, de 18 a 27 de agosto, na Volta a França do Futuro, principal competição internacional por etapas para sub-23. O coletivo luso partirá motivado para conseguir um bom lugar na geral e para discutir algumas tiradas.

O selecionador nacional, José Poeira, convocou seis corredores que dão garantias de discutir a geral da corrida nas etapas de montanha, mas que também são capazes de estar entre os primeiros nas previsíveis chegadas ao sprint, sem descurar a capacidade de trabalho em prol dos objetivos da equipa.

Os convocados são André Carvalho (Cipollini Iseo Serrature Rime), Francisco Campos e Hugo Nunes (Miranda/Mortágua), José Neves (LIberty Seguros/Carglass) e Rui Oliveira (Axeon Hagens Bermen) e Tiago Antunes (Sicasal/Constantinos/Delta Cafés).

“Partimos com o objetivo de lutar pelo top 10 final na Volta a França do Futuro”

“Partimos com o objetivo de lutar pelo top 10 final. Pelas indicações que os nossos corredores foram dando ao longo da época, nas corridas internacionais em que participámos, é uma meta difícil mas possível de alcançar. Também temos corredores capazes de se intrometerem nas chegadas ao sprint e, no conjunto, é uma equipa capaz de trabalhar para que os objetivos coletivos sejam alcançados”, considera José Poeira.

24 Equipas na Volta

A Equipa Portugal é uma das 24 equipas participantes. Quinze formações asseguraram a participação graças ao ranking na Taça das Nações de Sub-23, enquanto as restantes tiveram de esperar por um convite da organização. Portugal conseguiu qualificar-se diretamente.

A Volta a França do Futuro terá em 2017 nove etapas e um dia de descanso, num total de 1199,8 quilómetros. A corrida começa na Bretanha e termina nos Alpes. As seis primeiras etapas destinam-se a roladores e a sprinters. As últimas três têm chegadas em alto.

O Tour de l’Avenir é uma das corridas com maior tradição no calendário internacional, tendo sido conquistado, entre outros, por Felice Gimondi (1964), Joop Zoetemelk (1969), Greg Lemond (1982), Miguel Indurain (1986), Laurent Fignon (1988) e Nairo Quintana (2010).

Etapas
18 de Agosto: 1.ª Etapa: Loudéac – Loudéac, 134 km (1673 metros de acumulado)
Apenas duas contagens de montanha de quarta categoria, mas um percurso de permanente rompe-pernas, com pequenos topos que dificultarão a vida aos sprinters e abrem oportunidade para ataques de surpresa.

19 de Agosto: 2.ª Etapa: Inzincaca-Lochrist – Bignan, 132,4 km (1634 metros de acumulado)
Uma etapa tirada quase a papel químico da jornada da véspera. O mais natural é uma chegada ao sprint, mas os pequenos topos poderão baralhar as contas.

20 de Agosto: 3.ª Etapa: Missillac – CHâteaubriant, 125,7 km (1055 metros de acumulado)
Outra ligação em que os roladores e os velocistas deverão ter primazia. É uma etapa em que os candidatos à geral e as suas equipas devem manter-se vigilantes, porque a alta velocidade pode partir o pelotão e quem não estiver bem colocado diz adeus às aspirações de um bom resultado.

21 de Agosto: 4.ª Etapa: Derval – Saumur, 166,6 km (1383 metros de acumulado)
Ao quarto dia, os sprinters continuam a jogar em casa… Desde que as equipas com os melhores velocistas consigam ter mão no pelotão, o que não é fácil com o espírito combativo das corridas de sub-23 e com blocos de apenas seis corredores por formação.

22 de Agosto: 5.ª Etapa: Montreuil-Bellay – Amboise, 157,1 km (1208 metros de acumulado)
Mais uma oportunidade para os velocistas serem protagonistas na mais importante corrida por etapas do calendário internacional de sub-23.

23 de Agosto: 6.ª Etapa: Montrichard – St-Amand-Montrond, 139,1 km (1120 metros de acumulado)
Derradeira etapa da primeira fase da corrida. Os sprinters que consigam passar o topo colocado nos quilómetros finais poderão fechar com chave de ouro a primeira semana de competição. Falta saber se os pretendentes à geral não aproveitarão essa subida para um primeiro teste à condição física própria e à dos adversários.

24 de Agosto: Dia de Descanso

25 de Agosto: 7.ª Etapa: St-Gervais Mont-Blacn – Hauteluce-Les Saisies, 118,4 km (3241 metros de acumulado)
A entrada no território alpino faz-se com uma etapa de três contagens de montanha, duas de segunda categoria e uma de primeira (15,6 km a 5,7 por cento), esta coincidente com a chegada. A primeira grande seleção de candidatos irá acontecer aqui.

26 de Agosto: 8.ª Etapa: Albertville – Ste-Foy Tarentaise, 120,5 km (4421 metros de acumulado)
Mais uma chegada em alto (6,5 km a 6,5 por cento) e mais um dia sempre a subir e a descer em plenos Alpes. Os trepadores e os mais resistentes vão, certamente, ser os grandes protagonistas.

27 de Agosto: 9.ª Etapa: Bourg-St-Maurice – Albiez-Montrond, 106 km (3525 metros de acumulado)
A última etapa é de consagração, mas apenas depois de cortada a meta, porque a viagem é duríssima e vai dar oportunidade de mexer na classificação a quem tiver capacidade para atacar. A meta coincide com uma contagem de montanha de primeira categoria (9,9 km a 7,5 por cento) e inclui um colosso de categoria especial a meio do caminho, o col da la Madeleine (24,3 km a 6,2 por cento).

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Foto: Jan Brychta/Corrida da Paz

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