SPORTING VENCE SUPERTAÇA DE MASCULINOS

A equipa de seniores masculinos do Sporting Clube de Portugal ergueu ontem o troféu da Supertaça 2024 ao superar (3-1: 25-23, 19-25, 25-22 e 25-19) o rival Sport Lisboa e Benfica.

Um jogo disputado no Pavilhão Desportivo Municipal de St.º Tirso e arbitrado por Sandra Deveza (AV Lisboa) e Vítor Gonçalves (AV Porto).

Fonte: Federação Portuguesa de Voleibol

Sporting conquistou a quarta Supertaça do seu palmarés

Os leões conquistaram assim a quarta Supertaça do seu palmarés, e a primeira em 32 anos (1992/1993).

Um jogo em que a eficácia da transição serviço/bloco dos sportinguistas – serviram bem e blocaram ainda melhor – foi fatal para a organização do jogo ofensivo do Benfica, que continua a ser o clube com mais troféus na competição (11).

Um começo de época de «sonho» para a equipa orientada por João Coelho, que já tinha batido, igualmente por 3-1, o rival lisboeta na final da Taça Ibérica 2024, disputada no fim-de-semana passado em Matosinhos.

SL Benfica x Sporting CP, 1-3 (23-25, 25-19, 22-25 e 19-25)

Sporting CP teve uma entrada de leão

Exalando confiança e força, o Sporting CP teve uma entrada de leão (6-3), valendo-se sobretudo da potência dos ataques lançados por Edson Valência.

O Benfica aguentou o golpe, reagiu e passou mesmo para a liderança no marcador com um ataque do central canadiano Pearson Eshenko (8-7).

Novo assomo leonino, com o suspeito do costume, o venezuelano Edson Valência, e nova igualdade aos 11 pontos.

A eficácia do seu bloco, permitiu ao Sporting regressar à liderança pouco depois (15-14).

O equilíbrio manteve-se até aos 17-17. Depois, a equipa orientada por João Coelho adiantou-se (20-18) e logrou manter a liderança no marcador (21-19, 22-21), mercê, sobretudo da acção dos checos Jan Galabov e Martin Licek.

O clube da águia igualou aos 23 pontos, deixando tudo em aberto.

Edson Valência fez, no ataque, o 24-23 e Marcel Matz pediu tempo para reunir com os seus pupilos.

De nada valeu a conversa, pois Valência serviu com potência e o distribuidor ucraniano Yurii Synytsia selou o ponto e o set com um ataque ao primeiro toque após receção apertada dos encarnados: 25-23.

No segundo parcial, o Benfica entrou de rompante

O Benfica entrou de rompante no segundo parcial, com um ataque de Pablo Natan e um serviço e um ataque de André Aleixo.

Um erro no ataque (invasão) de Martin Licek aumentou a contagem (4-0).

O Sporting reagiu bem, reduzindo para a diferença mínima com um ataque de Edson Valência.

O Benfica voltou a distanciar-se, com um ataque de Pablo Natan (8-5) e outro de Felipe Banderó (9-6).

Um ataque de Pablo Natan manteve a diferença (12-9), que o Benfica conseguiu dilatar, e bastante, após ataque falhado por Valência, mais uma acção ofensiva concretizada por Felipe Banderó, um bloco de Natan e novo erro leonino, este defensivo (17-10).

Os encarnados continuaram a pressionar e a beneficiar dos erros do adversário (20-14).

Dois serviços directos de Pablo Natan condicionaram decisivamente a resistência leonina (23-14) e o Benfica selou o resultado (25-19) com um ataque do cubano Nivaldo Gomez.

Uma nova entrada à Leão, e boa resposta das Águias

Boa entrada do Sporting (3-1) e resposta à altura do Benfica (5-4).

Um serviço directo de Kelton Tavares fez o Sporting regressar à liderança (6-5).

Edson Valência aproveitou para dar maior robustez à vantagem, com mais um dos seus ataques indefensáveis (9-6).

A eficácia do bloco sportinguista enervava o adversário e acrescentava pontos preciosos aos rubricados no ataque (16-11).

Um ponto no ataque e outro no serviço assinados pelo brasileiro Pablo Natan reaproximaram os benfiquistas (16-13).

Contudo, o Sporting parecia continuar a mandar no jogo como ficou patente num ataque de Jan Galabov (20-15).

Inesperadamente, com uma falta na rede e um ataque desperdiçado, o leão permitiu a aproximação do Benfica (20-18).

Novamente por intermédio do checo Jan Galabov, o Sporting somou mais três pontos no ataque (24-18) e… mais uma vez o Benfica reagiu, por Felipe Banderó, reaproximando-se (24-22)…

Mas seria o oposto brasileiro a selar o resultado favorável ao Sporting ao desperdiçar um serviço: 25-22.

Último set começou equilibrado

Começo de set equilibrado (3-3, 5-5). Uma sucessão de serviços falhados manteve o equilíbrio, mas a solidez do seu bloco permitiu ao Sporting descolar e fugir ao rival (10-7).

Um bloco de Kelton Tavares e um serviço directo de Edson Valência aumentaram a distância (14-8).

O ataque de Edson Valência continuava imparável (16-9)… e o de Martin Licek também (19-12).

A reação dos encarnados fez soar o alarme entre as hostes do Sporting (19-15), que reuniu as suas tropas, para lançar o ataque final.

Um bloco de Kelton Tavares, um serviço desperdiçado por Felipe Banderó e um ataque falhado por Nivaldo Gomez selaram o quarto triunfo do Sporting CP na prova: 25-19.

Pablo Natan Machado (SL Benfica), com 24 pontos, e Edson Valência Gonzalez (Sporting CP), com 21, foram os melhores pontuadores do jogo.

Analise do jogo por João coelho e Marcel Matz

João Coelho, treinador do Sporting CP, destacou:

“Acho que o que fez a diferença neste jogo foi o nosso serviço agressivo, e por outro lado fomos sempre muito solidários em termos defensivos.

Acho que blocámos melhor, estivemos também melhor no ataque. Talvez tenham sido estas as principais razões. Vencemos porque fomos melhores.

Este começo de época foi o que idealizámos e sonhámos, obviamente entrámos galvanizados e motivados para discutir estes troféus [Taça Ibérica e Supertaça].

Mas nunca há garantia de vitórias, mas acho que fizemos por merecer, fomos a melhor equipa nos dois fins-de-semana.

Estou felicíssimo porque era um objectivo, mas temos de continuar a trabalhar com seriedade, há ainda muitas pedras no caminho, temos de resolver muitos problemas para nos mantermos neste nível“.

Marcel Matz, treinador do SL Benfica, reconheceu:

“O Sporting está a jogar muito bem, está a servir muito bem e a conseguir pressionar com o serviço, que apresenta baixos níveis de erro.

O serviço deles entrou melhor do que o nosso, e a jogarem assim e depois de conseguirem a liderança no marcador a pressão no nosso lado ainda era maior…

Nós cometemos alguns erros, que não podíamos cometer. Sobretudo no terceiro set, que era fundamental para nós.

O primeiro set foi equilibrado, o segundo ganhámos bem e deveríamos ter jogador melhor no terceiro set, que seria o momento-chave do jogo.

Não conseguimos e depois o Sporting começa o quarto set bem na frente e cada vez mais motivado e acaba por conseguir a vitória. Foi essa a realidade do jogo“.