JOÃO NUNO BATISTA FENOMENAL EM VINA DEL MAR
                João Nuno Batista - Foto: wags.photo / worldtriathlon
João Nuno Batista conquistou a Medalha de prata na Taça do Mundo de Triatlo em Vina del Mar no Chile, que se disputou este domingo.
Vina del Mar serviu mais um capítulo de corridas de velocidade na costa do Pacífico.
A partida dos 65 triatletas transformou a icônica Playa del Sol num campo de batalha de velocidade, estratégia e coragem.
Uma corrida lembrada por ondas brutais e movimentos ousados, Manoel Messias (BRA) conquistou sua segunda vitória na Copa do Mundo de Vina del Mar.
Superou um grupo lotado e dando uma aula magistral sobre a arte do avanço tardio.
O triatleta português João Nuno Batista, conquistou a prata, enquanto o espanhol David Cantero terminou em terceiro lugar.
Fonte: Olalla Cernuda Castro / World Triathlon
João Nuno Batista e Diego Moya os primeiros a sair da água
O sprint masculino de Vina del Mar na Copa do Mundo aconteceu num dia em que o mar exigia respeito e a pista recompensava a paciência e o ritmo.
A água permaneceu a 13 graus, mas o ar carregava calor suficiente para levantar o ânimo — ainda assim, o oceano enviou uma temporada de ondas de desafio aos nadadores.
O maior espetáculo veio direto do tiro: uma largada espetacular e agitada pelo vento em Playa del Sol, com os 65 atletas tentando passar por uma entrada instável no Pacífico.
Nos momentos iniciais, o favorito local Diego Moya, do Chile, e o português João Nuno Batista surfaram uma onda inicial perfeita para fora da água, estabelecendo um pequeno delta sobre o resto do grid.
Eles atingiram a areia cerca de 10 segundos à frente de um grupo perseguidor que incluía nadadores de alto calibre como:
Valentin Morlec (França), Nicola Azzano (Itália), Tom Richard (França), Andree Buc (Chile) e o espanhol David Cantero.
Essa separação inicial ressaltou a lógica do dia:
estabelecer uma liderança na natação forneceria uma pista para a bicicleta.
Mas mantê-la exigiria disciplina à medida que o grupo começasse a fazer movimentos táticos.
O Triatleta português e chileno engolidos pelos seus perseguidores
Ao final da primeira volta de bicicleta, Moya e Batista perceberam que manter um dueto era insustentável.
A dupla foi engolida por um grupo de perseguição de 12 homens determinado a conquistar os líderes.
O grupo de perseguição se uniu em uma força coerente, incluindo corredores fortes como:
Manoel Messias (Brasil), Callum McClusky (Austrália) e outros que conseguiram ancorar o esforço na corrida.
O grupo da frente, no entanto, não conseguiu manter a faísca acesa nas voltas, com acelerações notáveis de Ben Fah (Suíça) e Sergio Baxter (Espanha) testando a coesão da quebra.
Na volta final, Baxter se destacou, abrindo uma vantagem que aumentou a diferença para cerca de 10 segundos ao fazer a transição.
Atrás dele, um grupo de 13 homens formou um grupo compacto com apenas 12 segundos de vantagem sobre os perseguidores.
Na corrida, uma dramática batalha
O cenário estava pronto para uma dramática batalha de corrida.
O grupo avançou para o percurso com o tipo de intensidade que só se obtém em um dia de pódio na Copa do Mundo.
Quando a corrida começou, Cantero tentou repetir uma declaração no estilo Wollongong ao assumir a primeira posição.
Mas os verdadeiros fogos de artifício do dia vieram de Messias.
O veterano brasileiro —cuja experiência em Vina del Mar é um roteiro desgastado – chegou à liderança, percorrendo a primeira metade da corrida com propósito.
João Nuno Batista, que havia percorrido os primeiros quilômetros em contato, manteve-se próximo, enquanto Cantero tentava permanecer na caça.
O trio formou o núcleo do grupo decisivo, mas foi Messias quem ditou o ritmo e manteve seus rivais honestos em cada fibra da faixa.
Uma reviravolta crucial surgiu quando Andree Buc, que estava na disputa, teve que cumprir uma penalidade de 10 segundos por prender o capacete enquanto a bicicleta ainda estava em movimento.
A penalidade remodelou a imagem do pódio, removendo um potencial candidato ao pódio da disputa e concentrando a batalha entre os corredores restantes.
Com Buc fora da disputa, a corrida foi reduzida para Messias, Batista e Cantero, com Tom Richard e Reese Vannerson (EUA) pressionando mais atrás para manter a pressão estável.
No sprint final até o tapete azul, Messias percorreu a linha entre eficiência e ritmo explosivo.
Ele acertou a linha primeiro, conquistando a vitória em uma exibição que ressaltou por que Vina del Mar se tornou um campo de provas para ativistas experientes.
Final de época bastante importante e positivo para João Nuno Batista
João Nuno Batista cruzou a linha em segundo lugar, conquistando seu primeiro pódio na Copa do Mundo.
Cantero conquistou o terceiro lugar em um dia que destacou a profundidade do talento em campo.
Foi um final de época bastante importante e positivo para o atleta torrejano, com este excelente resultado alcançado nesta competição internacional.
João Nuno Batista, que foi acompanhado ao Chile pelo técnico Marco Carreira, está de parabéns, bem como o seu treinador Paulo Antunes.
Atrás do trio do pódio, Tom Richard terminou em quarto, com Reese Vannerson completando os cinco primeiros.
O restante do top dez contou com uma mistura de artistas veteranos e talentos em ascensão, com:
Valentin Morlec, Diego Moya, Izan Edo (Espanha), Nicola Azzano e Martin Sobey (Canadá) completando o top 10.


