GAUDU RENASCIDO LEVA A MELHOR SOBRE PEDERSEN
Foto: La Vuelta
Na chegada em subida em Ceres, David Gaudu (Groupama-FDJ) superou Mads Pedersen (Lidl-Trek) nos metros finais, deixando o dinamarquês com o 2º lugar.
No dia seguinte à sua ascensão ao poder, Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) terminou em 3º lugar, conseguindo assim manter por pouco La Roja.
Gaudu está empatado em tempo com o dinamarquês, que lidera a classificação geral graças à soma das classificações.
O trepador francês conquista assim a sua primeira vitória no UCI WorldTour desde que superou Wout van Aert num final semelhante no Critérium du Dauphiné 2022.
Esta é também a sua terceira vitória de etapa na La Vuelta, depois de dois triunfos em 2020.
De Jasper Philipsen em Novara a Jonas Vingegaard em Limone Piemonte, as duas primeiras etapas da La Vuelta deram resultados contrastantes, com vencedores de perfis muito diferentes.
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Atacantes vs Lidl – Treck
Os atacantes mostraram-se inspirados, mas a Lidl-Trek de Mads Pedersen controlou a formação da fuga.
Envergando a camisola das bolinhas em nome de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que viveu o seu primeiro dia com La Roja, Alessandro Verre (Arkéa-B&B Hotels) integrou a fuga com Sean Quinn (EF Education-EasyPost), Luva Van Boven (Intermarché-Wanty) e Patrick Gamper (Jayco AlUla).
Daan Hoole foi o primeiro ciclista da Lidl-Trek encarregue de controlar o tempo da fuga, rumo à principal subida do dia, a de 2ª categoria em Issiglio.
No início da subida, o pelotão seguia com um atraso de 2’25’’.
A vantagem aumentou ligeiramente antes de Amanuel Ghebreigzabhier assumir o controlo de Hoole.
Verre e Quinn nas estradas de Bernal
Em busca dos pontos da montanha para recuperar a liderança da classificação, Verre impôs um ritmo forte na subida.
Gamper e Van Boven cederam rapidamente.
Quinn resistiu até ao cume, onde Verre conquistou 5 pontos e assumiu a liderança da classificação da montanha.
O pelotão passava com 2 minutos de atraso.
Cerca de 15 quilómetros depois, Quinn foi o primeiro a passar no sprint intermédio em Cuorgnè, onde Egan Bernal (Ineos Grenadiers) é cidadão honorário.
O colombiano viveu e treinou ali quando iniciou a sua carreira profissional com a Androni Giocattoli, em 2016.
Gaudu mais forte do que Pedersen no arranque final
O terreno era ondulado e o ritmo imposto por Ghebreigzabhier, com o apoio de Carlos Verona, levou a cortes no pelotão.
Jasper Philipsen foi um dos ciclistas que teve dificuldades em acompanhar.
Na frente, Quinn atacou a solo com 39 km para o fim.
Chegou a ter 55’’ de vantagem sobre o pelotão.
O ex-campeão nacional dos EUA, a regressar ao mais alto nível após uma época marcada por lesão no joelho, resistiu o máximo que pôde.
Acabou por ser apanhado a 19 km da meta.
Um pelotão compacto aproximou-se rapidamente da subida final, com a Lidl-Trek e a Visma-Lease a Bike a imporem um ritmo brutal na subida.
Pedersen entrou na frente na última curva, com apenas 50 metros para a meta…
Mas David Gaudu (Groupama-FDJ) conseguiu ultrapassá-lo, conquistando a sua 3ª vitória em etapas da La Vuelta, depois dos triunfos em La Farrapona e La Covatilla, em 2020.
Jonas Vingegaard completou o pódio da etapa e manteve La Roja, apesar de Gaudu ter igualado o seu tempo na geral.
A etapa de João Almeida
João Almeida (UAE) foi 28.º na explosiva chegada em subida em Ceres, marcada por ritmo intenso e diferenças mínimas entre os favoritos.
Apesar de não ter estado entre os primeiros a cortar a meta, o ciclista de A dos Francos mantém-se bem posicionado na classificação geral, ocupando agora o 11º lugar, a 16 segundos do líder, o dinamarquês Jonas Vingegaard.
Com muitas etapas decisivas ainda por disputar, Almeida segue dentro da luta pelos lugares cimeiros, numa prova que promete continuar a ser altamente competitiva.



