ABUTRES 2025: A ÚLTIMA DANÇA?

Foto: Matias Novo Fotografia
Miguel Arsénio, repete o feito e torna-se bicampeão no Ultra Trilhos dos Abutres 2025, enquanto Patrícia Serafim conquista a vitória no setor feminino.
A “última dança” fez-se em três dias cheios de emoção, animação, muito público e bons trilhos repletos de lama.
Abutres que é Abutres é com lama, e esta edição cumpriu com a tradição.
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TRILHOS DOS ABUTRES “A ÚLTIMA DANÇA”
Miguel Arsénio torna-se bicampeão no Ultra Trilhos dos Abutres 2025
A “dança” começou no Sábado, com 750 atletas no Ultra Trail Trilhos dos Abutres (50km).
Miguel Arsénio fez uma prova brilhante, com 4h54m, deixando que as disputas se fizessem apenas pelos 2º, 3º e 4º lugar.
Dário Moitoso e Marcelo Graça foram alternando o 2º lugar.
Mas o atleta Açoriano, da Furfor Running Project, acabou por recuperar a posição, assim como diminuir a distância que tinha do 1º lugar, terminando a prova a 4 minutos de Miguel Arsénio.
Tal como na última edição, Marcelo Graça, do Clube Desportivo de Espite, fechou o pódio com 5h07m.
Patrícia Serafim conquista a vitória no setor feminino
Já no setor feminino, Patrícia Serafim, do Clube Desportivo de Espite, sagrou-se a grande vencedora, com 6h8m, com Ana Rodrigues, da Saca Trilhos Anadia, em segundo lugar, com 6h12m.
O pódio feminino ficou fechado às 6h34, com a atleta oriunda de Espanha, da Team Extremadura Trail, Minerva Soler.
No Trilhos Abutres Jovem, prova para os escalões mais jovens, Afonso Simões, 1º lugar júnior, foi mesmo o primeiro a cortar a meta à geral.
Seguido de João Freitas, que se classificou como 1º geral masculino, e por Martim Fernandes, 1º lugar juvenil.
O pódio geral masculino ficou completo com Licínio Silva e Emanuel Rocha, ao passo que o juvenil por Guilherme Martins e João Costa.
No setor feminino, Joana Fernandes, Sofia Costa e Natalina Almeida compuseram o pódio geral feminino.
Sendo que Margarida Duarte se sagrou campeã júnior, e no escalão juvenil foi Maria Marques que arrecadou o 1º lugar, seguida de Luísa Rodrigues.
O Trilhos Júnior José Godinho decorreu na tarde de sábado, na Quinta da Paiva, numa prova em parceria com a Abutres Trail Running School e que, para muitos, foi a primeira experiência no trail running.
Com grande adesão por parte dos mais novos, todos demonstraram grande espírito de competição.
Podemos dizer que o futuro da modalidade está assegurado!
São Pedro deu o ar de sua graça nos Trilhos dos Abutres 2025
No domingo, São Pedro deu o ar de sua graça e brindou os cerca de 900 atletas, distribuídos pelos Trilhos dos Abutres 2025 e pelo Mini Trilhos dos Abutres 2025, com chuva.
Mas nada afastou estes bravos guerreiros que bailaram a um ritmo frenético pelos trilhos de Miranda do Corvo.
Na prova TA Trilhos dos Abutres (30km), a disputa dos 2 primeiros lugares do pódio, distaram em apenas 19 segundos, numa prova de incrível competitividade.
Foi Rui Teixeira, da Escola de Atletismo de Coimbra, a aproveitar a sua experiência em estrada, para, no percurso final em asfalto, dar um avanço e cruzar a meta com 2h46m35s
Seguido de Bruno Silva com 2h46m54. O pódio masculino ficou fechado por Nuno Campos, colega de equipa de Bruno Silva na FurFor Running Project.
Já no setor feminino, Paula Soares, da Saca Trilhos Anadia, foi a grande vencedora, com 3h38m.
Seguida da sua colega de equipa Sara Pedrosa, com 3h43m, e de Patrícia Carreira, do Clube Desportivo de Espite, a fechar o pódio com 3h45m.
“Dança” dos Mini Trilhos dos Abutres
Na “dança” dos MTA Mini Trilhos dos Abutres (20km), o top 3 ficou preenchido por José Vieira, da EDV Viana Trail, com 1h55m de prova.
Seguido de João Ferreira, da Airorun, que cruzou a meta passados 2 minutos, e, em terceiro Marcelo Gonçalves, da GDR Granja – Trutas do Mar, com 2h01m.
Nas mulheres, o lugar cimeiro foi para Inês Gomes, da FurFor Running Project, com 2h25m.
Seguindo-se Inês Marques, da Team HG – ALMSport, com 2h30m, que regressa aos trilhos após uma ausência prolongada devido a lesão.
Karen Mendes repete o terceiro lugar conquistado na última edição, com 2h33m, melhorando o seu tempo em 7 minutos.
Com condições meteorológicas típicas de um Trilhos dos Abutres, a lama, a chuva e o nevoeiro deram um toque ainda mais místico a esta “dança”, que foi brindada com a presença massiva de público ao longo dos trilhos, potenciado pelo ritmo de festa do grupo local Bombos & Tombos.
Fazer figas na expectativa de podermos todos voltar a estar juntos em próximas danças
No final, a certeza que os atletas e o público têm um carinho especial pelo Trilhos dos Abutres, assim como por Miranda do Corvo.
Foram vários elogios, na linha da meta, ao percurso e à organização.
Tanto no que se refere à beleza dos trilhos, quanto à dureza e tecnicidade daquela que é considerada por muitos, uma das mais mediáticas provas nacionais de Trail, e que tem como pano de fundo as belas Aldeias do Xisto.
De salientar o regresso do épico e tradicional prémio finisher que, “O Abutre” depois de um ano de ausência, voltou para dar mais um “pé de dança” com todos os que cruzam a linha da meta e que, assim, podem juntar mais um abutre à sua coleção.
Quando a 2026, há que esperar pela música proveniente da nova direção da Associação Abutrica, e fazer figas na expectativa de podermos todos voltar a estar juntos em próximas danças.