AGATE SOUSA GARANTE BRONZE EUROPEU

Agate Sousa

Agate Sousa fechou a participação portuguesa com mais um pódio no comprimento - Foto: FPA / Sportmedia

Epílogo dos Campeonatos Europeus de Atletismo em Roma (Itália), com Portugal a fazer-se notar, com a medalha de bronze de Agate Sousa no salto em comprimento e com recorde de Portugal, de novo, na estafeta de 4×400 metros.

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PEDRO PICHARDO VICE-CAMPEÃO EUROPEU

Fonte: Federação Portuguesa de Atletismo

Pedro Pichardo no pódio para receber a medalha de prata

O dia até conheceu um preâmbulo, pois Pedro Pichardo subiu ao pódio, na Praça das Medalhas, junto ao Estádio Olímpico, para receber a medalha de prata referente ao segundo lugar no triplo-salto, onde voltou a saltar acima de 18 metros.

Depois começou a final do salto em comprimento, com mais um grande momento de Portugal e uma grande final.

Pedro Pichardo – Foto: FPA / Sportmedia

Estreia de Agate Sousa em Europeus com bronze

A alemã Malaika Mihambo fez um salto a 7,22 metros e deixou a concorrência em “sentido”, mas a portuguesa não se assustou e foi fazendo a sua prova.

Abriu com 6,82 m, melhorou para 6,86 e 6,90, a marca que deu o bronze (mas então estava na prata).

Fez um nulo, saltou 6,83 e fechou com 6,62 m.

Ainda viu a alemã Assani saltar 6,91, mas no último salto, a italiana Larissa Iapichino saltou 6,94 m, melhor marca europeia sub-23.

Foi um fado de pequeno, felizmente, porque Assani não melhorou mais. Medalha de bronze para Agate Sousa na sua primeira estreia em Europeus.

Agate Sousa
Agate Sousa – Foto: FPA / Sportmedia

Um belo resultado. Já estive em várias competições com elas, sei o que valem e sabia o que tinha de fazer.

É a minha primeira internacionalização e como disse vim para lutar pelas medalhas e consegui alcançar esse objetivo. Estou muito feliz”, afirmou a atleta, que está ainda a saborear este sonho.

Durante a prova eu estou sempre focada no meu trabalho, mas não deixo de ver o que elas estão a conseguir, para tentar também responder.

Eu estava capaz de saltar os sete metros, aquele ensaio nulo foi bem longo”, disse-nos.

Agora, “há que continuar a trabalhar, temos os Jogos Olímpicos de Paris, onde ainda haverá mais concorrência e eu quero voltar a estar a competir entre as melhores”, referiu.

Estafeta 4 x 400 – Foto: FPA / Sportmedia

Recorde de Portugal para a estafeta de 4×400 metros masculinos

E foi com o concurso do comprimento a decorrer que chegou a hora de outra final, a dos 4×400 metros masculinos.

Que grande prova fez o quarteto português, culminando com mais um recorde de Portugal, agora em 3m01s89”.

O reflexo do sexto lugar conseguido pelos atletas Ricardo dos Santos, Ericsson Tavares, João Coelho e Omar Elkhatib.

Uma presença inédita na final do Europeu.

A equipa, que mereceu esta vaga na final, conseguiu uma excelente prestação e um bom recorde nacional.

É reflexo de um trabalho que temos vindo a fazer ao longo do tempo, não temos feito muitas estafetas, mas temos trabalhado bem individualmente, uma aposta conjunta”, disse o jovem Ericsson Tavares.

Estivemos na final porque merecemos, e cumprimos, voltando a fazer recorde nacional”, concluiu.

Estando fechado o acesso aos Jogos Olímpicos de Paris’2024, este resultado é esperançoso.

Abre-se aqui uma porta para o futuro. Estas marcas conseguidas em Roma podem dar-nos uma entrada para as grandes competições do próximo ano, já com os Europeus de pista coberta.

Aí, há que conseguir confirmar a média para o ar livre.

Consoante isto, só temos de provar à FPA que somos uma grande aposta para competições europeias e mundiais”, referiu João Coelho, numa fase em que as outras seleções começam a reparar nesta estafeta de sucesso.

Isacc Nader – Foto: FPA / Sportmedia

Isaac Nader

Ainda estávamos no rescaldo destas competições e Isaac Nader estava a correr a final dos 1500 metros. Sempre bem posicionado, o português viria a claudicar no final, terminando em 10º lugar com a marca de 3m34s22”.

Os últimos 200 metros já os corri no limite. Ficar em 10º lugar não era o meu objetivo.

Toda a gente sabe que eu queria lutar pela medalha, foi para isso que trabalhei, mas não consegui”, referiu.

Adiantando, quando perguntado, não saber “se foi o esforço da recuperação após a queda que me deixou assim. Não sei.

A verdade é que as regras ou se cumprem ou devem ser alteradas. Se assim continuar mais vale cairmos, rebolarmos e sermos classificados para uma final.

Eu não perdi por isso, perdi porque não consegui dar mais”, referiu, visando agora a continuidade do trabalho para os Jogos de Paris.

Não há descanso. Amanhã há que recomeçar o trabalho. Ainda não foi desta que consegui a medalha.

Mas estou firme na vontade de continuar a trabalhar para o conseguir”, concluiu o atleta.

Portugal fecha assim os Campeonatos Europeus de Atletismo de Roma na 21ª posição das medalhas, com uma de prata (Pedro Pichardo no triplo, e duas de bronze, por Liliana Cá, no disco, e Agate Sousa, no comprimento).

Foram batidos cinco recordes nacionais e alcançados oito lugares de finalista. Na pontuação, Portugal fechou no 15º lugar, com 36 pontos.

Tudo terminou com a cerimónia de medalhas do salto em comprimento, com Agate Sousa no pódio do bronze.

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