CICLOTURISMO, PASSEIO POR TERRAS DE PALMELA

Fotos: Revista Notícias do Pedal
Cicloturismo, quando nos referimos a esta modalidade, temos de associar o “Ciclo” de bicicleta e o (Turismo) de convívio e passeio.
Uma modalidade que já teve tempos áureos, atualmente está a passar por algumas dificuldades, e porque será, e que se pode fazer para que o cicloturismo não “MORRA” definitivamente.
Mais fotos podem ser desfrutadas aqui
Fonte: José Morais
Fotos: Revista Notícias do Pedal
34º Passeio de Cicloturismo, Palmela 2024
Este domingo 28 de julho, marcamos presença em Palmela, um passeio de grande tradição, e talvez o mais antigo evento cicloturistico que se realiza em Portugal.
Apesar desta ter sido a 34ª edição, este passeio já teve diversos interregnos, o que só não é o mais antigo, porque diversos anos não se realizou.
Numa organização da Associação Desportiva Palmelense, a edição deste ano contou com quase duas centenas e meia de participantes.
O evento percorreu o concelho, passando por locais como:
Quinta Anjo, Lagoinha, Pinhal Novo, Areias Gordas, Lau, Poceirão, Fernando Pó, Bairro Margaça, Agualva, Lagameças, Palmela Gare.
Tendo partida e chegada ao Largo São João Batista em Pamela.
Um passeio que foi para a estrada pouco passava das 9 horas da manhã, e terminou pouco passava da 12,30 horas.
No total foram 68 quilómetros, num trajeto sem grandes dificuldades, apenas no final a subida para Palmela, esta a maior dificuldade que os cicloturistas tiveram de enfrentar.
Os últimos 150 metros, foram feitos de roda livre a partir da igreja São Pedro Batista, salientando que pelo caminho existiu uma paragem em Fernando Pó na Associação Cultural e Recreativa local.
Também de referir que ao longo do percurso existiram vários pontos de abastecimento de água, já que fazia imenso calor.
Colocar um passeio na estrada e as dificuldades
A Associação Desportiva Palmelense, tem nos últimos anos tentado evoluir.
Fazendo com que muitos mais amantes da modalidade continuem a participar e não abandonem a mesma.
Esforçando-se por arranjar incentivos para que se desloquem ao seu passeio, este ano deu pequeno-almoço, e no final existiam grelhados para satisfazer todos os participantes.
Para o presidente da Associação “Madail Claro”, que atualmente está um pouco desanimado com a modalidade.
Ele que começou no cicloturismo, quando tinha 15 anos, aos 17 anos organizou o primeiro passeio da Associação, vê o cicloturismo com um futuro muita negro.
Acabou por nos declarar “não sei se a mesma consegue aguentar mais 5 anos”.
Acrescentando “As dificuldades são imensas, as despesas muitas, tem de se pagar a bombeiros, e a segurança pelas forças policiais são exorbitantes no valor que cobram.
Infelizmente assim não se pode praticar a modalidade.”
“Madail Claro” dizia ainda que, “neste passeio acima de tudo existe a máxima segurança entre todos os participantes.
Fazemos um seguro em tempo real, e todos estão abrangidos, é uma salvaguarda para os que dizem que possuem seguro e não têm, e para aqueles que de verdade possuem seguro.
Mas onde muitas vezes não garante em altura de um acidente, assim temos a certeza de que todos estão segurados e é um descanso para nós que organizamos.”
O presidente da Associação terminava na entrevista que fizemos, ao agradecer a todos a presença, tiveram uma equipa que veio do Algarve, e no final a satisfação era imensa.
A organização recebeu um o feedback muito positivo dos participantes, e deseja que em 2025 na sua 35ª edição, possa haver ainda mais participantes, e muitas novidades.
Olhando o passeio de cicloturismo
Quase no final desta reportagem, temos de dar os parabéns pela excelente organização, numa velocidade própria de cicloturismo, e próprio para qualquer participantes.
Destacamos que participaram três cicloturistas muito especiais, dois com cadeiras de rodas adaptadas a bicicleta, e um com uma Handbikes.
Todos conseguiram pedalar no pelotão que rolou praticamente sempre compacto, e ainda de referenciar a homenagem a todas as mulheres participantes, que eram sem dúvida muitas.
Temos de referenciar ainda:
o apoio de dois montardes que apoiaram nos principais cruzamento;
a GNR, pelo excelente trabalho feito na segurança;
aos bombeiros sempre indispensáveis, pouco trabalho, apenas uma queda sem nada de grave;
e a toda Associação, e todos os 20 voluntários que ajudaram neste evento.
Como nota final, ficam os parabéns por este grande passeio.
Deixamos também o nosso agradecimento pela forma como nos receberam para fazer esta reportagem.
Salientando as condições que nos deram para podermos trabalhar, num passeio que contou com mais uma fotografa, a Maria Silva.
Ficam os votos de bons passeios, boas pedaladas.