Dar o melhor pela bandeira que levamos ao peito

A Seleção Nacional/Liberty Seguros de elite corre a prova de fundo do Mundial de Estrada, em Richmond, Virgínia, Estados Unidos da América, neste domingo. Portugal estará representado pelo campeão do mundo em 2013, Rui Costa, por Nelson Oliveira e por José Gonçalves.

A prova de 261,4 quilómetros- 18,1 mil metros mais 15 voltas ao circuito que tem um perímetro de 16,2 quilómetros – inicia-se às 14h00 (hora portuguesa) e terá transmissão em direto na RTP2. O circuito, maioritariamente plano, conta com três subidas nos últimos 5 quilómetros, duas das quais em empedrado, o que, em dia de chuva, como se prevê que seja este domingo, pode ter muita influência no resultado.

Rui Costa destaca a motivação de vestir as cores nacionais. “O Mundial é sempre um objetivo, porque é onde corremos pelo nosso país, vamos querer sempre dar o nosso melhor pela bandeira que levamos ao peito. É sempre importante dar o máximo pela nossa nação”, sublinha.

O poveiro não se assume como favorito, mas promete “dar o máximo”, num circuito “muito idêntico ao do GP do Quebeque, mas no Canadá correm-se 200 quilómetros e aqui são mais de 260. Quando se passa a barreira dos 250 as coisas mudam muito, é quase uma linha vermelha, que separa quem tem pernas e quem não tem. Eu espero encontrar-me bem neste dia tão importante”, assume Rui Costa.

O vencedor da prova de fundo no mundial de Florença aponta John Degenkolb, Simon Gerrans, Peter Sagan e Greg van Avermaet como principais favoritos, mas acredita que “será uma corrida muito aberta, visto que há muitas seleções com vários homens com pretensões, que irão abrir o jogo nas últimas duas ou três voltas”.

Nelson Oliveira também adivinha que “as grandes seleções vão atacar e a quilometragem vai fazer mossa. Será uma corrida muito dura e se chover ainda será pior. Se o grupo se dividir será bom para nós, porque temos mais hipóteses num grupo restrito”.

José Gonçalves foi um dos corredores portugueses em maior evidência nos últimos meses e apresenta-se em Richmond “supermotivado e muito contente por vir ao Campeonato do Mundo. Chego com confiança para tentar fazer o melhor que conseguir. Toda a equipa tentará fazê-lo. Vamos ajudar-nos uns aos outros e veremos, no momento, quem está melhor”, frisa o minhoto.

O selecionador nacional, José Poeira, afirma que a prova de sub-23 dá algumas pistas de como será a corrida de elite. “Deverá ser uma prova com o ritmo a elevar-se a partir dos 150 quilómetros e com as seleções mais fortes a mostrarem-se a partir dos 200 quilómetros. Há equipas que pretendem a chegada de um grupo maior e outras que querem partir a corrida. Estas terão algumas hipóteses, porque a fase final é difícil, tanto pelas subidas como pelas descidas, a exigirem muita técnica”, descreve Poeira.

O treinador português acredita que, num bom dia do trio luso, o percurso pode ser favorável aos interesses nacionais. “Gostei mais do traçado quando o vi no terreno do que antes de aqui chegar, em que o conhecia apenas no papel”, assume José Poeira.

Texto e foto de: F.P. de Ciclismo

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