DIALLO ‘SPRINTA’ DIRETA PARA A MEIA-FINAL

Fatoumata Diallo - Foto: FPA / Sportmedia
Uma multidão vibrante encheu os transportes parisienses para mais uma manhã desportiva, especialmente no atletismo, com o Stade de France repleto de público, apesar de não haver finais de manhã.
Para os portugueses a manhã de ontem mostrou-se como o tempo, soalheiro e com períodos nublados: Fatoumata Diallo apurou-se para as meias-finais dos 400 metros barreiras, Lorene Bazolo ainda terá a repescagem.
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Fonte: Federação Portuguesa de Atletismo
Fatoumata Diallo garantiu o apuramento direto para as meias-finais
Fatoumata Diallo competiu na primeira eliminatória dos 400 metros barreiras e fez uma prova muito boa, terminando em segundo lugar, em 54,75 segundos, atrás da jamaicana Rushell Clayton (54,56).
Garantia assim o apuramento direto para as meias-finais, o principal objetivo.
“Estou muito contente, estava um pouco nervosa, mas não pela concorrência, porque eu adoro correr com as melhores, adoro estar aqui.
Era mais comigo mesmo, de poder tocar na barreira, cair, ou não estar a controlar os nervos”, sintetizou a atleta.
“O sonho está a tornar-se realidade, o objetivo era a meia-final e consegui”, afirmou.
Adiantando que “agora é continuar para dar muito melhor e ir para a final”.
Também não coloca de parte o recorde de Portugal, que “é um objetivo, mas temos de esperar porque cada prova é sempre diferente.
Espero sair daqui, não com arrependimento, mas sim dizer que dei tudo o que podia. Não quero sair daqui arrependida.
Especialmente por ser em Paris, eu vivo aqui perto e está aqui toda a minha família.
Queria mostrar-lhes porque é que me ando a sacrificar todos os dias, o que é que eu ando a trabalhar.
Mostrar que não trabalhei quatro anos para nada”, concluiu.
“…estou feliz e triste ao mesmo tempo.”
Foi, também, com a multidão ululante “que dá aquela adrenalina” que Lorene Bazolo correu na primeira série eliminatória dos 200 metros, na mesma série da campeã olímpica de 100 metros, Julian Alfred, e terminou na quinta posição com a marca de 23,10 segundos, a sua melhor marca do ano.
“Nunca tinha corrido, de manhã, com um estádio repleto de público”, disse-nos a atleta, analisando depois a sua participação.
“Não quero ser ingrata, mas estou feliz e triste ao mesmo tempo.
Sei que consigo fazer menos de 23 segundos, trabalhei para isso e vou estar focada para amanhã, para dar o meu melhor, só é necessário acreditar.
Amanhã quero sair daqui satisfeita, dar tudo e fazer uma força para sair essa marca amanhã”, afirmou.
Acrescentando ainda que correu “com um pouco de receio, acho que poderia dar mais.
Mesmo assim acho que, tecnicamente, foi a melhor prova da época”, concluiu.