Dinamarca conquista título mundial de Estafeta Mista de Sprint
Share the post "Dinamarca conquista título mundial de Estafeta Mista de Sprint"
Ao conquistar o título mundial de Estafeta Mista de Sprint, a Dinamarca é a primeira grande vencedora dos Campeonatos do Mundo de Orientação WOC 2015. Noruega e Rússia ocuparam por esta ordem os restantes lugares do pódio, ao passo que Portugal concluiu na 21ª posição, no conjunto de 32 países participantes.
Um ano volvido sobre a segunda posição na Estafeta Mista de Sprint dos Campeonatos do Mundo de Orientação disputados em Itália, a Dinamarca vingou da melhor forma esse resultado ante a Suiça, sendo a grande vencedora da edição 2015 que teve lugar esta tarde em Nairn, na Escócia. Apresentando-se com a mesma formação do ano anterior – Emma Klingenberg, Tue Lassen, Søren Bobach e Maja Alm – a turma dinamarquesa impôs-se à forte concorrência, completando o conjunto de quatro percursos em 1:00:54. A chave da vitória terá estado nos extraordinários desempenhos de Emma Klingenberg e Maja Alm, conquistando os melhores parciais nos respetivos percursos e rumando à vitória de forma incontestada.
Tal como em 2014, a Dinamarca teve na Suiça a sua maior opositora, com Emma Klingenberg a ter uma entrada fulgurante em prova e a ganhar “longuíssimos” 48 segundos a Rahel Friederich, então a terceira classificada. Entre as duas atletas, na segunda posição, destaque para a italiana Lia Patscheider, a fazer uma prova absolutamente surpreendente. Grande pretendente ao título, a Suécia ocupava a 11ª posição, com Lilian Forsgren a gastar mais 01:08 que Emma Klingenberg. Embora tímida, a reação da Suiça começou a operar-se no segundo percurso, com Martin Hubmann a encurtar a distância que o separava de Tue Lassen para 32 segundos. Impressionantes neste percurso as performances de Jonas Vytautas Gvildys (Lituânia), Jerker Lysell (Suécia) e sobretudo de Frédéric Tranchand (França), a quem coube o melhor parcial. Cinco “galos” para três “poleiros”, tais eram as perspetivas com metade da prova concluída.
Com o dinamarquês Søren Bobach, o suiço Matthias Kyburz e o sueco Jonas Leandersson em prova, o terceiro percurso adivinhava-se espetacular. E na verdade assim foi. Com o francês Lucas Basset na sua peugada, Leandersson e Kyburz foram ganhando segundo após segundo ao dinamarquês, apresentando no final diferenças que se cifravam em um segundo apenas no caso da Suiça, 18 segundos no caso da Suécia e 27 segundos no caso da França. Tudo em aberto no decisivo percurso, com a dinamarquesa Maja Alm e a suiça Judith Wyder prontas para reeditar o grande duelo de 2014. Na primeira metade do decisivo percurso, Alm e Wyder alternaram no comando, mas à passagem pelo ponto de espectadores a vantagem da dinamarquesa sobre a suiça era já de 19 segundos, para, passar rapidamente para 1:01 e se cifrar em 1:31 no final da prova. E se o termo “dinâmica de vitória” se pode aplicar com toda a propriedade a Maja Alm, a “dinâmica de derrota” tomou conta de Judith Wyder que se deixou ultrapassar à beira do fim por duas “veteraníssimas”, a norueguesa Anne Margrethe Hausken Nordberg e a russa Galina Vinogradova, ambas fenomenais neste derradeiro percurso. Com grandes e justificadas aspirações a uma medalha, a Suécia concluiu na quinta posição, enquanto a grande desilusão vai para os britânicos, a jogar em casa, e que não conseguiram melhor que o 14º lugar. Portugal repetiu a 21ª posição alcançada em Itália no ano passado, terminando a 08:52 dos vencedores.
Resultados:
1. Dinamarca 1:00:54
2. Noruega 1:02:16 (+ 01:21)
3. Russia 1:02:20 (+ 01:26)
4. Suiça 1:02:25 (+ 01:31)
5. Suécia 1:02:32 (+ 01:38)
6. Finlândia 1:02:59 (+ 02:05)
7. França 1:03:33 (+ 02:39)
8. Lituânia 1:04:23 (+ 03:29)
9. Áustria 1:04:30 (+ 03:36)
10. República Checa 1:04:48 (+ 03:54)
(…)
21. Portugal 1:09:46 (+ 08:52)
Texto de: Joaquim Margarido
Foto: © woc2015 / twitter.com/WOC2015