HERÓIS DO MAR SÓ CAIRAM ÀS PORTAS DA FINAL

Foto: Sasa Pahic Szabo / kolektiff / FPA

Só a tricampeã do mundo, Dinamarca, para impor a primeira derrota em oito jogos aos Heróis do Mar na competição.

Último duelo de uma campanha sem precedentes para Portugal vale a medalha de bronze, este domingo, contra a França às 14h00 (hora portuguesa) em direto na RTP1.

Fonte: Federação de Andebol de Portugal

Heróis do Mar
Foto: Sasa Pahic Szabo / kolektiff / FPA

Primeira derrota em oito jogos aos Heróis do Mar na competição

Campeã do mundo há três anos consecutivos, campeã olímpica em título e vice-campeã da Europa. Um cartão de visita quase inacreditável que Portugal não teve medo de enfrentar.

No acesso à Final do IHF World Championship 2025, a Dinamarca levou a melhor e aplicou a primeira derrota à brilhante equipa lusa ao fim de oito jogos na competição.

Este domingo, os Heróis do Mar terão o derradeiro desafio.

Um reencontro com sabor especial com a França, a valer uma medalha de bronze, às 14h00 (hora portuguesa), na Unity Arena, em Oslo – transmissão em direto na RTP1.

Heróis do Mar
Foto: Sasa Pahic Szabo / kolektiff / FPA

Três (!) jogadores expulsos no inicio do jogo

Depois de um golo para cada lado, uma exclusão madrugadora para Victor Iturriza, ainda antes do segundo minuto, foi aproveitada pela Dinamarca, que chegou à diferença de dois golos (3-1).

Logo a seguir apareceu um cenário profundamente devastador e raro.

Portugal passou a ter que jogar cerca de 1’40 com menos três (!) elementos, depois de Francisco Costa e Fábio Magalhães terem sido igualmente excluídos.

Mesmo assim, Portugal com paciência e mestria, atrasou a resposta nórdica e sofreu o 5-2, aos 6’. Já de igual para igual, um ataque perdido pelos lusos deram origem ao 6-2.

Portugal reagiu e aproximou-se até ao 6-4, à chegada aos 10 minutos iniciais.

Seguiram-se três parciais idênticos: primeiro a resposta dos campeões (8-4), depois um momento de inspiração português (8-6) e nova fuga nórdica (10-6), aos 13 minutos.

Paulo Pereira pediu o primeiro time-out nesta altura.

Heróis do Mar
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Heróis do Mar reduziram diferença

No reatar da partida, Portugal beneficiou de uma exclusão contrária, num período no qual reinou o equilíbrio.

Foi já em igualdade que António Areia assinou o 11-9 que trazia de volta uma curta diferença de dois golos, já para lá dos 15 minutos.

Aos 18’ a Dinamarca experimentou o 5:1 defensivo.

Mas Portugal adaptou-se e ganhou motivação depois de uma defesa do recém-entrado Diogo Rêma Marques, para se aproximar até à margem mínima (13-12) pela mão de Diogo Branquinho.

O consagrado selecionador nórdico, Nikolaj Jacobsen, pediu time-out, com 10 minutos até ao intervalo.

No recomeço, o 5:1 nórdico voltou ao 6:0, o guarda-redes Emil Nielsen chegou às quatro defesas e a Dinamarca beneficiou de uma exclusão para Portugal.

Uma sequência de acontecimentos que resultou em nova fuga no marcador (15-12).

Até ao final da primeira parte, as duas equipas encaixaram-se, a Dinamarca não ultrapassou os quatro golos de vantagem e Portugal ainda beneficiou de uma superioridade numérica que transitou para o segundo tempo.

Luís Frade e António Areia, ambos com máxima eficácia, eram os melhores marcadores de Portugal após 30 minutos, com três golos.

Simon Pytlick e Rasmus Lauge Schmidt lideravam a lista global, com quatro cada.

Foto: Sasa Pahic Szabo / kolektiff / FPA

Dinamarca em inferioridade numérica aumenta vantagem

Mesmo com menos um elemento durante alguns segundos, a Dinamarca aumentou a vantagem para cinco golos (22-17).

Os campeões não tiveram tempo de desfrutar da igualdade porque apareceu nova exclusão aos 34’.

Mas foram mais uma vez felizes ao subirem mais um patamar, até a uns inéditos seis golos (24-18).

Paulo Pereira parou o jogo ainda antes dos 35 minutos.

A ponderação no ataque português contrastava com a velocidade e intensidade dos ataques nórdicos.

Portugal subiu a defesa e viu a Dinamarca chegar aos sete golos (26-19), aos 38 minutos, com Rasmus Lauge Schmidt e Mathias Gidsel a brilharem nesta altura.

Foto: Sasa Pahic Szabo / kolektiff / FPA

Com a ajuda de Emil Nielsen e uma concentração implacável na defesa e no ataque, os nórdicos avançaram para novos máximos, à medida que os erros ofensivos de Portugal iam sendo cada vez maiores face a um contexto complicado.

Aos 44’ o marcador ditava 30-20 já com o guardião Emil Nielsen, considerado por muitos o melhor do mundo naquele posto específico, a contabilizar 14 defesas.

Com oito contra-ataques de sucesso a contrastar com os apenas dois de Portugal, a Dinamarca não mostrava sinais de quebra.

À entrada dos últimos 10 minutos, a vantagem chegou aos 11 golos (34-23).

Até ao final, os dinamarqueses não abrandaram, dilataram a diferença para patamares inglórios.

Em sentido contrário, os Heróis do Mar ficaram sem forças, quer fisicamente, quer animicamente, depois de terem deixado tudo em campo.

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