INÊS BELCHIOR NA ÚLTIMA VOLTA ENTRE A ELITE EUROPEIA

Inês Belchior na 2.ª volta - Foto: Fernando Correia / FPG
Inês Belchior manteve ontem (quarta-feira) um registo imaculado em torneios de circuitos europeus de profissionais.
Em duas provas disputadas este ano, a ainda amadora de 18 anos passou por duas vezes o cut.
Será a única portuguesa a competir hoje no último dia do Super Bock Ladies Open no Vidago Palace, no concelho de Chaves.
O mais importante torneio feminino nacional, com 50 mil euros em prémios monetários, é agora comandado isoladamente pela suíça Natalie Armbruester.
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Site oficial do LETAS
Fonte: Hugo Ribeiro / FPG
Inês Belchior passa o ‘cut’ e mantém o registro imaculado
«O meu nível tende a subir em torneios melhores.
Estas jogadoras estão em alto nível, eu joguei com um jogadora que fez 4 abaixo nos segundos novos buracos, que são os mais complicados.
Consigo perceber que não estou assim tão afastado deste nível.
Sinto que estes torneios têm-me ajudado a desenvolver-me bastante enquanto jogadora e a tomar melhores decisões», disse Inês Belchior.
A jogadora teve uma segunda volta de 72 pancadas, a Par do campo, melhorando os 73 (+1) de ontem, para apresentar um agregado de 145 (+1).
A dupla campeã nacional absoluta ocupa o 38.º lugar, entre 125 jogadoras.
Está empatada com outras oito jogadoras, pelo que passou à vontade o ‘cut‘ reservado às 45 primeiras e empatadas (sem contar com as amadoras).
Seguiram para a última volta 52 jogadoras e o resultado limite foi de 2 pancadas acima do Par.
Inês Belchior nunca tinha jogado em circuitos europeus de profissionais antes de 2025.
Mas, entretanto, nesta época, já foi 62.ª definição (+9) na 28.ª edição da Lalla Meryem Cup, em Rabat, tornando-se apenas na quarta portuguesa a passar o corte em torneios do Ladies European Tour (a primeira divisão profissional europeia).
Agora, na sua primeira experiência no Ladies European Tour Access Series (LETAS), a segunda divisão europeia, voltou a integrar a elite das jogadoras que se apuraram para a última volta.
Foi a 3.ª melhor amadora, depois da francesa Sara Brentcheneff (num excelente 5.º posto, com -7) e da inglesa Jessica Hall (em 32.ª a Par do campo).
Natalie Armbruester isola-se na luta pelo título
Entretanto, na luta pelo título mantiveram-se as duas jogadoras que ontem partilharam o comando da prova organizada pela Federação Portuguesa de Golfe.
Mas uma delas conseguiram isolar-se na frente.
Trata-se da suíça Natalie Armbruester que, graças a 1 birdie no seu último buraco (o 9 do campo, pois saiu hoje do 10), separou-se com um total de 133 pancadas, 11 abaixo do Par, fechando a segunda volta com 4 birdies nos últimos oito buracos.
«O meu jogo de ferros esteve bom. Deu-me muitas oportunidades de passarinho e isso foi ótimo», disse a helvética de 25 anos, em declarações à assessora de imprensa do LETAS, Olivia Bothamley-Dakin.
Natalie Armbruester estará pela segunda vez este ano na luta por um título, depois de ter sido a 3.ª seleção logo na etapa inaugural do LETAS de 2025, em França.
«A primeira vez em que integrei um grupo de líderes, estava muito nervosa e isso nas minhas saídas.
Amanhã quero garantir-me de que estou comprometido e focado nos meus alvos», acrescentou a 5.ª definições do ranking desta segunda divisão europeia.
Claro que há uma grande diferença entre a luta pelo título do Terre Blanche Ladies Open e agora pelo troféu do Super Bock Ladies Open no Vidago Palace.
É que foi exatamente depois do 3.º lugar em França que Natalie decidiu passar a profissional.
Este é apenas o seu segundo torneio desde que se tornou ‘pro‘ e hoje já estará em jogo um prêmio monetário de 8 mil euros para o campeã.
«Vou encarar as coisas da mesma maneira – assegurou ao Gabinete de Imprensa do torneio português –, pouco importando se era amadora e agora sou profissional.
Serei só eu contra o campo de golfe».
«Vencer significaria muito» Natalie Armbruester
Mais importante são os 500 pontos para o ranking: «Vencer significaria muito, porque quero ser promovida ao LET no final do ano e esses pontos seriam enormes».
Quem não ficará pelos ajustes será a alemã Leonie Harm, que compartilhou com Natalie Armbruester a liderança anteontem.
Ontem desceu agora para o 2.º lugar, embora esteja apenas a 1 pancada de distância.
Uma jogadora de 27 anos totaliza 134 pancadas, 10 abaixo do Par, após voltas de 66 e 68.
Ontem não sofreu nenhum bogey e nem se lembra «da última vez em que» jogou «duas voltas seguidas na casa das 60’s pancadas».
Atenção ainda ao n.º 1 do ranking, a vencedora do torneio em França, a dinamarquesa Amalie Leth-Nissen (68+67).
Ontem estava empatada no 3.º lugar com a jogadora da Ilha de Man, Ana Dawson (67+68), ambas com 135 (-9).
Os principais resultados do Ladies Open no Vidago Palace, que contam com as dez primeiras definições do ranking do LETAS, entre um total de 126 jogadoras, após a segunda e penúltima volta, foram os seguintes.
1.ª Natalie Armbruester, 133 (66+67), -11
2.ª Leonie Harm (Ale), 134 (66+68), -10
Portuguesa que passou o corte
38.ª (empatada) Inês Belchior, 145 (73+72), +1 (amadora)
Portuguesas que foram eliminadas pelo cut
73.ª (empatada) Susana Ribeiro, 149 (75+74) +5
82.ª (empatada) Francisca Rocha, 151 (75+76) +7 (amadora)
112.ª (empatada) Amélia Gabin, 157 (75+82), +13 (amadora)
115.ª (empatada) Francisca Ferreira da Costa, 158 (77+81), +14 (amadora)
121.ª (empatada) Francisca Salgado, 161 (79+82) +17 (amadora)
O Ladies Open no Vidago Palace conclui-se hoje (quinta-feira), com a terceira e última volta.