MAX VERSTAPPEN FEZ ALGO QUE AINDA NÃO TINHA SIDO FEITO
Max Verstappen conquistou o primeiro lugar no Grande Prémio do Brasil depois de ter partido da 17.ª posição.
Contra tudo o que era expectável, após Norris assegurar a ‘pole‘, o piloto neerlandês garantiu mais um triunfo importante na luta pelo campeonato.
Fonte: Lusa
Max Verstappen, protagonista de uma das maiores reviravoltas da história da modalidade
Esta não foi só a 62.ª vitória de Max Verstappen na Fórmula 1, foi possivelmente a sua melhor vitória até ao momento.
Para além disso, já ninguém lhe tira o mérito de ter sido o protagonista de uma das maiores reviravoltas da história da modalidade, sobretudo para pilotos que lutam pelo título mundial.
São apenas cinco os exemplos que se assemelham ao que aconteceu em Interlagos no passado fim de semana.
Em 1954, Bill Vukovich recuperou do 19.º lugar até à vitória, só que não realizou mais nenhuma corrida como era comum naquele tempo.
Na década de 80, John Watson fez duas grandes provas, uma a partir da 17.ª posição e outra na 22.ª, mas não disputava os primeiros lugares do campeonato de pilotos.
Barrichello, em 2000, conseguiu uma ascensão desde o 18.º lugar até ao topo naquele que foi o seu primeiro ano na Ferrari enquanto colega de Schumacher.
Mais recentemente (2005), Kimi Raikkonen encontrava-se no 17.º posto quando venceu no Japão já depois de Fernando Alonso ter sido campeão.
O neerlandês tinha a vitória quase como uma obrigação
Todavia, o que une estes pilotos e os distancia de Max Verstappen é o facto de não terem em cima dos ombros a pressão de serem campeões com um adversário à espreita para ‘roubar’ o primeiro lugar.
O piloto neerlandês tinha a vitória quase como uma obrigação, até porque já não o fazia desde o Grande Prémio de Espanha, em junho.
Era uma tarefa difícil, até porque não conta com o melhor carro da grelha, mas a sua qualidade enquanto piloto acabou por fazer o resto.
O que fez o piloto é algo raro de replicar, e só ocorreu em 0,005% das vezes, ou seja, em seis dos 1122 Grandes Prémios.
Foi ultrapassando cada carro que surgia à sua frente de uma forma subtil, mas frenética.
Logo após os semáforos ficarem verdes, passou diretamente para o 10.º lugar e na volta 6 já era oitavo. A partir daí, foi só continuar o trabalho que já tinha iniciado.
Com a crença de que iria surgir uma bandeira vermelha que lhe possibilitaria uma troca ‘gratuita‘ de pneus, Verstappen manteve-se em pista e deixou que os seus adversários fossem às boxes.
E estava certo, a meio da prova, Franco Colapinto bateu e a bandeira vermelha foi levantada.
A Red Bull ficou em êxtase e acabou por ser o cenário perfeito para o neerlandês não deixar escapar o triunfo.
Verstappen conseguiu venceu, quebrou o ‘jejum‘ e somou 25 pontos importantes na luta pelo campeonato de pilotos.
A três provas do final da temporada, lidera com 393 pontos, seguido de Lando Norris que conta com 331 pontos.