OC BARCELOS CONQUISTA A WSE CONTINENTAL CUP
Foto: FPP
O OC Barcelos venceu o FC Porto por 4–3 na final da WSE Continental Cup, disputada neste domingo, somando o seu segundo título na competição, 34 anos depois da conquista de 1991.
Fonte: FPP
Primeiro tempo intenso e reviravolta do OC Barcelos
O jogo começou intenso, com oportunidades para ambos os lados que obrigaram Guillem Torrents e Xavi Malián a várias intervenções de qualidade, mantendo o nulo no marcador.
A partir dos 10 minutos, o encontro entrou numa fase mais controlada, até que aos 19 minutos Edu Lamas abriu o marcador para os dragões. A resposta barcelense foi imediata, com Carlitos Ramos a empatar aos 20 minutos.
A dois segundos do intervalo, após uma transição conduzida por Ivan Morales e Tato Ferruccio, Carlitos Ramos bisou, completando a reviravolta e levando o OC Barcelos a vencer por 2–1 para o intervalo.
Segunda parte com emoção e golos decisivos
No regresso dos balneários, foi o OC Barcelos que ameaçou logo nos primeiros instantes e acabou por ampliar para 3–1 aos 27 minutos, por Kilian Gil, aproveitando uma recarga após defesa de Malián e levantando a bola com uma picadinha subtil, assinando um grande golo.
O FC Porto reagiu e entrou no seu melhor momento do jogo e, aos 31 minutos, após uma jogada em que a bola sobrou para Carlo Di Benedetto, travado em falta dentro da área, o capitão Gonçalo Alves reduziu para 3–2, de grande penalidade.
O jogo manteve-se equilibrado até aos últimos minutos, com oportunidades para ambos os lados.
Nos minutos finais, o FC Porto aumentou a pressão na tentativa de chegar ao empate, mas foi o OC Barcelos quem voltou a ser eficaz: aos 45 minutos, Kilian Gil recuperou a bola e iniciou a jogada que terminou com Ivan Morales a fazer o 4–2.
Ainda houve tempo para Rafa reduzir, com um remate desviado num defesa barcelense (4–3), mas o resultado já não se alterou.
Reações à vitória
Rui Neto (Treinador do OC Barcelos)
“Esta vitória é mais do que tudo importante para nós, porque ajuda-nos a perceber que temos qualidade e a consolidar aquilo que é o nosso processo.
É uma equipa nova, completamente diferente da do ano passado, mas com muita qualidade.
Hoje fizemos um grande jogo contra uma grandíssima equipa, que valorizou muito aquilo que foi o espetáculo e a nossa vitória.
De uma forma geral, penso que fomos justos vencedores.”
Luís Querido (Capitão do OC Barcelos)
“É uma felicidade extrema.
Cada vez que se ganha, é sempre uma sensação única — e eu nunca me vou cansar de ganhar, porque ganhar é bom.
Hoje é tempo de festejar um título que considero mais do que justo.
O Barcelos já vinha a praticar um hóquei espetacular e, no conjunto dos dois jogos, fomos a melhor equipa da competição. Acho que somos justos vencedores.
Estamos a começar a época com cinco elementos novos, é preciso criar rotinas, mas já mostramos um hóquei muito bom para esta fase.
Isso deve-se ao grande trabalho da equipa e ao grande trabalho do míster. E continuamos — porque, aqui em Barcelos, com este povo, queremos sempre ganhar.”
Paulo Freitas (Treinador do FC Porto)
“Sabíamos que ia ser um jogo com um grau de dificuldade elevado, ainda por cima disputado em casa do adversário.
Foi um jogo equilibrado, com muitos momentos em que estivemos por cima.
Cometemos alguns erros que nos saíram caro.
Estivemos na frente, tínhamos o jogo controlado e, logo a seguir, sofremos o empate, num momento em que precisávamos de manter a vantagem para intranquilizar o adversário.
A dois segundos do fim da primeira parte sofremos um golo em transição que não podia acontecer.
Na segunda parte, sabíamos que tínhamos de entrar fortes e determinados a não dar transições ao adversário, mas voltámos a falhar nesses momentos.
Estou orgulhoso daquilo que os jogadores fizeram. Dignificaram a camisola.
Somos um clube que vive de títulos e queríamos muito dedicar este troféu a toda a gente que nos apoiou hoje.
Não foi possível, mas melhores dias virão.
Continuaremos a trabalhar, de cabeça levantada, para honrar o clube que representamos.”
Gonçalo Alves (Capitão do FC Porto)
“Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Jogar em casa do Barcelos, com o ambiente e as dimensões da pista, é sempre diferente. Eles têm uma boa equipa e fizeram um bom jogo.
Faltou-nos um pouco mais de nós — temos de olhar para o que estamos a fazer e fazer uma reflexão individual e coletiva, porque precisamos de ser melhores para podermos chegar mais longe.
Parabéns ao Barcelos pela vitória e parabéns também à minha equipa, que se esforçou e lutou até ao último segundo.”
