OLIVEIRA GOSTAVA DE GANHAR ‘CRONO’ E SER LÍDER DA ‘VUELTA’

Nelson Oliveira - Foto: CML

Nelson Oliveira assume que gostava de ganhar o contrarrelógio inaugural de uma Volta a Espanha em bicicleta “especial” e vestir-se de vermelho.

Mas reconhece que há outros com o mesmo objetivo, ficando satisfeito já com uma vitória de etapa.

Gostaria, certamente, quem não gostaria, não é?

E mais para uma primeira etapa e ficar de vermelho.

Mas sabemos que há outros concorrentes, que não sou o único a partir, ou seja, que será difícil.

Mas lá estaremos para dar o nosso melhor”, prometeu em relação ao crono de sábado.

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Fonte: Lusa

Nelson Oliveira
Nelson Oliveira – Foto: Facebook | Nelson Oliveira

Nelson Oliveira já ficava satisfeito já com uma vitória de etapa

O ciclista da Movistar aponta como grandes favoritos:

o belga Wout van Aert (Visma-Lease a Bike), que conquistou o bronze na especialidade nos Jogos Olímpicos Paris2024;

e o britânico Joshua Tarlin (INEOS), que foi quarto, além de Primoz Roglic, o três vezes campeão da Vuelta.

O contrarrelógio de 12 quilómetros, entre Lisboa e Oeiras, vai marcar o arranque da 79.ª Volta a Espanha, prova que parte pela segunda vez de Portugal, depois da estreia em 1997.

Será também o início da 21.ª grande Volta de Nelson Oliveira, que garante não estar à procura de ser o luso com mais presenças nas três ‘grandes’.

Não será a mais especial, mas será especial por sair do nosso país.

No final de contas, foi aqui que tu cresceste, foi aqui que tu te formaste e sair de um sítio ao redor da tua gente tem o seu sabor especial e à parte, põe-te uma pressão extra, mas boa”, assumiu.

Nelsinho’ também está de olho na terceira etapa, que liga a Lousã a Castelo Branco, por ser esse o ‘seu’ território.

Lousã é uma das principais zonas onde eu treino, porque tem a Serra da Lousã e o vivo ali perto e ainda agora, esta semana, lá estive”, revelou à agência Lusa.

O experiente corredor, de 35 anos, não esconde que “gostava de ganhar uma etapa”, quase uma década depois de ter conquistado a sua única em grandes Voltas precisamente na prova espanhola.

Enric Mas – Foto: Movistar Team

Enric Mas “será o principal líder”

Esse é o meu objetivo pessoal e depois, claro, chegar a Madrid.

E como equipa, é sempre o mesmo, o de trabalhar para os líderes e dar o meu melhor naquilo que a equipa me peça”, enumerou.

Detalhando que Enric Masserá o principal líder”, mas tanto Nairo Quintana como Einer Rubiopodem fazer uma boa Vuelta”.

Depois de não ter feito “um mau Tour”, apesar de ter faltado a vitória em etapas, a equipa espanhola tem “uma motivação extra” para uma edição em que não pode falhar.

São os 100 anos da Telefónica. No último dia, o crono parte do ‘distrito Telefónica’, como lhe chamam, e termina mesmo em frente da sede da Telefónica.

Ou seja, é uma pressão um bocadinho elevada, mas vamos dar o nosso melhor”, elucidou sobre o principal patrocinador da sua formação.

Oliveira
Nelson Oliveira – Foto: Getty Images

“Cada vez mais há um grande nível”

Oliveira garante que ele e os seus colegas não desanimam com as oportunidades que lhes fugiram, nomeadamente no Tour, ficando sim entristecidos e até com um “bocadinho de raiva”.

Mas reconhece que cada vez está mais difícil ganhar etapas.

Cada vez mais há um grande nível. O nível médio cresceu muito, ou seja, vamos cada vez mais rápido.

Antes chegava um grupo pequeno, agora já não chega um grupo pequeno, chega um pelotão inteiro.

O grupo médio cresceu muito e isso nota-se bastante”, salientou.

Com Tadej Pogacar a ganhar seis etapas rumo ao triunfo no Giro e outras seis no Tour, o ciclista de Vilarinho do Bairro confessa que os líderes não são como os de antigamente, que deixavam outros lutar pela vitória.

É uma mudança, porque cada vez é mais difícil de ganhar.

Se calhar alguns líderes, como a própria equipa está a trabalhar a etapa toda, pensam ‘vou dar esse presente aos meus companheiros de equipa, pelo menos ganhei.

Vocês estiveram a trabalhar o dia todo, pois se puder ganhar não vou deixar de ganhar outro’.

Porque não faz sentido. E então ganha”, descreve, admitindo que os ‘outros’ começam a ficar “um bocadinho saturados”.

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