TELMO PINÃO “SÓ DEUS SABE O QUE PASSEI”
Telmo Pinão foi ontem o sétimo classificado na prova de fundo de classe C2 do Campeonato do Mundo de Paraciclismo.
Uma corrida disputada no centro da cidade de Zurique, Suíça, com triunfo do francês Alexandre Leauté.
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Fonte: UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo
Telmo Pinão com perspetiva da batalha pela medalha de bronze.
A corrida de 62,7 quilómetros, disputada em dez voltas a um circuito praticamente plano, ficou marcada pelo ritmo muito intenso e pela velocidade elevada.
O francês Alexandre Leauté e o britânico Matthew Robertson destacaram-se dos demais e pedalaram na luta pela medalha de ouro.
O pelotão principal, no qual se manteve o português Telmo Pinão, manteve-se unido na perspetiva da batalha pela medalha de bronze.
Na frente, Alexandre Leauté atacou para vencer isolado, ao fim de 1h29m27s (média de 42,057 km/h).
Deixou Matthew Robertson a 45 segundos. No grupo de Telmo Pinão, a luta foi pelo posicionamento para um sprint que poderia garantir um pódio.
“O Telmo começou o sprint muito atrás, o que lhe pode ter custado algumas posições.
Mas é uma gestão difícil de fazer em corrida, porque também tinha de estar protegido do vento, sobretudo porque é um dos concorrentes só com uma perna”, explica o selecionador nacional, José Marques.
“…quando cortei a meta nem via bem…”
O paraciclista português, apesar de ter partido de trás, passou grande parte da concorrência, sendo o quinto do grupo de onze que discutiu o último lugar do pódio.
O belga Ewoud Vromant ficou com a medalha de bronze e Telmo Pinão foi sétimo classificado na geral final, a 7m54s.
“Só Deus sabe o que passei. A corrida foi toda muito rápida e intensa, praticamente sem pontos de descanso.
O esforço no sprint foi tão grande – dei 570 watts – que quando cortei a meta nem via bem, não sabia se já tinha passado a linha ou não”, ilustra Telmo Pinão.
A participação do paraciclismo português no Campeonato do Mundo, em Zurique, termina no próximo domingo.
Nesse dia, ás 8h45, Flávio Pacheco parte para os 57,8 quilómetros da prova de fundo de classe H4, que incluem uma volta ao circuito grande, por onde passam as provas de ciclismo, mais cinco voltas ao circuito urbano específico das corridas de paraciclismo