TRAIL DE SÃO MACÁRIO, DA MARRETADA AO CÉU!
Foto: Bruno Batista FotografiaPT
O GTT.SPS – Grupo Todo Terreno de São Pedro do Sul organizou, no passado dia 6 de Novembro, a 6ª edição do Trail São Macário, na Freguesia de Sul.
O evento teve 4 provas: o Ultra Trail com cerca de 45Km (3100D+), o Trail Longo com cerca de 28km (2100D+), o Trail Curto com cerca de 14 Km (800 D+) e uma caminhada de 8Km.
OPraticante.pt teve o privilégio de ser média partner do evento.
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Fonte: Pedro Garrido // OPraticante.pt
Fotos: Bruno Batista Fotografia / Frítz Photography
Da partida ao 1º abastecimento, em Fujaco
Com o aproximar da hora, e já com o nascer do dia, a organização pediu aos participantes para se aproximarem, para se prepararem para a partida!
Depressa saímos do asfalto e entramos pelos trilhos. Alguém dizia que o início ia ser “rolante”. De facto ainda sem saber realmente o que viria mais à frente, foram os quilómetros menos difíceis.. mas acreditem, não há quilómetros rolantes neste Trail!
Perto da aldeia de Fujaco começamos a subir, passando ao km 8 pelo primeiro abastecimento, para pouco mais à frente descer a primeira rabina em direção ao coração da aldeia de Fujaco.
Trilhos Incríveis, que marretada até à Pena
Logo depois do Fujaco, em direção à Pena, passávamos por dois trilhos incríveis: Trilho do Mestre e Trilho da Raposa e do Lobo.
Trilho do Mestre, com menos de 3km e 500 D+.. é de Mestre mesmo! É de levar o esforço físico para níveis extremos, em que a paisagem nos faz suportar a dor, a “marretada”, e gostar tanto disto!
Nesta altura, a grande altitude, fazia frio, as nuvens envolviam a serra, já a correr de fita em fita aparecia a placa do Trilho da Raposa e do Lobo que nos levava até à aldeia da Pena, onde estava instalado o 2º abastecimento e a divisão das provas 45km e 28km.
Mesmo antes de chegar à Pena, sinal de perigo (quando aparecia era sinal que era perigo ao quadrado, pois toda a prova era.. TRAIL!) e… “como? é mesmo por aqui?”
Rapel por uma corda a descer abruptamente uns bons metros e logo a seguir atravessar uma cascata com ajuda de corda e de umas traves de madeira. Fantástico!
Covas do Monte e Fragoselas
Até ao terceiro posto de abastecimento, em Fragoselas a cerca do km 26, continuamos a percorrer os incríveis trilhos da Serra da Arada, com magnificas paisagens.
Mais um trilho com nome: Trilho da Cabra e do Lobo. Neste troço aparecia marcas de um percurso pedestre, que certamente fará as delícias a quem o fizer!
Tive também a companhia de uns belos exemplares bovinos, que com simpatia me cederam a passagem.
Agradeci e segui caminho a bom ritmo, e por bom digo ali entre os 6/7 min/km, passando na Aldeia de Covas do Monte e chegar a mais um objetivo intermédio, Fragoselas.
De marretada em marretada ao Céu no São Macário
De Fragoselas seguimos a descer até Deilão, com passagem pela sua ribeira. Nesta altura estávamos num ponto de menor altitude. A partir daqui seria de marretada em marretada, não havia como fugir.
O Sol começava a surgir, e com ele a visão de um vale em que já víamos as fitas por lá acima.. que subida! Mas ainda havia mais, muito mais! Era como de um aperitivo para o prato principal.
Cerca do km 32, havia a junção dos 45km e 28km, e era servido o “prato principal”: Trilho do Grilo, com cerca de 2km de extensão e 600D+.
Cheguei a pensar que o relógio tinha perdido sinal de GPS.. o conta-quilómetros não avançava. Que marretada até chegar ao São Macário. Realmente, o céu é dos santos e.. andamos lá próximo!
Do Santuário de São Macário à Meta
Após a valente caminhada, ou melhor escalada, chegamos ao Santuário de São Macário, onde era mais que necessário parar no quarto e último abastecimento antes da meta.
Com algumas energias (as possíveis) repostas, o percurso devidamente sinalizado – “local de culto, faça silêncio” – conduziu-nos por dentro de uma peculiar capela. Muito bom!
A partir daqui, foi sempre a descer, sempre envolvidos pela natureza, passamos por uma enorme levada de água após passagem na aldeia de Macieira, até chegar à Meta, até viver aquela emoção de mais um desafio concluído!
Tipologia do Percurso, Abastecimentos e Organização
O percurso era, na sua maioria, composto por “single tracks“, com trilhos muito técnicos e desníveis consideráveis.
O desenho do percurso estava excelente bem como a sua limpeza. Certamente, muitas horas de trabalho! Merece todo o nosso reconhecimento e agradecimento.
A marcação do percurso esteve muito bem. A fita de cor de laranja, ao contrário da cor branca da última edição, era bastante visível.
As divisões das provas muito bem assinaladas, com avisos de aproximação. Zonas de abastecimento, zonas de perigo, aquelas em que ainda era mais radicais, também devidamente sinalizadas.
Bons abastecimentos e em número certo. Após conclusão da prova, a organização deu um saco com diversos brindes, em particular uma tigela e uma caneca que viriam a ser utilizados para o almoço com música ao vivo.
Excelente forma, original, divertida e amiga do ambiente, de terminar este magnifico evento!
A equipa OPraticante.pt destaca-se através de Pedro Garrido
OPraticante.pt esteve presente com quatro atletas. Na distância de 45 km por Pedro Garrido – 05h40m41s, que obteve o 1º geral.
Já na prova do Trail Curto por João Garrido – 01h41m11s, 7º da Geral/ 3ºM40, por Mafalda Pereira – 2h16m25s, 69º da Geral/ 9ºFSEN e por Marta Carmo – 2h16m25s, 70º da Geral/ 7ºF40.
