Europeu de Sub-22 (masculinos)

Campeões destronados

O lugar de honra do 2.º dia de competição do torneio de masculinos do Campeonato da Europa de Sub-22, que termina amanhã na Praia da Ribeira, Albufeira do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, pertence aos russos Velichko e Sivolap, 27.ºs do ranking, que passaram a fazer parte do rol de favoritos, depois de afastarem os noruegueses Christian Sandlie Sorum e Runar Torsvik Sannarnes, campeões europeus de Sub-22 (Turquia, 2014), mas que agora tiveram de se contentar com o 5.º lugar.
Contudo, os russos ainda não estão na final, pois vão defrontar os polacos Michal Bryl e Kacper Kujawiak, vencedores do Mundial de Sub-21 (Chipre, 2014), que afastaram 2-1 (16-21, 21-19, 15-10) os alemães Niklas Rudolf e Clemens Wickler, campeões europeus de Sub-20 (Itália, 2014).
Os franceses Di Giantommaso e Thiercy, medalhados com o bronze no Mundial de Sub-21, ultrapassaram (2-1: 19-21, 21-18 e 15-11) os austríacos Ermacora e Pristauz-Telsnigg e vão defrontar, na meia-final, Perusic e Vana. Os checos cilindraram (2-0: 21-13 e 21-14) os italianos Giacomo de Fabritis e Davide Pellegrino, após terem protagonizado, na 1.ª Ronda, um dos mais espectaculares jogos de masculinos, frente aos dinamarqueses Abell e Trans. Na «negra», os nórdicos, que estiveram a vencer por 9-5, viram os seus adversários somar sete pontos consecutivos (9-12). Ainda igualaram (13-13), mas os checos selaram o triunfo com um bloco, para alegria do seu compatriota Jan Hroneck, Vice-Presidente da CEV e Presidente do Júri do Europeu de Sub-22. Ver Calendário de jogos aqui

Diogo e Tomás no 9.º lugar

Quanto aos portugueses, Diogo Maia e Tomás Silva começaram bem o dia: venceram (2-0: 21-17 e 21-18) os eslovenos Simon Kosir e Jernej Tomazin, garantindo a passagem à 2.ª Ronda e, por consequência, o 9.º lugar.
Seguidamente, enfrentaram os austríacos Ermacora/Pristauz-Telsnigg, 5.ºs do Ranking, que se mostraram muito fortes para os portugueses: 2-0 (21-16 e 21-13).
Com esta prestação, Diogo e Tomás somaram mais uma classificação no top ten europeu. Depois de ter sido, no ano passado, 8.º no Europeu de Sub-20, o duo dinâmico alcançou o 9.º posto final do Europeu de Sub-22, rectificando um começo menos bom na competição.

Diogo Maia: “Entrámos neste último jogo relativamente bem, mas depois houve momentos em que eles foram mais fortes do que nós, temos de admitir. Não conseguimos gerir isso da melhor maneira, mas demos o nosso máximo e creio que representámos bem o País. Este é o nosso primeiro Europeu de Sub-22, pelo que gostaríamos de poder representar outra vez Portugal e tentar melhorar esta classificação”.

Tomás Silva: “Começámos por ter o objectivo de passar a fase de grupos. Tínhamos uma poule relativamente acessível, com uma dupla de Inglaterra que, contudo, se apresentou a um bom nível.
Apurámo-nos para a fase eliminatória como terceiros classificados e assim defrontámos um segundo classificado de outra poule, a Eslovénia. Conseguimos ganhar e agora, na 2.ª Ronda, defrontámos o primeiro classificado da poule do Bernardo Silva e do Bernardo Leite.
A verdade é que teríamos de usufruir de alguma sorte à mistura para podermos ultrapassar os austríacos. Nos finais dos sets, a qualidade dos austríacos veio ao de cima e acabaram por vencer com alguma naturalidade”. Ver vídeo aqui

Bernardo Silva e Bernardo Leite não conseguiram resistir aos italianos Giacomo de Fabritis e Davide Pellegrino (0-2: 14-21 e 15-21), tendo terminado este Europeu de Sub-22 na 17.ª posição classificativa.

Bernardo Leite: “O jogo de ontem (Espanha) provocou um desgaste muito grande na nossa dupla. A meio do terceiro set comecei a ter caibras. Foi um desgaste muito grande, não só a nível físico como também emocional, dada a forma como o jogo decorreu, e nós tentámos corresponder ao apoio do público.
Os italianos são altos, fisicamente muito fortes e, temos de o dizer, jogaram muito bem. Melhor do que nós, pois nós não conseguimos estar ao nosso melhor nível”.

Bernardo Silva: “Como balanço da nossa participação, creio que podíamos ter feito um pouco melhor no nosso primeiro jogo. Podíamos ter feito um segundo set e se calhar um terceiro como fizemos no primeiro. No jogo de ontem de manhã, contra a Bulgária, também entrámos desconcentrados. Estivemos ao nosso nível só no segundo set e ganhámos por uma vantagem grande. Se tivéssemos vencido esse jogo e, com a vitória sobre a Espanha, íamos apanhar uma dupla terceira classificada na sua poule em vez de um adversário tão forte.
Mas foi bom, porque habitualmente não jogamos juntos e tivemos apenas duas semanas de treino em conjunto. Atingimos os 16 avos-de-final e eu tenho apenas 18 anos e o Bernardo Leite 19, pelo que ainda temos mais dois torneios de Sub-22 para fazer.
Gostaria de salientar que o Pombeiro e o Jardim tiveram duplas muito difíceis no seu grupo, mas conseguiram jogar bem e foi por muito pouco que não passaram e, por isso, estão de parabéns”.

Texto/foto: Jorge Castro

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