ERICEIRA PRO VAI PARA A ÁGUA

Praia de Ribeira d'Ilhas - Foto: Jorge Matreno/ANSurfistas
O Ericeira Pro, terceira de cinco etapas da Liga Surf 2025, vai para a água esta sexta-feira, com a chamada a estar marcada para as 7 horas, na praia de Ribeira d’Ilhas.
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Fonte: Associação Nacional de Surfistas
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Os melhores surfistas nacionais estão, assim, a postos para iniciar três dias que se esperam de intensa competição numa das ondas mais míticas do surf nacionais e europeu.
A ação vai arrancar com os trials masculinos, prosseguindo, depois, com a ronda inaugural masculina e também a feminina.
Teresa Bonvalot e Tomás Fernandes, vencedores da segunda etapa da Liga MEO Surf 2025, vão competir com as licras amarelas.
Licras que simbolizam a liderança dos respetivos rankings e da disputa pelos títulos nacionais máximos do surf nacional.
No caso masculino, Tomás divide essa liderança com Luís Perloiro.
Etapas da Liga Nacional de Surf na Ericeira – Curiosidades
A edição de 2025 vai ser a 16.ª consecutiva em que a Liga MEO Surf passa por Ribeira d’Ilhas.
Desde 2010 que os melhores surfistas nacionais têm paragem obrigatória nas famosas direitas da Reserva Mundial de Surf da Ericeira;
Foi em Ribeira d’Ilhas que a 22 de maio de 1977, há praticamente 48 anos, se realizou o primeiro campeonato do surf português, que foi vencido por João Moraes Rocha;
Esta é uma etapa com uma grande variedade de vencedores, pois em 30 edições foram 19 os surfistas a já terem vencido na Ericeira;
O surfista com mais triunfos é Tiago Pires, com cinco vitórias (1997, 2005, 2010, 2015 e 2017), mesmo tendo em conta que não competiu por Portugal durante a longa passagem pelo circuito mundial de surf;
Depois de “Saca”, segue-se Paulo “do Bairro” Rodrigues com três triunfos, enquanto Justin Mujica, Vasco Ribeiro, Tomás Fernandes, João Antunes e Afonso Antunes somam todas duas vitórias;
Tiago Oliveira, Marcos Anastácio, José Gregório, Mica Lourenço, Gustavo Gouveia, Ruben Gonzalez, Frederico Morais, Miguel Blanco, Gony Zubizarreta, Halley Batista, Joaquim Chaves e Guilherme Ribeiro venceram por uma ocasião na Ericeira.
“…passo muito tempo a surfar a onda de Ribeira d’Ilhas.” Joaquim Chaves
Joaquim Chaves, campeão nacional de 2023 e atual top 5 da Liga MEO Surf referiu:
“Apesar de não ser natural da Ericeira, há muitos anos que vivo aqui e passo muito tempo a surfar a onda de Ribeira d’Ilhas.
É uma onda que senti muita dificuldade em surfar ao início, mas que hoje sem dia já me sinto muito mais confortável.
Sem dúvida que sinto um pouco de vantagem em competir em Ribeira d’Ilhas, porque, quer seja por falta de opção ou falta de motivação para treinar.
Acabei surfando a onda em dias que quase ninguém tem vontade de surfar.
Acabo por ter algumas horas de surf em Ribeira d’Ilhas a mais que a concorrência e isso pode ser um ponto a meu favor.”
O circuito feminino já passou por 26 graças pela Ericeira, sendo Patrícia Lopes a surfista com mais triunfos (6 vezes).
Teresa Bonvalot e Carolina Mendes venceram a etapa em quatro graças e o atual campeã nacional pode aproveitar a edição deste ano para se aproximar do recorde de triunfos;
Na lista de vencedores na Ericeira segue-se Joana Rocha com três triunfos e com duas vitórias estão Teresa Abraços, Carina Duarte e Camilla Kemp.
Enquanto Marta Rafael, Maria Abecasis e Keshia Eyre venceram numa ocasião.
Em prova estarão, igualmente, vários surfistas locais de Ribeira d’Ilhas, como o campeão nacional de 2023 Joaquim Chaves, Afonso Antunes, Henrique Pyrrait, Martim Fortes ou Constância Simões.
“…competi desde pequena nos circuitos do Ericeira Surf Clube…” Constância Simões
Constância Simões, atual top 8 do ranking feminino Liga MEO Surf declarou:
“Desde cedo que tenho uma relação especial com a onda de Ribeira d’Ilhas, a praia e o ambiente desta etapa.
Já foram vários os momentos em que aqui competi desde pequena nos circuitos do Ericeira Surf Clube, regionais, entre outros, e tirei alguns bons resultados.
Penso que a ideia de o fazer novamente, novos laços e obter resultados nesta mesma onda me deixariam de coração cheio.
Será certamente um desafio porque o nível é muito bom.
Vamos torcer para ter condições clássicas como é característico de Ribeira d’Ilhas e dar um bom espetáculo de surf a quem nos for ver competir.”
Todos eles a postos para tirar partido do conhecimento local e fazer um bom resultado em “casa”.