Filipa Castela uma pessoa de emoções fortes

Filipa Castela tem 39 anos e é natural de Lisboa. É uma mulher do desporto. Pratica a nível competitivo Spartan Race, Trail Running, Natação e Swimrun.

Dedica ainda algum tempo ao Yoga, Pilates e Treino Funcional. No passado foi federada em Ginástica Rítmica Desportiva e praticou canoagem.

Começou na natação aos 4 anos de idade “sempre pratiquei natação, e após um interregno de 12 anos (entre os 21 e os 33 anos), voltei a praticar este desporto de forma federada.”

Filipa Castela “Nunca mais deixei de praticar estas duas modalidades”

Já o trail running apareceu 10 anos “depois de ter começado a correr em asfalto. Queria participar na minha primeira prova de Spartan Race (em 2015) e nunca tinha feito um trail, pelo que considerei importante realizar uma prova de trail previamente. A partir daí apaixonei-me e nunca mais deixei de praticar estas duas modalidades.”

A prática de Swimrun é muito mais recente “ em 2017 apareceu a primeira prova em Portugal, inscrevi-me para experimentar e adorei!”

Descreve-se como uma pessoa de emoções fortes, apaixonada pela vida e pelo mundo “vivo com a filosofia de dar sempre o meu máximo para todos os dias ser uma melhor versão de mim própria, seja no desporto ou no trabalho. Toda a minha energia e todos os meus sonhos se concentram no desporto e nas viagens que quero realizar. Para além de fazer desporto e viajar, adoro cozinhar e ler.”

O Praticante entrevistou Filipa Castela para ficar a conhecer melhor a ateta.

O que a levou a praticar esses desportos?

Natação: O que começou como uma obrigação imposta pelos pais, cedo se tornou numa paixão.

Trail/Spartan: O desafio, o superar dos nossos limites, a imprevisibilidade (a todos os níveis) e o contato com a natureza.

O Swimrun foi o claro ‘casamento’ entre as minhas duas modalidades mais fortes.

Quais os resultados que costuma obter?

Top 10 a nível nacional e muitas provas no pódio; tanto na natação, como no trail, Spartan e Swimrun.
“Sou uma pessoa confiante e bastante objetiva; e se as fotografias passam uma mensagem de dureza é porque realmente estas provas nos transformam e nos obrigam a ir muito além dos nossos limites.”

Qual foi o melhor resultado que já obteve?

Tenho muitos primeiros lugares, mas existem alguns resultados que nunca se esquecem:
. 1º lugar Spartan Race Super Elite Barcelona 2015: A primeira primeira prova Spartan Race, e comecei logo com uma vitória.
. 1º lugar Spartan Race Mountain Series Europe 2018
. 1º lugar Swimrun Alqueva 2018, Equipas mistas: A primeira prova em que fiz equipa com o meu marido, Samuel Castela.

As suas fotografias fazem-na parecer uma pessoa bastante determinada e “dura”. É assim na realidade?

Determinada sim; dura nada! Faço competição desde sempre e às vezes até sou acusada de não levar as coisas tão a sério como deveria. É verdade que sou uma pessoa confiante e bastante objetiva; e se as fotografias passam uma mensagem de dureza é porque realmente estas provas nos transformam e nos obrigam a ir muito além dos nossos limites.

Que conselhos dá às pessoas que se sentem acomodadas e que não querem praticar desporto?

Existem várias coisas que podem funcionar, dependendo da pessoa. Encontrar um grupo de treino com quem se possam comprometer e partilhar experiências; procurar locais de treino que sejam inspiradores; descobrir o desporto que as faz sentir melhor; ter um objetivo bem definido (inscrever numa prova, por exemplo). Mas acima de tudo, devem tomar consciência de que se hoje não encontram tempo para praticar desporto, mais tarde vão ter de arranjar tempo para tratar da doença.

Expectativas para 2019.

Tanto eu como o meu marido temos alguns objetivos bastante aliciantes já definidos para o próximo ano: primeiro que tudo, queremos conseguir novamente o apuramento para os Campeonatos Europeu, Mundial e Mundial Trifecta da Spartan Race. Para além desses três grandes objetivos, temos já muitas ideias na agenda: Transgrancanaria 65k, Maratona de Viena, Circuito Nacional de Ultra Trail, Circuito de Itália Spartan Race, UltraTrail 220k na Ásia, e também algumas provas do circuito nacional de Swimrun.

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Texto: Daniela Rebouta
Fotos: Cedidas por Filipa Castela