Holanda assume liderança

Holanda vence e assume liderança

A Holanda venceu ontem, por 3-0 (25-14, 25-18 e 25-17) uma Selecção Nacional de Seniores Masculinos praticamente irreconhecível na sua forma de estar e de jogar; invisíveis as suas características principais, como a combatividade e alegria, a equipa portuguesa apresentou-se em campo algo apática e aparentando algum cansaço físico.
Pelo contrário, a Holanda, que anteontem tinha vencido sem convencer, mostrou-se ontem claramente a um nível superior e, pelo rigor e eficácia do seu jogo, especialmente no bloco, foi recompensada com a segunda vitória (6 pontos) na Poule A2.

POR-Jogo Por Holanda

Amanhã (12h30 em Portugal), a equipa lusitana mede forças com a Eslováquia, que defronta hoje a Turquia.

Num jogo arbitrado pelo chinês Wensheng Luo e pela alemã Heike Kraft e disputado em Izmir, onde está a ser realizada a Poule A2 da Liga Mundial 2016, o Seleccionador Nacional Franccisco dos Santos fez alinhar de início Marcel Gil, Marco Ferreira, Alexandre Ferreira, Fabrício Silva (Kibinho), Miguel Rodrigues e André Lopes; Ivo Casas (L).
Pelo lado da Holanda, Gido Vermeulen fez alinhar Daan Van Haarlem, Maarten Van Garderen, Jasper Diefenbach, Thomas Koelewijn, Wouter Ter Maat e Wouter Ter Maat; Dirk Sparidans (L).

A história dos Set’s entre Portugal e a Holanda

1.º Set 

A Holanda entrou no jogo bem melhor do que Portugal, sobretudo com mais eficácia e proveito nos serviços e mais usufruto nas acções defensivas, tendo chegado ao primeiro tempo técnico com uma vantagem de três pontos, que tratou de aumentar logo de seguida (10-5), obrigando Chico dos Santos a reunir com os seus pupilos.
E o Seleccionador Nacional foi obrigado a chamá-los novamente pouco depois, quando viu as dificuldades sentidas pela equipa das quinas na recepção e, por consequência, em atacar com eficácia (12-5).
Um bloco de Miguel Tavares Rodrigues estancou a hemorragia pontual (13-6), mas não a conseguiu debelar (16-8).
A perder por 10-20, Portugal procurou reagir (13-20), mas o alto e sólido bloco holandês voltou a mostrar-se intransponível e a laranja mecânica rubricou o triunfo por um desequilibrado 25-14, selado com um ataque de Robbert Andringa, melhor pontuador, com quatro pontos, no primeiro parcial.

2.º Set 

O segundo set foi uma fotocópia do primeiro: completamente descaracterizada – apática e intranquila, características completamente opostas ao que é habitual no seis lusitano –, a equipa das quinas foi presa fácil para os serviços dos holandeses (0-4).
Hugo Gaspar fez o primeiro ponto para a equipa portuguesa, que, contudo, continuou a mostrar-se pouco agressiva, não conseguindo recuperar terreno (4-8).
Tal como o oposto, o central Marcel Gil somava pontos, mas Portugal continuava a não conseguir conquistar terreno no marcador (6-12).
Assim, a equipa de Gido Vermeulen atingiu a segunda paragem obrigatória completamente lançada para a vitória no set (16-9), consolidada com um ponto de Wouter Ter Maat: 25-18.

3.º Set 

Novamente a Holanda a chegar com facilidade, mercê da diferença da defesa alta das duas selecções, a uma vantagem inicial confortável e motivadora (4-0, 8-4).
Hugo Gaspar assumia-se como o artilheiro de serviço, mas os jogadores capitaneados por Jasper Diefenbach não se mostravam impressionáveis, tendo atingido o segundo tempo técnico com mais um bloco (16-10).
E foram mais dois blocos consecutivos que distanciaram ainda mais os homens dos Países Baixos (19-12).
O resultado de 25-17 e a vitória no jogo, a segunda na Poule A2, recompensou a maior clarividência e eficácia (ataque e, sobretudo, bloco) da Holanda.

Holanda

Wouter Ter Maat, autor de 17 pontos, foi o melhor pontuador do jogo, com Hugo Gaspar a facturar por 14 vezes no ataque.

No final, o Seleccionador Nacional reconheceu:

Anteontem, disputámos o segundo jogo da poule, que terminou 3-1 mas foi bastante disputado [2h05 de duração] e terminou tarde, com menos de 24 horas a separar do jogo de ontem. Acho que o motivo principal foi esse: os jogadores estavam muito cansados e não conseguiam reagir. Mas isso faz parte da forma de disputa deste torneio.
Hoje, a equipa vai estar mais descansada e vamos tentar ganhar o jogo com a Eslováquia. O nosso objectivo era vencer esta poule, mas agora temos de lutar para conseguir uma vitória.
A equipa está a crescer, excepção feita a este jogo com a Holanda, em que não demos qualquer passo em frente no nosso desenvolvimento como equipa, ao contrário de ontem, sobretudo no terceiro set, em que recuperámos de 20-24 para uma vitória por 30-28. Isso é importante para conseguirmos estar no máximo das nossas capacidades na Final Four, em Matosinhos“.

Parceiros