JOÃO FERREIRA DOMINA DAKAR “ESTRELAS”
João Ferreira - Foto: Rally Raid Portugal
João Ferreira (Toyota) venceu os grandes nomes da elite mundial do cross-country na etapa mais longa do bp Ultimate Rally-Raid Portugal.
Chegou a Badajoz com uma vantagem de 3m24s sobre o sul-africano Saood Variawa (Toyota).
Dia histórico para os pilotos portugueses com João Ferreira na liderança
Num dia histórico para os pilotos portugueses, Gonçalo Guerreiro (Challenger) e João Dias (SSV) venceram a etapa nas respetivas categorias.
O australiano Daniel Sanders (KTM) continua a dominar nas motos.
A primeira etapa já havia sido exigente, mas a segunda apresentou dificuldades ainda maiores aos competidores, que enfrentaram um percurso longo e desafiador – foi um dia típico de Dakar, só que na Europa, surpreendeu muitos pilotos.
Nos carros, a Toyota continua a dominar, com três carros à frente da Ford. O melhor piloto da Dacia é Sébastien Loeb (7º).
O português João Ferreira (Toyota Hilux T1+ Evo) estabeleceu um ritmo impressionante desde os primeiros quilómetros.
No km 160, ele liderava com uma diferença de 7 segundos sobre Henk Lategan e, no km 221, sua vantagem sobre Lucas Moraes (Toyota Hilux T1+ Evo) havia crescido para 2m28s.
O piloto brasileiro perdeu algum tempo com um furo no início da etapa.
O ataque total valeu a pena com uma vitória de etapa, terminando 1m03s à frente de Carlos Sainz.
João Ferreira arranca em terceiro e termina na liderança geral do Rally-Raid Portugal
Depois de deixar Grândola em terceiro (+1m52s), o jovem piloto de Leiria chegou a Badajoz na liderança geral do bp Ultimate Rally-Raid Portugal, com uma vantagem de 3m24s sobre o seu companheiro de equipa.
“Foi um dia muito longo e difícil. Tivemos alguma dificuldade em entrar em Espanha e encontrar um bom ritmo.
Mesmo assim, ganhamos tempo com nossos rivais e estou muito satisfeito com nosso desempenho”, explicou o piloto, que conquistou sua primeira vitória de etapa na categoria principal do Campeonato Mundial de Rally-Raid.
O sul-africano Saood Variawa correu consistentemente entre os mais rápidos e subiu para o segundo lugar geral.
“A etapa foi muito longa e sinuosa, principalmente na zona montanhosa. Perto do final, tive que desacelerar por causa dos pneus, mas o resultado é bom e estou otimista sobre o que está por vir,” disse ele.
A etapa mais longa também foi extremamente punitiva.
Tricampeão mundial Nasser Al Attiyah “Temos três dias para nos recuperar”
Nasser Al Attiyah pressionou bastante na tentativa de recuperar o tempo perdido com três pênaltis impostos pelos organizadores.
Mas seu esforço foi desfeito por volta do km 200 devido a um problema mecânico que lhe custou 8 minutos.
“Uma etapa longa, com terreno muito escorregadio, que não correu bem para nós devido a vários problemas. Temos três dias para nos recuperar”, disse o tricampeão mundial.
O francês Sébastien Loeb perdeu mais de 14 minutos trocando o braço de suspensão de seu Dacia Sandrider, trabalho auxiliado pela companheira de equipe Cristina Gutiérrez.
“Dia difícil, perdemos muito tempo,” comentou o francês.
O vencedor do Dakar de 2025, Yazeed Al Rajhi (Toyota Hilux T1+ Evo), rolou e abandonou, enquanto Juan Cruz Yacopini (Toyota Hilux T1+ Evo) saiu da estrada.
A resistência do rali também teve seu preço na categoria Challenger.
Mattias Ekström (Can-Am XRS), que liderava, aposentou-se com problemas mecânicos.
Gonçalo Guerreiro (Taurus Evo Max) venceu a etapa e assumiu o comando da categoria, à frente dos pilotos que lutavam pelo título mundial.
“Um dia difícil, muito exigente com os pneus. Tive que administrar muita coisa porque o terreno era muito abrasivo.
Perdi tempo no começo na poeira de outro carro, mas depois disso tive um palco limpo”, disse ele.
Foi também um dia positivo para João Dias (Polaris RZR), que venceu a etapa e lidera a categoria SSV.
Alexandre Pinto (Polaris RZR) esteve consistentemente entre os mais rápidos e ganhou uma sólida vantagem sobre Enrico Gaspari na luta pelo título mundial.
Etapa foi extremamente difícil para as motas
A segunda etapa foi extremamente difícil e difícil para os pilotos, que terminaram com pneus muito desgastados.
A KTM continua na frente, mas a Honda continua sendo uma ameaça.
Daniel Sanders (KTM 450 Rally) e Tosha Schareina (Honda CRF 450 Rally) lutaram pela vitória na etapa até o quilômetro final, com Sanders sendo o mais rápido por apenas 4s — após 429 km contra o relógio!
“Dia muito longo. Os últimos 60 km em Espanha foram realmente escorregadios. O curso foi muito técnico e muito divertido.
É importante ter uma boa vantagem para amanhã, que será mais um dia difícil,” disse o vencedor da etapa.
Tosha Schareina (Honda CRF 450 Rally) foi a todo vapor, mas ainda assim perdeu 25s para a líder geral.
Ricky Brabec está em terceiro lugar geral. “Etapa muito longa, com um percurso muito diferente em Espanha.
A parte final foi difícil porque eu estava sem pneus e tive que diminuir a velocidade”, explicou o piloto da Honda.
Bruno Santos “Comecei bem e estava sempre no ataque”
Excelente desempenho do português Bruno Santos (Husqvarna FR450 Rally), que terminou em 7º na etapa mais longa e subiu para segundo na categoria Rally2, superando muitos pilotos nas motos mais potentes do RallyGP.
“Comecei bem e estava sempre no ataque.
A principal dificuldade era pegar poeira de outro piloto, o que me custou tempo, especialmente nas seções mais lentas e entre as árvores.” disse ele.
Gonçalo Amaral (Honda CRF 450) está em segundo lugar na categoria Rally3 (16º no geral).
Dois pilotos dos 4 primeiros foram forçados a desistir.
O campeão mundial de Rally-Raid Ross Branch (Hero 450 Rally) foi o primeiro a abandonar após um acidente espetacular.
Adrien Van Beveren (Honda CRF 450 Rally) também desistiu após uma queda violenta que resultou em uma lesão no ombro.
Tobias Ebster (Hero 450 Rally) retirou-se voluntariamente.




