João Oliveira continua na luta

Partiram 245 atletas (entre eles cinco portugueses) para uma das maiores aventuras das suas vidas, a Transpyrenea. Uma prova composta por 866 kms com um total de 52 928 metros de desnível positivo, que terão de percorrer até um máximo de 16 dias.
Os atletas por muito já passaram nestes seis dias de competição que decorreram desde o inicio da prova, tendo ocorrido já várias desistências. Muitos atletas não conseguiram fazer a baixo do tempo limite, ao passar de cada ponto de controlo. Chuvas intensas e frio têm sido os principais factores para muitos não conseguirem progredir e desistirem.
João Oliveira – Uma prova de sofrimento
João Oliveira foi o português que desde bem cedo vincou os seus objectivos para esta prova, vencer a Transpyrenea e realizá-la no menor tempo possível.
Desde o tiro de partida que liderou a prova, chegando a ter cerca de 3 horas de vantagem sobre o segundo, vantagem essa que foi reduzida para escassos quatro minutos devido a perder-se. A liderança foi perdida no ponto de controlo (CP) 7 (221 kms), passando para a quarta posição. As coisas voltaram a piorar para o João que se perdeu novamente, desta vez cerca de um dia e mais de 50 kms sozinho. Voltou a dar sinais de vida no CP 8 (283 kms), onde já ia com cerca de 17 horas de atraso perante o actual líder.
João mostrou algo incrível, que tem enchido o coração de quem vai recebendo as notícias da sua classificação: mostrou que não desistiu dos seus objectivos e pouco a pouco vai recuperando lugares, tentando recuperar a liderança e atingir a vitória, um facto que seria histórico para o atleta e para o nosso país que em tão pouco tempo, e em várias modalidades, muito tem ganho!
A prestação dos restantes portugueses
Falar também do incrível desempenho dos outros portugueses que se encontram em prova.
Jorge Serrazina e João Colaço, que desde que se encontraram têm seguido juntos nesta aventura, ocupam de momento, respectivamente, o 41º e o 43º lugar no CP 10 (350 kms).
Daniel Dias já passou o CP 8 no 82º lugar, perdendo alguns lugares.
Célia Azenha, a única portuguesa em prova, não conseguiu continuar devido ao enorme temporal que se fez sentir num dos dias de prova e ficando muito perto do tempo limite acabou por não arriscar e terminar a sua prestação. O seu ultimo ponto de passagem foi em Merens Les Vals, 166 kms de prova.