Oscar Pelegrí vence 39.º Grande Prémio Abimota

O espanhol Oscar Pelegrí (Rádio Popular-Boavista) sagrou-se este domingo, em Águeda, vencedor do Grande Prémio Abimota / Altice 2018.

Mas foi o colega de equipa, David Rodrigues, que conquistou ao sprint a última etapa da prova, ao ser o primeiro a cortar a linha da meta na Avenida 25 de Abril, destacando-se do grupo que o acompanhava na fuga que foi formada nos derradeiros quilómetros da tirada.

David Rodrigues

Líder desde a segunda etapa, Raúl Alarcón (W52-FC Porto) acabaria por ser destronado esta tarde do primeiro lugar da Classificação Geral, perdendo a Camisola Amarela para o seu compatriota, que correu pela primeira vez o Grande Prémio Abimota.

Oscar Pelegrí venceu o Grande Prémio Abimota 

No início do Prémio não pensava que pudesse ganhar, mas sabia que estava muito bem fisicamente, porque os últimos treinos também correram bem.
Cheguei com o objetivo de trabalhar para a equipa, mas os resultados foram surgindo e cheguei à frente da Geral.
A equipa ajudou muito, até ao fim e foi quando começamos a aspirar a vitória da prova”, adiantou Oscar Pelegrí.

O corredor axadrezado não esconde, no entanto, que em termos pessoais gostava de discutir uma das etapas para vencer, mas sem nunca deixar de trabalhar para a equipa. “As coisas mudaram e pude vencer”, rematou o espanhol, que está a cumprir a primeira época pela Rádio Popular-Boavista.

Oscar Pelegrí
Oscar Pelegrí

O vencedor da tirada do dia, muito feliz com a conquista, comentou ter sido “uma etapa bastante difícil, onde estive o dia todo na fuga e no final tinha o Oscar Pelegrí com possibilidade de ganhar a prova.
Enquanto equipa conseguimos fazê-lo.
Eu, mesmo no fim, tentei surpreender e também consegui.
Foi uma vitória de muito sacrifício, mas já merecíamos, por isso, vamos festejar”, rematou o corredor, que apenas nos últimos metros acreditou que seria possível: “As forças estavam a terminar, mas há sempre um bocadinho mais de energia e levantar os braços sabe sempre bem”.

David Rodrigues

Ataques marcaram ultima etapa

A última etapa do Grande Prémio Abimota ficou marcada pelos diversos ataques e de vários corredores, ao longo dos 156,3 km que ligaram Anadia a Águeda, em mais uma corrida onde se registaram temperaturas elevadas. Uma das fugas chegou a levar sete minutos do pelotão.

A menos de 20 quilómetros da linha da meta, Raúl Alarcón, esgotado e sem forças, dava de si e descolava do grupo perseguidor da fuga, onde seguia na frente, acompanhado pelos colegas da equipa, levando a que os fugitivos se reorganizassem para reunir esforços e elevar a ambição de vencer a Geral.

David Rodrigues foi um deles. Sabendo que o colega Oscar Pelegrí poderia ser o novo Camisola Amarela, acabou por reunir forças para ganhar a etapa ao sprint e atacou já à chegada dos últimos quilómetros. César Martingil (Liberty Seguros-Carglass) terminaria em segundo lugar, posicionando-se logo a seguir Oscar Peligrí, que ficou na terceira posição e lhe deu o triunfo da classificação geral.

A composição da Geral Individual do Grande Prémio Abimota tem Oscar Pelegrí como líder, seguindo-se Luís Mendonça (Aviludo-Louletano-Uli), que ficou a cinco segundos e com Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira) no terceiro lugar, a 14 segundos do Camisola Amarela.

Sporting – Tavira vencedor colectivo

Sporting – Tavira o vencedor colectivo

Nas restantes classificações foi o Sporting-Tavira que venceu a Geral por Equipas.

Luís Mendonça triunfou na Classificação por Pontos e o colega de equipa, David de la Fuente (Aviludo-Louletano-Uli) venceu na Montanha. As Metas Volantes premiaram Pedro Paulinho (Efapel) e a Geral da Juventude permaneceu com Xuban Errazkin (Vito-Feirense-Blackjack), que tinha ganho a etapa do dia anterior.

A Geral Autarquias foi para o colega de equipa João Matias, a Geral Bolinhas ficou com César Martingil e o melhor corredor da Equipa de Clube da Geral foi Martin Lestido (Supermercados Froiz).

“ Tivemos luta até ao fim ”

Em dia de última etapa do 39.º Grande Prémio Abimota, o diretor da prova, Vital Almeida, veio fazer um balanço da prova, começando por dizer que desportivamente “os objetivos foram conseguidos porque tivemos luta até ao fim, como gostamos de ter.
O vencedor foi encontrado na última linha da meta, o que foi ótimo para a competição.
Estamos contentes e vamos começar a pensar já no próximo”. O dirigente lembra que serão 40 edições, um número que traz alguma responsabilidade,

Também porque já temos alguma história no ciclismo.
É uma satisfação sermos das provas por etapas mais antigas do calendário nacional e estamos contentes porque quer os corredores, como as equipas e toda a estrutura que se monta agradece-nos e gosta de vir à nossa prova.
E isso satisfaz-nos bastante.
Havendo competição até ao fim, então melhor ainda”, concluiu.

Durante os cinco dias, Vital Almeida volta a destacar o facto de ter havido competição até ao último momento e ao nível organizativo “não ter surgido nenhum acidente nem nenhum percalço.
Sabemos que na etapa de ontem dois ciclistas não tiveram a mesma sorte, e nós lamentamos, mas a questão da segurança todos os anos nos preocupa muito.
Portanto a este nível estamos muito contentes”, rematou Vital Almeida.

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Texto: M&A Creative
Fotos: João Fonseca

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