POMBAL – SICÓ DA TERRA À CIDADE
Não faltou música para nos animar - Foto: Organização
Decorreu no passado dia 23 de abril a oitava edição do Trail Running Pombal – Sicó, organizada pelos Bombeiros Voluntários de Pombal em parceria com o Município de Pombal e SC Pombal Trail Team.
O dinheiro das inscrições reverteu na sua totalidade a favor dos Bombeiros Voluntários de Pombal, dinheiro esse que vai possibilitar a aquisição de novos equipamentos de proteção individual.
Prova já emblemática no panorama nacional no que ao Trail Running diz respeito.
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Mais uma vez fomos muito bem recebidos pela organização, em especial pelo Sr. Presidente do Município de Pombal Pedro Pimpão e pela Sra. Vereadora do Desporto Gina Domingues, ambos a participarem no Trail Curto, e que antes da sua prestação nos prestaram umas breves declarações que podem ser visualizadas em:
Pedro Pimpão – Presidente do Município de Pombal
Gina Domingues – Vereadora do Município de Pombal
LUIZ MOTA E SOFIA VIEIRA APADRINHAM O TRAIL RUNNING POMBAL SICÓ
TRAIL RUNNING POMBAL SICÓ COM UMA BELEZA NATURAL EXTRAORDINÁRIA
Página do Pombal é desporto
Fonte: Nuno Fernandes // OPraticante.pt
Fotos: Cedidas pela organização
Trail Running Pombal – Sicó
A prova Trail Longo Rosa Albardeira 32km teve início por volta das 08h30 na Aldeia dos Poios, percorreu caminhos e trilhos da Serra do Sicó – Freguesia de Pombal, Redinha, Pelariga, e Vila Cã, com uma distância aproximada de 32 km com 1300 metros de desnível acumulado positivo e chegada/meta no Jardim do Cardal, na Cidade de Pombal.
O Trail Curto Cidade Pombal 18km teve início por volta das 9h30 em Pousadas Vedras, percorreu também trilhos da serra do Sicó, numa distância aproximada de 17 km com 615 metros de desnível acumulado.
A Caminhada da Serra à Cidade não teve carácter competitivo, teve início cerca das 10h em Monte de Vérigo e terminou também no Jardim do Cardal.
Luiz Mota e Sofia Vieira foram os padrinhos da 8 edição do Trail Running Pombal-Sicó, cujos objetivos são promover e desenvolver a prática de trail running, potenciar a prática de trail pelos grupos informais já existentes, promover e divulgar o concelho de Pombal – Serra do Sicó, e ao mesmo tempo sensibilizar para a preservação e conservação da Natureza.
É bom regressar, onde nos recebem tão bem!
“É bom regressar, onde nos recebem tão bem!
Hoje foi dia de regresso ao maciço do Sicó, para correr nos trilhos fantásticos do concelho de Pombal.
Mais um ano, mais um evento de elevada qualidade organizativa, com um percurso de qualidade elevadíssima e voluntários do melhor!
Foram alguns os amigos que marcaram presença, mas gostaria ter visto muito mais por cá. Sei que há muitas opções, esta teria sido uma excelente escolha.
Foi uma honra apadrinhar um evento desta qualidade. Obrigado e muitos parabéns a todos os participantes.
No plano competitivo corri os cerca de 34km, com quase 1500D+. Fui o 4° da geral individual, 1° veterano M50 em prova, com o registo de 3:28,15h.
No final, recuperação com fisioterapeutas, banho, almoço convívio e entrega de prémios.
Nota de registo para a participação, no Trail curto, do presidente da autarquia. Muito bem!
Gostei muito de regressar a Pombal e de correr na terra do meu saudoso Amigo e colega de curso, Luís Alexandre Carvalho Mendes, que visito na última subida da prova.
Saúde e até breve.” as palavras de Luiz Mota sobre a sua participação
A organização sempre cinco estrelas
O secretariado decorreu na Casa Varela, edificado nos anos 30 do século XX, construído na antiga estrada nacional N1, onde a linha dos caminhos-de-ferro e as suas cancelas davam entrada à ainda Vila de Pombal, este equipamento destina-se agora à área da Cultura através de um Centro de Experimentação Artística.
Um local para receber criadores nacionais e estrangeiros para desenvolver os seus trabalhos e desenvolver o seu caminho artístico.
À semelhança da última edição a organização disponibilizou diversos autocarros que saíram do estacionamento próximo do local da meta para os respetivos locais de partida, sem quaisquer atrasos.
Este ano voltei a participar no trail curto, fomos muito bem recebidos na Associação de Pousadas Vedras e tivemos a oferta de uns doces e um café antes do início da prova.
O Trail curto
Já sabia mais ou menos o que me esperava, uma parte inicial quase sempre em subida, pelo meio umas descidas técnicas em pedra onde não podemos facilitar para não contrair nenhuma lesão.
A anteceder o local do primeiro abastecimento nas Letras do Sicó, ao sexto quilometro de prova, podemos observar a magnifica paisagem em redor da serra, quem poder deve visitar este local, nem vão dar pelo cansaço.
De Vérigo ao cume da Serra de Sicó somos presenteados com orquídeas selvagens, madressilva, tomilho em flor, numa mistura de odores que entram pelas narinas e invadem a alma.
Esta serra, com 553 metros de altitude, é um dos magníficos exemplos de paisagem cársica da região, e que dá nome a todo o maciço calcário, sendo a mais alta do seu bloco ocidental.
Além dos extensos campos de lapiás, podem ser aqui encontradas outras formas cársicas de superfície e de profundidade.
É o caso das dolinas que se observam no vale que separa o Monte de Sicó do Monte do Ouro, e também o caso de alguns algares e lapas (Lapa da Cerâmica, Algar da Lagoa, Algar da Pena Só, Algar da Ervilha, entre outros) numa área que é hoje uma das mais procuradas pelos espeleólogos.
Após o primeiro abastecimento de líquidos e sólidos e já com as forças renovadas começámos a descer quase sempre em trilhos e sigle tracks até à Aldeia do Vale onde existiu um abastecimento de líquidos acrescentado e bem pela organização.
Aldeia do Vale, de origem medieval
A Aldeia do Vale, de origem medieval, é a mais antiga aldeia habitada do concelho. Preservando um aspeto rústico, apresenta uma arquitetura tipicamente tradicional à base de pedra calcária, com as suas eiras circulares.
No lugar podemos encontrar uma capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo do séc. XVIII, um fontanário e um bebedouro para animais do século XX, reedificado em 1997.
Em termos de marcação do percurso exemplar, na limpeza dos trilhos tenho que dar novamente os parabéns à organização pelo excelente trabalho que fizeram, já que não deve ser nada fácil limpar os mesmos pelo meio de tanta pedra.
Como frisei no início já esperava apanhar duas subidas complicadas para a parte final da prova, mesmo assim e com o cansaço acumulado nunca é fácil subir o ribeiro por entre pedregulhos, o que nos vale são os ramos dos arbustos que nos vão auxiliando.
E o que dizer da Subida da Corda (Cabaz Florido) ninguém está preparado para uma brutalidade daquelas!
São quase cem metros de uma subida que parece nunca mais ter fim e só mesmo com a ajuda de cordas se consegue transpor tamanha dificuldade, mas também se assim não fosse não teríamos o mesmo prazer de nos superarmos, tanto fisicamente como mentalmente.
Pombal à vista e o seu majestoso Castelo
E chegamos ao último abastecimento, recuperar forças para o que resta da prova já com Pombal à vista e o seu majestoso Castelo.
Onde a história se encontra intrinsecamente ligada à formação do nosso território nacional e origem de Pombal, insere-se num conjunto de praças militares (Montemor, Soure, Penela, Germanelo, Miranda do Corvo e Arouce) destinadas a constituir a cintura defensiva do Mondego, com a finalidade de vigiar e defender os acessos à cidade de Coimbra que, após a sua conquista definitiva, pelo exército de Fernando Magno, rei de Leão, em 1064, acabaria por determinar no vale do Mondego a linha de fronteira e a partir de onde se estendeu a Reconquista cristã.
No final da prova ainda recebemos um prémio de finalista, seguido de um saboroso almoço no Pavilhão Municipal com sopa, sandes de porco no espeto, bebida e sobremesa.
Finalizado o repasto decorreu no mesmo local a entrega de prémios aos grandes vencedores da geral masculina / feminina e por escalão etário.
OPraticante.pt esteve presente com 5 atletas nos 18 Km, Nuno Fernandes, David Silva, Miguel David, Tiago Esperança e Zina Fernandes.
