PORTUGAL FALHA OURO PELA TERCEIRA VEZ

Portugal

Foto: European Athletics Championships Roma 2024

Portugal voltou a falhar em Roma’2024 a subida ao lugar mais alto do pódio em Campeonatos da Europa de atletismo, tal como em Zurique’2014 e Barcelona’2010, na modesta sétima melhor presença desde Atenas’1982.

Com uma comitiva recorde de 50 atletas, 26 mulheres e 24 homens, Portugal contou apenas com oito finalistas, com lugares entre os oito primeiros, destacando-se os três medalhados e os dois quartos classificados.

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Fonte: Lusa

Prata para Pedro Pablo Pichardo e Bronze para Agate Sousa e Liliana Cá

Pedro Pablo Pichardo conquistou a medalha de prata no triplo salto, com novo recorde nacional (18,04 metros), Agate Sousa e Liliana Cá as de bronze, respetivamente, no comprimento (6,91 metros) e no lançamento do disco (64,53 metros), esta última valorizada com os ‘mínimos‘ para os Jogos Olímpicos Paris, na qualificação (64,72).

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Pedro Pichardo – Foto: FPA / Sportmedia

Perto do pódio ficaram Tiago Luís Pereira, no triplo, e Irina Rodrigues, no disco, com os quartos lugares conquistados nos respetivos concursos, enquanto a estafeta masculina 4×400 metros bateu duas vezes o recorde nacional, fixando-o em 3.01,89 minutos, na final, que terminou no sexto posto.

Destaque ainda para os oitavos lugares de Salomé Afonso, nos 1.500 metros, e Fatoumata Diallo, nos 400 metros barreiras, esta última ‘abrilhantada‘ pelo recorde nacional nas semifinais (54,65), que a colocou em Paris2024.

Jessica Inchude, nona no peso, e João Coelho, nono nos 400 metros, apesar deste ter ficado fora da final, também conseguiram classificações honrosas, à semelhança de Francisco Belo e Isaac Nader, ambos no 10.º, no peso e nos 1.500, respetivamente, enquanto Gerson Baldé terminou a final do comprimento sem marca.

Estafeta 4 x 400 com recorde nacional – Foto: FPA / Sportmedia

Sétimo melhor desempenho de Portugal desde Atenas1982

Com quatro recordes nacionais e dois apuramentos olímpicos, os oito finalistas lusos asseguraram 34 pontos, no sétimo melhor desempenho desde Atenas1982, quando Portugal conquistou a primeira medalha, por Rosa Mota.

Apesar de contar 25 presenças – esteve ausente em Oslo1946 –, Portugal só à 12.ª vez chegou às medalhas, tendo, desde então, conseguido sempre chegar ao pódio.

Em Atenas1982, Rosa Mota conquistou a primeira medalha portuguesa de maratona em Campeonatos da Europa, feito que repetiria nas duas edições seguintes (Estugarda1986 e Split1990), e que teve continuidade com Manuela Machado (Helsínquia1994 e Budapeste1998), nestas duas últimas já com os títulos nos 10.000 metros de Fernanda Ribeiro e António Pinto, respetivamente.

Desde então, o historial luso cresceu, com destaque para os desempenhos em Budapeste1998, com recorde de medalhas, seis (duas de ouro, três de prata e uma de bronze), sem superar a pontuação que alcançou em Barcelona2010 — 57 contra 48 -, apesar de na cidade espanhola não ter conquistado qualquer título (quatro pratas e um bronze), então a primeira vez no pós-Atenas1982, a que se juntaria Zurique2014 e, agora, Roma2024.

Agate Sousa
Agate Sousa fechou a participação portuguesa com mais um pódio no comprimento – Foto: FPA / Sportmedia

Portugal somou 34 pontos, mais nove do que em Munique2022

Na capital italiana, Portugal somou 34 pontos, mesmo assim, mais nove do que em Munique2022, com o ouro de Pichardo e a prata de Auriol Dongmo, no peso, e mais seis do que em Berlim2018, com os títulos de Nelson Évora, também no triplo, e Inês Henriques, na estreia e entretanto extinta distância de 50 quilómetros marcha.

Em número de medalhas, Roma2024 fica ao nível (três), mas sem ouro, de Helsíquia1994, Munique2002 e Helsíquia2012, mas atrás das já delegações a Budapeste1998 (seis), Barcelona2010 e Amesterdão2016 (ambas com cinco) e Gotemburgo2006 (quatro).

Portugal deixa a capital italiana com um total absoluto de 41 medalhas, as mesmas 16 de ouro, mas agora com 15 de prata e 10 de bronze, e 114 finalistas após a 26.ª edição dos campeonatos, em que terminou no 21.º lugar do medalheiro.

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