Portugal vs. Estónia decisivo na Taça Continental
A Selecção Nacional de Seniores Masculinos de Voleibol de Praia defronta amanhã de manhã, sábado, a sua congénere da Estónia na cidade israelita de Ashdod, onde está a decorrer a Poule D da 4.ª Ronda de Qualificação da Taça Continental ( Continental Cup).
O vencedor disputará o jogo de atribuição dos 2.º e 3.º lugares com o derrotado do Bélgica x Israel, que estão empatados (1-1) em número de vitórias e só amanhã se reencontram para o 3.º jogo (Golden Match).
Os dois primeiros classificados da Poule D apuram-se para as meias-finais da Taça Continental, cujos jogos estão a ser transmitidos em directo no site www.laola1.tv.
Leonel Salgueiro, Director Técnico Nacional, fez o resumo do 1.º dia de competição:
“Estamos a confrontar-nos com condições climatéricas adversas: uma tempestade de areia tornou o ar abafado e jogar assim e sob temperaturas de 37.º graus não é fácil.
Não obstante, entrámos relativamente bem no 1.º jogo e conseguimos vencer o primeiro set.
No segundo, após uma má entrada, optámos por não lutar mais pela vitória nesse parcial, poupando-nos para o set decisivo, pois o João Simões não se estava a sentir muito bem, tendo pedido inclusive tempo médico. Isto para além do facto de o Rui Moreira se ter magoado num joelho, pois o campo central tem pouca areia.
Se tivéssemos ganho na «negra», teríamos praticamente garantido a passagem à Final, pois, no 2.º jogo, o Fabrício Barros e o Januário Silva, excepção feita ao primeiro set, controlaram o jogo com a dupla de Israel.
No jogo decisivo [Faiga/Hilman vs Fabrício Barros/Januário Silva], estivemos aquém das expectativas, em parte devido ao facto de ter havido pouco tempo entre um jogo e o outro, quase nem dando para os atletas comerem.
Sobre o jogo de amanhã, acredito que temos condições para defrontar a Estónia e, depois, tirar a desforra com Israel ou defrontar a Bélgica [o 3.º jogo entre Israel e a Bélgica disputa-se amanhã] ”.
E Januário Silva acrescentou:
“Não estamos habituados a um clima tão quente e húmido e acusámos o desgaste. É verdade que o segundo jogo nos poderia ter corrido melhor, mas vamos tentar rectificar esse resultado frente à Estónia e, depois, diante de Israel ou da Bélgica, tentar o apuramento para as meias-finais da Taça Continental”.
Meias-finais da Poule D
Faiga/Hilman (Israel) x Rui Moreira/João Simões, 2-1 (20-22, 21-11 e 15-12)
No primeiro set, os portugueses entraram na recta final a vencer por 17-16. Os israelitas reagiram e ficaram a um ponto da vitória (20-17), mas Moreira e Simões não permitiram que eles fechassem o set, acreditaram que era possível dar a volta ao marcador e assim fizeram, somando cinco pontos consecutivos até ao triunfo final: 22-20.
Ainda ressabiados com a forma como tinham sido derrotados, os locais entraram em força no segundo set (9-3, 15-7), acabando por vencer por números desnivelados: 21-11.
Na «negra», Moreira e Simões estiveram a ganhar por 9-6, mas permitiram que os seus adversários se agigantassem e somassem seis pontos consecutivos (12-9), ganhando ainda mais motivação (14-10) para vencer perante o seu público: 15-12.
Ohana/Sanderovich x Fabrício Barros/Januário Silva, 1-2 (21-18, 18-21 e 8-15)
Talvez por terem estado a assistir ao jogo anterior, tanto os israelitas Ohana e Sanderovich, como Fabrício Barros e Januário Silva actuaram com algumas cautelas no primeiro set, estudando-se mutuamente.
Portugal esteve a vencer (11-8, 13-11), mas Israel recuperou (15-13). Barros e Silva pressionaram novamente (17-15), mas os locais não se impressionaram (18-17) e selaram o parcial com um bloco: 21-18.
O segundo set foi «controlado» pela dupla lusa (15-11, 16-12), pese embora a reacção dos israelitas tenha assustado um pouco (16-17).
O parcial acabaria com o resultado de 21-18 favorável a Portugal, após um serviço falhado pela dupla da casa.
No terceiro e decisivo set, o equilíbrio manteve-se até aos 5-5; depois, os portugueses distanciaram-se (10-7) e, com a vitória à vista (12-8), entraram em contenção de esforços. Mesmo assim, venceram com facilidade por 15-8, com três pontos consecutivos de Januário no ataque.
No Golden Match (jogo de desempate), a dupla n.º 1 de Israel, Faiga/Hilman defrontou e venceu Fabrício Barros/Januário Silva por 2-0 (21-14 e 21-16), assegurando a presença na Final e relegando os portugueses para o confronto, agendado para amanhã, com as duplas da Estónia, que hoje foram derrotadas pelas da Bélgica.
O vencedor deste jogo disputará o jogo de atribuição dos 2.º e 3.º lugares com o derrotado do Bélgica x Israel.
Rui Moreira/João Simões e Fabrício Barros/Januário Alvar Silva são, respectivamente, campeões e vice-campeões nacionais de duplas. Ver declarações aqui e resultados aqui
A presente edição da Taça Continental, via adicional de qualificação para os Jogos Olímpicos, é disputada por 194 países, prolonga-se por três anos – de 2014 a 2016 – e funciona como uma fase de qualificação olímpica paralela para o Rio 2016, abrindo novas esperanças de participação no maior espectáculo do mundo a países que de outra forma não teriam grandes hipóteses, já que não possuem duplas do topo do ranking internacional. [Ver competição]
Em 2014, disputaram-se a 1.ª e a 2.ª Rondas, que têm agora sequência em 2015 com a realização da 3.ª (Baden, na Áustria) e da 4.ª Rondas, estando reservadas para 2016 as Meias-finais e a Final, esta última a servir para carimbar o passaporte do vencedor para o Rio de Janeiro.
Os 2.º e o 3.º classificados das finais continentais (realizadas em cada continente) disputarão a Qualificação Olímpica, que apurará o vencedor (de masculinos e de femininos) para os Jogos Olímpicos.