O Praticante a dobrar no 2º Mini Trail de Alcochete

Decorreu dia 31 de Outubro, a 2ª Edição do Mini Trail de Alcochete, com duas distâncias de 17 kms e 8 kms, que nos gps de alguns não conferiu, tendo os 8 kms mais alguma distância, mais perto dos 10 kms, mas nada de mais, ao contrário de outros eventos em que já participámos que anunciaram uma distância, e no final foram mais dez quilómetros.
Falando da prestação dos atletas da equipa de O Praticante, que no Mini Trail de Alcochete foi a dobrar, dois atletas, dois pódios cada um, Fábio Pratas 3º geral e escalão 40M – 1:14;09, Isabel Barra 2ª geral / 1ª escalão 41F – 1:07;04, Arminda Basílio 66ª Geral /2ª Escalão 40 F – 2:23;20 nos 17 kms, foi a ultima atleta a subir ao pódio, os restantes elementos tiveram uma prestação de harmonia com as suas capacidades físicas todos eles a participar nos 17 kms, Eduardo Figueira 55º geral / 5º escalão 30M – 1:43;53, Rui Miguel 17º g / 6º e 41M – 1:26;14, David Silva 61º g / 13 e – 2:05;37, Carlos Figueira 62º g / 14º e, Artur Basílio 66º g / 16º e – 2:23;21, todos do escalão 41M.
Alcochete a localidade que acolheu o Mini Trail
Falando da localidade onde se realizou o Mini Trail de Alcochete, Alcochete é uma vila portuguesa do distrito de Setúbal, região de Lisboa e na sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 10 700 habitantes.
É sede de um município com 128,36 km² de área, subdividido em 3 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Benavente, a este e sudeste por Palmela, a sudoeste pela área principal do município do Montijo e a noroeste pelo estuário do Tejo.
Alcochete é sede da Reserva Natural do Estuário do Tejo, possuindo numerosas salinas onde nidificam diversas espécies de aves aquáticas. Apesar do nome, o Campo de Tiro de Alcochete localiza-se no concelho de Benavente.
E foi na praia de Alcochete que se localizou toda a logística do evento, secretariado, a partida, meta, massagens efectuadas pela Cuidarte, e que bem me souberam no final da prova e entrega dos prémios, onde Cármen Henriques madrinha do evento ajudou a entregar.
Os esclarecimentos sobre o Mini Trail de Alcochete
Depois de um breve dialogo de Tiago Alves, responsável do evento, sobre as situações menos boas ocorridas na primeira edição do Mini Trail de Alcochete, e esclarecimento do percurso, se deu a partida em direcção às Salinas do Samouco, cuja fundação, é a única a produzir sal, promovendo ao longo do ano diferentes actividades relacionadas com a rapação do sal naquele concelho, que durante muito tempo, foi o principal núcleo de produção desta riqueza sendo o principal sustento de muitas famílias, voltando à praia e a passar frente ao longo da partida, para prosseguir à beira do Rio Tejo, podendo-se apreciar toda a margem do outro lado do rio, apreciar Lisboa a ponte Vasco da Gama, enquanto a corrida prosseguia sobre os seixos, zonas de lodo, pedras escorregadias, que levaram os atletas a cuidados redobrados, em direcção ao sitio das hortas, porta de entrada para uma das mais importantes zonas húmidas da Europa – a Reserva Natural do Estuário do Tejo.
Local privilegiado para observar as aves aquáticas selvagens deste santuário natural, tais como o alfaiate, maçarico, garça-real, flamingo…
Integra o Sítio das Hortas e o Pinhal das Areias, onde pode realizar actividades livres à sua medida e ainda participar em actividades sujeitas a marcação, de natureza pedagógica e formativa.
Continuando a corrida até ao Freeport, passando pelo sapal, um dos ecossistemas mais produtivos.
A partir de determinada cota, as zonas de vasa estuarina são colonizadas por vegetação halófila, própria de terrenos salgados, formando o sapal. Longe da uniformidade que apresenta ao olhar, é colonizado por várias espécies vegetais e sulcado por inúmeros canais e esteiros formados devido ao incessante avanço e recuo das marés. Os sapais são habitat natural de várias espécies de peixes, aves migradoras e de micromamíferos (musaranhos, ratos e ratazanas). Apresentam grande abundância de crustáceos constituindo nichos ecológicos de desenvolvimento de diversas formas larvares. Os anatídeos, particularmente a marrequinha Anas crecca, o ganso-bravo Anser anser e a piadeira Anas penelope, utilizam essencialmente a vegetação de sapal como fonte alimentar.
Daqui até à vasa no sitio das Hortas, que já tínhamos passado no inicio, foi um salto.
As grandes extensões de lama, sujeitas à acção das marés, são formadas pelo depósito de finíssimas partículas em suspensão transportadas pelas águas. Albergam vários macroinvertebrados bentónicos, sendo as espécies mais comuns o poliqueta Nereis diversicolor, o bivalve Scrobicularia plana, o gastrópode Hydrobia ulvae e o isópode Cyathura carinata. Este consumidores primários que consomem algas microscópicas e de partículas de plantas e animais em decomposição, servem, por sua vez, de alimento aos peixes, na maré-cheia, e às aves, na maré vazia. O suporte alimentar que este habitat proporciona aos milhares de aves limícolas fundamenta o valor do estuário com santuário da vida selvagem.
E de volta à beira do Rio Tejo, ao estuário.
O corpo central de águas estuarinas, permanentemente submerso, é zona importante para a manutenção dos stocks de pescado costeiros, nomeadamente por representar uma zona de nursery de alguns peixes como o robalo Dicentrarchus labrax e os linguados Solea solea e S. senegalensis. Apresenta ainda condições para a desova e crescimento de espécies como a corvina Argyrosomus regius e efetivos da população costeira do biqueirão ou anchova Engraulis encrasicolus. É zona de transição para peixes diádromos onde se incluem a lampreia-do-mar Petromyzon marinus, a lampreia-do-rio Lampetra fluviatilis, o sável Alosa alosa e a savelha Alosa fallax, assim como a enguia Anguilla anguilla.
Para terminarmos no local de partida a praia de Alcochete, com fruta e águas à disposição dos participantes, para recuperarem forças.
Dizer que a Aktivo de Alcochete, demonstrou um bela organização na segunda edição do Mini Trail de Alcochete, alguns pormenores de só menos importância ainda a lapidar, mas nada que comprometesse a organização, 99% melhor que a primeira edição.
Os Vencedores
Nos 17 quilómetros 66 foram os atletas que terminaram, com Rodrigo Carrilho – Dream Color Team – 1h 07m 45s a ser o vencedor destacadissimo, seguido de João Ferreira – RSB – Lisboa – 1:13;21 e a fechar o pódio Fábio Pratas – O Praticante – 1:14;09, em femininos Cármen Henriques – Run is a gift – 1:34;59, foi uma superior vencedora, não dando oportunidade a Isa Sebastião – 1:42;46, segunda classificada, e a Anabela Martins – 2:02;38 a ocupar o lugar mais baixo do pódio, ambas individuais.
Nos oito quilómetros, terminaram 56 atletas, com a vitória a ser saboreada por Hugo Domingos – Linda-a-Pastora Sporting clube – 49m 51s, João Vaz – Individual – 1h 00m 47s, e terceiro Joaquim Silva – AC Portalegre / UTSM – 1:01:57, em femininos a vitória sorriu a Marisa André – Individual – 1:06;27, Isabel Barra – O Praticante – 1:07;04 e Sónia Serafim – Individual -1:08;06, respectivamente segunda e terceira classificada.
Tiago Alves, efectuou para O Praticante o balanço do evento considerando que esta edição do Mini Trail de Alcochete, teve um maior número de participantes que a edição anterior, que vão voltar a analisar os pormenores que não estiveram totalmente bem, para que na próxima edição sai ainda melhor, deixando já o convite para que os atletas estejam atentos Setembro de 2016, será realizada a terceira edição, e conta / contam com todos os que marcaram presença este ano e que muitos outros venham conhecer aquela bela região.
Clique aqui e desfrute do trabalho fotográfico efectuado pelo nosso colaborador Miguel David