RALLY DE PORTUGAL, OGIER A CAMINHO DA 7.ª VITÓRIA

Sébastien Ogier - Foto: Página do piloto

Golpe de teatro no Vodafone Rally de Portugal.

Líder desde a segunda classificativa, Ott Tänak foi traído pela direção assistida do seu Hyundai na segunda passagem por Amarante (17.ª especial da prova) e caiu para o terceiro lugar.

Com apenas 72,1 quilómetros cronometrados por disputar, só um imprevisto poderá impedir Sébastien Ogier de alcançar a sua sétima vitória em Portugal.

A acontecer a vitória mantem a invencibilidade da Toyota na presente época do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC).

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Ott Tänak – Foto: Página do piloto

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Seis anos após a sua única vitória em solo português, Tänak parecia bem encaminhado para repetir o feito e conquistar o primeiro triunfo do ano para a Hyundai.

Ao longo do dia, e depois de ver Ogier reduzir a diferença para apenas dois segundos, o estónio voltou a acelerar, reforçando gradualmente a liderança.

Tudo indicava que terminaria a etapa com uma vantagem de pelo menos 15 segundos, mas um problema na direção assistida do seu Hyundai traiu-lhe as expectativas. 

“Super fácil! Lindo!”, ironizou Tänak no final da especial.

Acrescentando mais tarde, já mais a frio: “Faz parte do jogo, acho eu. É muito azar, mas demos tudo da nossa parte. O que mais posso dizer?”

Rally de Portugal
Sébastien Ogier – Foto: Página do piloto

“O rali ainda não acabou.” Sébastien Ogier

Ogier está assim bem posicionado para conquistar o seu sétimo triunfo em Portugal.

Mas fez questão de reconhecer: “Não é a forma como se quer vencer uma luta.

Estávamos os dois a forçar bastante, mesmo que ele (Ott) estivesse um pouco mais rápido. Precisávamos de manter a pressão”.

O francês parte para o último dia com 27,6 segundos de vantagem sobre o colega de equipa Kalle Rovanperä.

Mas sublinha: “O rali ainda não acabou. Amanhã vai ser um dia longo.”

Kalle Rovanperä – Foto: Página do piloto

A luta pelo lugares do pódio no Rally de Portugal

Rovanperä, que herdou a segunda posição, resumiu assim: “Foi um dia longo e estamos aqui, por isso é bom.” 

O finlandês parte para domingo com 8,5 segundos de vantagem sobre Tänak, num duelo que promete.

Takamoto Katsuta mostrou um ritmo impressionante em alguns momentos.

Mas foi perdendo tempo para Rovanperä e acabou por ceder à pressão do campeão do mundo em título, Thierry Neuville.

Apenas 1,9 segundos separavam os dois após a SS16, mas o belga passou para a frente na segunda passagem por Amarante e terminou o dia em quarto lugar.

O atual líder do WRC, Elfyn Evans, beneficiou de uma posição mais favorável na estrada este sábado.

Mas teve dificuldades em ganhar terreno ao seu colega de equipa Sami Pajari, terminando o dia no sétimo lugar, atrás do jovem finlandês, que tem impressionado.

Josh McErlean foi o melhor dos quatro pilotos da M-Sport Ford Puma.

Conseguiu superar o colega de equipa Grégoire Munster ao longo do dia, assegurando o oitavo lugar.

Munster teve dificuldades em encontrar a afinação ideal durante a manhã e acabou por estabilizar na nona posição.

Oliver Solberg – Foto: Página do piloto

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No décimo lugar da geral, Oliver Solberg passou grande parte do dia a gerir pneus, poupando os de composto macio para atacar no domingo e utilizando compostos duros no seu Toyota GR Yaris.

A estratégia resultou e o sueco terminou o dia com 50,1 segundos de vantagem sobre Gus Greensmith (Škoda Fabia RS) e 55,6 segundos sobre Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2).

Houve troços com muitas pedras e trilhos. Tentei conduzir de forma limpa”, explicou Solberg.

Nikolay Gryazin (Škoda Fabia RS Rally2) foi forçado a abandonar após sair de estrada em Cabeceiras de Basto 2, quando era quarto classificado.

O lugar foi ocupado por Roope Korhonen (Toyota GR Yaris Rally2), que chegou a vencer um troço durante o dia.

No final da etapa, Armindo Araújo (Škoda Fabia RS Rally2) era o melhor português em prova: “Temos a nossa posição consolidada e queremos mantê-la até ao fim.

Não podemos correr riscos desnecessários. O carro tem estado muito bem, sem qualquer problema”, afirmou.

Diogo Salvi (Ford Puma Rally1) segue como o segundo melhor português, seguido por Pedro Meireles e Diogo Marújo, ambos em Škoda Fabia RS Rally2.

Foto: Rally de Portugal

O dia de hoje

A terceira e última etapa disputa-se este domingo e inclui seis classificativas, num total de 72,1 km cronometrados.

O percurso integra duas passagens por Paredes, Felgueiras e Fafe — esta última será a Power Stage da prova.

Os troços são rápidos e com bom piso, e o ponto alto será, como habitualmente, o salto da Pedra Sentada, em Fafe, onde os carros voam dezenas de metros.

Um voo que já se tornou imagem de marca do Vodafone Rally de Portugal.

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